Boletim Online
Informativo Periódico
Ano XVII – N.º 665
São Paulo, 6 de setembro de 2017
Destaques desta edição:
O quê mudou para loteamentos?
O painel “Desafios na retomada da demanda de lotes urbanizados” em 29 de agosto, último dia da Convenção Secovi 2017, foi rico em informações sobre estratégias de promoção e vendas. Apresentado por Caio Portugal, presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, esse item da programação do maior evento imobiliário do País contribuiu para ampliar os conhecimentos dos que participam habitualmente das reuniões do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), também coordenadas por Caio. Nos encontros do CDU, como o de 21 de agosto, os destaques ficam por conta de discussão sobre problemas e soluções da atividade de parcelamento do solo principalmente no que diz respeito à legislação. Desta vez, dois painelistas ajudaram a completar o quadro de conhecimento de quem acompanha a AELO, o Secovi-SP e o CDU. E cabe ao boletim “AELO Online” compartilhar e difundir essas informações com os associados de 12 Estados brasileiros e com os demais interessados de todo o Brasil que acessam nosso site, www.aelo.com.br, onde ficam armazenadas todas as edições do boletim semanal “AELO Online” e as edições periódicas do jornal impresso “AELO Informa”.
O painel do dia 29 foi valorizado pela explanação de dois experientes consultores, de diferentes campos de atuação, mas que se cruzam frequentemente nos aeroportos em suas missões por todo o País: Marcus Araujo, presidente da DataStore, e Paulo César Sampaio de Toledo, da CIA Inteligência Imobiliária. Conforme noticiou a edição anterior do “Online”, eles abordaram diferentes aspectos em demonstrações isoladas e, no final, debateram os temas com Caio Portugal (foto). Nesta edição, voltamos ao assunto, com mais detalhes sobre as ricas reflexões transmitidas pelo painel dos especialistas e também pelo Pinga-Fogo realizado encerrado com uma surpresa positiva: a improvisada e justa homenagem a todos os dirigentes que lutam e lutaram nestes anos para o parcelamento do solo superar barreiras e, mesmo com o País ainda em crise, poder festejar as expressivas conquistas dos últimos três meses.
Marcus Araujo: Lotes ficam menores
Marcus Araujo (foto), o primeiro painelista, que abriu sua fala lembrando que o mundo mudou, mostrando na tela as imagens dos presidentes Donald Trump e Emmanuel Macron, do juiz Sergio Moro e do prefeito João Doria, foi firme na afirmação: “O consumidor de imóveis mudou!” A partir da certeza de que a crise contribuiu para a mudança de hábitos de todas as classes sociais, Marcus Araujo comentou que a metragem dos lotes no Brasil, na atualidade, é menor do que a de alguns anos atrás, como consequência também transformações anteriores, entre as quais o fato de as mulheres terem passado a trabalhar fora, os casais terem menos filhos e a vida digital levou a menos circulação nos imóveis.
Com base na tese de que o consumidor de imóveis mudou, Araujo acentuou a situação de crise vivida pelo País e a oportunidade de reflexão para as famílias: “No Brasil inteiro, lá de Uruguaiana, no extremo Sul, na fronteira com a Argentina, até Boa Vista, em Roraima, junto à Venezuela, a situação é sempre parecida. Desde 2016, rumo a 2018, as pessoas começaram a enxergar coisas diferentes em relação ao empreendedor. Se aconteceu com o consumidor, tem de acontecer com o empreendedor.” Ele enumerou alguns fatores: “Houve redução das metragens dos lotes nestes últimos anos. Por que? Só por causa de problemas financeiros familiares decorrentes da crise econômica e política do País? Não. No passado, as mulheres terminavam o ensino superior e não trabalhavam. Ficavam em casa, cuidando dos filhos e dos afazeres domésticos. Principalmente nos anos 2000, elas vêm ficando fora de casa, ocupando vagas disponíveis em postos de trabalho das mais variadas profissões. Esse fenômeno trouxe um reforço para o orçamento familiar, que ajudou muita gente a suportar a crise. Nestas décadas, as famílias ficaram menores. O avô teve sete irmãos; o pai, só dois; o filho pode ser filho único. E mais, tem sido comum o primeiro filho nascer quando os pais já estão em torno dos 35 anos. Não há mais tempo para o segundo…”
O painelista acrescentou mais dois fatores para as transformações: a vida digital, com o avanço da tecnologia, e o encarecimento das empregadas domésticas. Ele explicou: “Com a vida digital, passou a ser menor a circulação dos moradores por seus imóveis. Antes, as crianças não paravam em casa, iam para o quintal para brincar, para procurar formiguinhas. Agora, usam aparelhos, não saem mais. Desde os cinco anos, já estão conectadas. E isso prossegue entre adolescentes. A mãe vai para o trabalho e precisa tornar tudo mais prático em sua casa. Dá para ter empregada doméstica? Está cada dia mais difícil. Foi-se o tempo em que as famílias traziam uma empregada do Interior, que ficava anos e anos trabalhando na mesma casa. A nova legislação tornou as domésticas mais caras para os patrões, abrindo espaço para as diaristas. Além disso, muitas filhas de empregadas domésticas evitam a profissão da mãe, pois estudam, vão trabalhar no comércio, na indústria, e ambicionar o Minha Casa, Minha Vida.”
Marcus Araujo salientou que, com a crise financeira, os terrenos que antes eram de 450 metros quadrados caíram para algo em torno de 200, com casos de queda para apenas 80: “E o estoque que está aí? Vai continuar estocado? Não. Ele vai acabar, mas os novos lançamentos, tanto para alto padrão quanto para médio e para populares, vão se adaptando a essa realidade. Deixar de prestar atenção a essas transformações é alto risco para o empreendedor.” O painelista comentou que o marketing digital domina tudo, já que “90% do mercado tem Smartphone, 30% possuem SmartTV, 80% acessam o Youtube, 90% acessam o WhatsApp. O tempo de conexão diária de um comprador de lote em São Paulo é de 8 horas e meia! Em Recife, também é alto, 7 horas e meia. E assim por diante, no País.” Em sua conclusão, Araujo afirmou constatar que novas empresas loteadoras surgiram no Brasil: “Qual o motivo disso se estamos em crise? Acontece que empresas de outros setores, não de tradição no campo imobiliário, descobriram aspectos positivos para o investimento em parcelamento do solo, levando adiante seus projetos por meio de mão de obra terceirizada. Para os tradicionais loteadores e para os novos, vale a pena ficar sempre atento às transformações. E saber mudar, na hora certa, aquilo que fazem.”
Paulo Toledo: E as vendas mudaram
Paulo César Sampaio de Toledo (foto), o segundo painelista a se apresentar no dia 29, abordou inicialmente a necessidade de os profissionais e as empresas se transformarem neste mundo de tantas transformações a partir de novas tecnologias. E até contou o caso da conversa que teve recentemente com um motorista de uber durante o trajeto percorrido pelo veículo, ficando impressionado com o conforto do carro e o profissionalismo de quem ia dirigindo até descobrir que aquele motorista havia sido taxista por 16 anos e decidiu se aprimorar no uber. Paulo comentou que deve ser constante a necessidade de cada um se modernizar, inclusive no setor imobiliário. O processo de vendas, por exemplo, ficou mais dinâmico: “Não vão acabar com os corretores, mas o modo de contatar o público é outro, e os estandes também mudaram, mas continuam necessários.”
Como vender lotes, hoje em dia? Ele explica: “Na verdade, sempre houve mudanças. Mas agora tudo muda mais rápido. Os consumidores se informavam, procuravam saber como as prestações iriam subir. Teriam de enfrentar parcelas que coubessem no bolso. Houve decepções com incorporadoras. As pessoas, a cada dia, veem menos televisão. São influenciadas pelas redes sociais. Existe maior preocupação com as causas sociais e ambientais. Tem aumentado a adesão ao home Office, com as pessoas trabalhando em casa, mas se adaptando a espaços menores. Nas vendas, existe uma panela de pressão. A tendência do mercado é compartilhar histórias. Não vão acabar com os estantes e com os corretores imobiliários, mas tudo isso vai se transformando.”
Na visão de Paulo Toledo, a revolução digital vai continuar impactando no mercado de loteamentos. “As novas gerações continuam tendo o lote como objeto de desejo? Sim. Mas dentro de condições diferentes”, disse ele. “O ciclo de entrega do produto atende às novas necessidades desse consumidor. Está havendo um esforço das empresas para que a expectativa do consumidor seja atendida. O lote, no mundo digital, é um produto ‘meio’ ou um produto ‘fim’? Quem compra é o consumidor. Devemos ficar atentos.” Caio Portugal, acompanhando a exposição de Paulo Toledo, endossou a tese do painelista: “Trabalho há 27 anos nisso, e me preocupa o atendimento ao cliente.”
O patrimônio dos compradores em potencial também tem mudado, como mostrou Paulo Toledo: “Em São Paulo, muitas famílias que tinham três carros passaram a ter só dois ou até um. Em Pernambuco, houve frustração com o projeto Cidade da Copa para urbanizar a área no entorno da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife. Ali, era para ser criada uma nova cidade, logo após os jogos da Copa 2014 no novo estádio, mas, hoje, o projeto caminha de modo lento.”
O professor Vicente C. Amadei fez uma pergunta a Pedro de Toledo: “Qual a idade do comprador de lote hoje?” A resposta: “Entre 30 e 45 anos, principalmente. No Brasil, em geral, os clientes de alto padrão têm, em média, 41 anos.” O painelista recordou que os filhos ensinam os pais a usar a tecnologia. Os netos também: “Não devemos abandonar os métodos tradicionais, mas temos de buscar novas técnicas para tornar o lote um verdadeiro atrativo. Precisamos mostrar que o lote se transforma em valor agregado. Tem gente que não está mais sonhando com imóveis, com a segurança da casa própria. É preciso estimular esse sonho. Com o máximo de criatividade e dinamismo.”
Pinga-Fogo e homenagem a dirigentes
O Pinga-Fogo realizado logo após o painel sobre loteamentos, dia 29, na Convenção Secovi, sob a coordenação do professor Vicente C. Amadei, foi um sucesso, com os especialistas respondendo às várias questões apresentadas pelo público. Mariangela Iamondi Machado, de Associações & Bairros Planejados, considerou o Pinga-Fogo deste ano um sucesso. Convocada pelo professor Vicente C. Amadei, ela fez parte da bancada, a exemplo de anos anteriores. Os mais comentados foram a Lei Federal n.º 13.465/17, da Reforma Fundiária, que também aborda as Associações de Proprietários e a Alienação Fiduciária, e a nova Resolução 72/2017 da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo a respeito de supressão de vegetação e do melhor aproveitamento de áreas remanescentes.
No final do Pinga-Fogo, Mariangela pediu a palavra ao professor Amadei, explicando que naquele momento “gostaria de prestar uma justa homenagem, em nome dos profissionais de Desenvolvimento Urbano de São Paulo e do Brasil, a uma equipe de dedicados profissionais, pelas constantes lutas e pelas recentes vitórias”. Citou Flavio Amary, Caio Portugal, Lair Krähenbühl, Pedro Krähenbühl, Pedro Cortês, Olivar Vitale, entre outros, e ressaltou o papel de servidores públicos que fizeram parte de um grupo técnico de trabalho sob o comando do ministro das Cidades, Bruno Araújo, tornando possível a Lei Federal n.º 13.465/17, que veio contemplar alguns dos antigos pleitos dos loteadores por melhores condições de segurança jurídica. Mariangela mencionou também alguns dirigentes que iniciaram essas lutas das entidades, como Antonio Scopel, Maurício Scopel, Ciro Scopel, Geraldo Portugal, Claudio Bernardes e Jaques Zitune: “Estes e muitos outros dirigentes da AELO e do Secovi-SP têm representado muito bem as várias gerações de loteadores a serviço do Brasil, que buscam melhores moradias para cidadãos de todas as classes sociais e maior desenvolvimento da economia nacional.” A propósito, a edição especial do jornal impresso “AELO Informa”, que chega aos leitores na próxima semana, focaliza as lutas dos dirigentes idealistas.
A foto mostra Mariangela Iamondi Machado entre os presidentes Caio Portugal, da AELO, e Flavio Amary, do Secovi-SP, em outro evento. Bacharel em Análise de Sistemas pela Universidade Católica de Campinas (Puccamp), Mariangela obteve especialização na Unicamp e é pós-graduada em Negócios Imobiliários pela FAAP, de São Paulo. Possui o título de Gestora de Empreendimentos Privados de Desenvolvimento Urbano e é membro do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), de representantes da AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP.
Ela trabalha no mercado imobiliário há mais de 30 anos. É sócia proprietária da empresa Focus Trading, que presta treinamento e assessoria a empresas de desenvolvimento urbano. Como gestora, também participa da Lello Condomínios Ltda., responsabilizando-se pela divisão Lello Associações, especializada em loteamentos e bairros planejados. Ela vem compartilhando seus conhecimentos ao participar dos quadros de professores e instrutores da Universidade Secovi, do Curso de Pós-Graduação da FAAP e do Curso de MBA em Negócios Imobiliários da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Desde 2008 é diretora de Associações em Loteamentos & Bairros Planejados do Secovi-SP, ligada à vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios, em que coordena um grupo trabalho para assessoria aos loteadores e associações nas áreas documental e de gestão. É vice-coordenadora do Programa Qualificação Essencial (PQE) do Secovi-SP, onde organiza e coordena diversos eventos e palestras para o setor imobiliário.
A força do Interior de São Paulo
Artigo de Frederico Marcondes César, de São José dos Campos, vice-presidente do Interior do Secovi-SP, diretor regional da entidade na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte e colaborador da FIABCI-Brasil, publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” de 16 de agosto por meio da coluna semanal da FIABCI-Brasil, sob o título “A força do interior do Estado de São Paulo”, destaca que “é possível acreditar que a tendência de crescimento do Interior é enorme”. O texto ressalta que os municípios onde o Secovi-SP mantém regionais são responsáveis por mais de 66% do PIB estadual e por 21% das riquezas nacionais, dados com base no levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2014. “Além disso, a população que integra essas áreas desfruta de um dos melhores índices de qualidade de vida do Brasil”, comenta Frederico Marcondes em seu artigo, tese que ele voltaria a focalizar ao coordenar, em 29 de agosto, na Convenção Secovi, o painel “O que faz a diferença no mercado de imóveis do Interior”. Foi um completo panorama do Interior paulista, em especial, das cidades onde o Secovi-SP possui unidades regionais instaladas: Bauru, Campinas, Jundiaí, Piracicaba, RM Vale do Paraíba, São José do Rio Preto e Sorocaba. A região do Grande ABC, que é parte da região metropolitana de São Paulo, e a Baixada Santista, no Litoral, também contam com unidades regionais do sindicato e fizeram parte do debate. Esse tipo de painel da Convenção Secovi foi estimulado pelo atual presidente do Secovi-SP, Flavio Amary – ele próprio, um homem do Interior, radicado em Sorocaba. Já no início de sua carreira profissional, seguindo o caminho do pai, Renato Amary, Flavio dedicou-se ao setor imobiliário e às entidades AELO e Secovi, tornando-se representante regional de ambas e, mais recentemente, presidente da AELO (2009-2011) e, no Secovi-SP, vice-presidente do Interior antes de ser eleito presidente há quase dois anos.
Em números absolutos, o Interior paulista produz mais riquezas que os Estados do Sul juntos”, disse Marcondes César na abertura de sua fala. A importância da demanda habitacional da região foi reforçada por outros números que demonstram o potencial de crescimento do Interior. De acordo com levantamento Seade/IBGE, houve um acréscimo de 4,7 milhões de novos domicílios entre 1991 e 2015, quantidade superior à da Capital (1,31 milhão). Além disso, de 1980 a 2016, a população do interior paulista praticamente dobrou de tamanho (16,5 milhões para 31,7 milhões), enquanto na cidade de São Paulo o aumento foi de 37% (8,5 milhões para 11,6 milhões). Entre os demais atrativos do Interior, também foram mencionados fatores como: menor custo de vida, inclusive para aquisição de imóveis, locação, alimentação; melhor qualidade de vida em relação à segurança e mobilidade urbana; mão de obra especializada com alta oferta de universidades e parques industriais de alta tecnologia; fácil acesso às principais rodovias, portos e ferrovias do Estado; entre outros.
“As cidades do Interior paulista possuem um potencial enorme de crescimento. Pelos Estudos de Mercado que acompanhamos, temos estoques de imóveis suficientes para os próximos dois anos. Como não estão sendo ofertados novos produtos, poderemos sentir falta de imóveis no mercado em breve, assim que a recuperação econômica estiver efetivada. Portanto, é o momento de tirar os projetos da gaveta e seguir em frente”, aconselhou Marcondes César.
Após a apresentação dos dados, os diretores regionais do Secovi-SP também participaram de uma rodada de debates sobre o panorama do mercado imobiliário em cada cidade, destacando cases de sucesso e os principais desafios no Interior. A foto mostra os representantes regionais, sentados junto à mesa, tendo Frederico Marcondes César, em pé, ao fundo.
No município de Bauru, um dos destaques deste ano foi a realização do Feirão da Caixa/Feimóveis, realizado em junho, que reuniu mais de 7 mil pessoas e movimentou R$ 102 milhões em negócios. A repercussão positiva em torno do evento foi enorme. Paralelamente, a expectativa pela instalação de dois novos cursos de Medicina na cidade, a partir de 2018, aponta para a possibilidade de o setor imobiliário da região ganhar novo impulso.
Em Campinas, três ações são aguardadas com expectativas: o empreendimento Reserva Amazônica, que será implantado na cidade e irá transformar uma área degradada do bairro São Bernardo em um parque linear, com diversos condomínios no entorno; o novo Plano Diretor Estratégico, que está em discussão no município e prevê o aumento do perímetro urbano e a implantação de outorga onerosa; e, por último, o plano de manejo da APA (Área de Proteção Ambiental), que ocupa 33% do território de Campinas e cuja aprovação está sendo esperada para dezembro deste ano.
Em Jundiaí, obras do Complexo Viário, com previsão de entrega para março de 2018, e a ampliação de avenidas que criam importantes corredores estão entre os projetos em andamento. O desenvolvimento do trecho Sul da Avenida 9 de julho, que prevê a instalação de um shopping, hotéis, supermercados e edifícios de escritórios, também é visto como um grande atrativo para a região.
No Vale do Paraíba, a duplicação da Rodovia dos Tamoios, que liga as cidades de São José dos Campos e Caraguatatuba; e o loteamento Arboville, ao lado de Jacareí, com previsão de 135 mil habitantes, são considerados vitais para o crescimento da região. A vice-presidente de Assuntos Regionais da AELO, Ângela Paiva, que é de São José, confirma as perspectivas de o Vale continuar se expandindo economicamente, tendo no setor imobiliário uma expressiva alavanca. Já em São José do Rio Preto, a duplicação do trecho urbano da BR-153, que facilitará o acesso ao município, e o lançamento de loteamentos populares na cidade, além da evolução do alto padrão, devem ajudar a alavancar o setor. Já Sorocaba possui atualmente 124 quilômetros de ciclovias e tem sido reconhecida como uma cidade que investe em qualidade de vida para os seus moradores, apesar dos últimos problemas políticos locais. Um dos desafios é tentar melhorar a mobilidade urbana na região, principalmente por meio do transporte público.
Na Baixada Santista, região de oito municípios, a expectativa gira em torno da previsão de lançamentos de 10 mil unidades enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Quanto a loteamentos, as áreas do principal município, Santos, são escassas e apontam para a construção de novos edifícios altos, tendo o bairro do Gonzaga como o mais valorizado. No entanto, Bertioga, município em que está situado o premiado empreendimento Riviera de São Lourenço, que continua em alta na comercialização de apartamentos, há glebas disponíveis perto do centro da cidade.
AELO chega a Presidente Prudente
A evoluída região de Presidente Prudente, no extremo oeste paulista, vai ganhar uma delegacia regional da AELO na próxima semana. O presidente Caio Portugal estará na cidade no dia 15 para anunciar a oficialização da Regional e os nomes dos representantes, reservando agenda para também para participar de reuniões com autoridades locais e com empreendedores.
No dia 14, Presidente Prudente, que recebeu esse nome em homenagem ao presidente Prudente de Morais, comemora o centenário de sua fundação, ocorrida em 14 de setembro de 1917. Seu brasão (foto) destaca o lema “O trabalho tudo vence”. O município fica a 580 quilômetros de São Paulo. O município, com cerca de 230 mil habitantes, possui elevado índice de indicadores sociais e econômicos, transformando-se centro de um polo com ligações com todo o oeste paulista e com os Estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
A ampliação do número de delegacias regionais faz parte de uma constante preocupação da AELO em reforçar o apoio ao Interior do Estado, cujo progresso se deve, em grande parte, a empresários imobiliários que criaram bairros e cidades ao longo de ferrovias. Mais detalhes na próxima edição do “AELO Online”.
Quinta do Golfe ganha o Master
Um empreendimento de alto padrão no Interior paulista, o Residencial Quinta do Golfe 1, em São José do Rio Preto, a 450 quilômetros de São Paulo, conquistou o Prêmio Master Imobiliário 2017 na categoria Desenvolvimento Urbano. O Master, tradicional iniciativa anual do Secovi-SP e da FIABCI-Brasil com apoio do jornal “O Estado de S. Paulo”, abrange várias categorias, com o objetivo de destacar projetos de excelência. Desta vez, a entrega dos troféus ocorreu em 30 de maio, no clube Monte Líbano, em São Paulo, sob o comando dos presidentes Flavio Amary (Secovi-SP) e Rodrigo Luna (FIABCI-Brasil). No evento, Flavio Amary mostrou-se entusiasmado com a tendência de melhora no mercado, destacando: “São Paulo registrou crescimento de 10% no volume de vendas e lançamento no primeiro semestre.” Rodrigo Luna, reeleito para mais uma gestão de dois anos, comentou a possibilidade de a indústria imobiliária brasileira, de grande qualidade e criatividade, conquistar prêmios internacionais, e ficou empolgado com o evento deste ano: “Esta festa mostra, mais uma vez, que o Master é o maior prêmio do Brasil, o Oscar do mercado imobiliário.” Foi a 23.ª edição do prêmio.
O condomínio fechado Quinta do Golfe – em primeiro plano nesta foto, com São José do Rio Preto ao fundo – fica na Avenida Waldemar Haddad, na zona sul da cidade, junto Shopping Iguatemi, às Rodovias Washington Luiz e Transbrasiliana e a vários outros loteamentos e condomínios de alto padrão. Trata-se de uma iniciativa da empresa HDAUFF Empreendimentos, a mesma de vários projetos anteriores de sucesso, como o Georgina Park. O Quinta do Golfe, com portaria exclusiva, conta com área de esportes e recreação.
Esta foi a justificativa do júri do Master para a concessão do prêmio: “Trata-se de loteamento de alto padrão implantado em duas fases, numa área de 1.570.384 m², em São José do Rio Preto (SP), abrangendo campo de golfe particular, clube de lazer e clube house. Dotado de total infraestrutura, também criou um parque público na área de acesso ao empreendimento. Na primeira fase de implantação, seus lotes entre 450 m² e 700 m² foram vendidos em um único fim de semana. Já no lançamento da segunda fase, com lotes entre 400 m² e 3.000 m², 75% das unidades foram vendidas.”
Com a enorme procura de moradores de Rio Preto por condomínios desse padrão, foi lançado recentemente o Quinta do Golfe 2, Jardins, ao lado do pioneiro. Rafael Hawilla, presidente da HDAUFF, recebeu o prêmio e explicou: “Há muito tempo Rio Preto esperava um empreendimento com campo de golpe. A primeira etapa, de 591 lotes, lançada em 2008, foi vendida logo na abertura.” Em 2013, foram lançados mais 584 lotes. A HDAUFF foi fundada pelo ex-jornalista esportivo de rádio e televisão J.Hawilla, que criou também da empresa de marketing esportivo Traffic, em São Paulo, e a rede TV TEM, no Interior paulista. Atualmente, ele permanece radicado nos Estados Unidos.
Feriado amanhã; AELO reabre 6.ª-feira
Amanhã, 7 de Setembro, feriado da Independência do Brasil, a sede da AELO não terá expediente. O boletim “AELO Informa”, que circula normalmente às quintas-feiras, desta vez chega aos leitores numa quarta-feira, dia 6, hoje.
A sede da AELO terá expediente normal hoje até às 18 horas e estará fechada amanhã. Os trabalhos serão retomados na sexta-feira, a partir das 9 horas.
Bom feriado a todos!