Arthur Matarazzo Braga, administrador de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo (FGV-SP), 37 anos de dedicação ao desenvolvimento urbano do País e 20 anos de trabalho pela AELO, em que é diretor Administrativo e Financeiro, respondeu as perguntas do “AELO Online”, valorizando esta edição. Ele é o personagem número 9, entre os focalizados na seção “Sou AELO. E você?”, pela qual já passaram Claudio Bernardes, Ciro Scopel, Vicente C. Amadei, Mariangela Iamondi Machado, Carlos De Gióia, Roland Philipp Malimpensa, Sérgio Guimarães Pereira Júnior e Luiz Eduardo de Oliveira Camargo.
Na contagem regressiva rumo aos 40 anos da AELO, em 24 de fevereiro de 2021, seguiremos contando a história da entidade por meio de gente que tem contribuído para essa história de lutas e de sucesso. Hoje, é importante que nossos associados conheçam um pouco mais do Dr. Arthur Matarazzo Braga, sua personalidade, sua carreira e seu estilo de vida – o destaque da próxima nota deste boletim.
Nesta foto tirada por Calão Jorge em 29 de agosto de 2018, na festa de entrega dos Prêmios Master Imobiliário, o Dr. Arthur, à direita, recebe do diretor-presidente da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Antonio Bias Guillon, o troféu do Master, representando a Lote 5 Desenvolvimento Urbano S.A., empresa da qual é sócio-diretor. O prêmio foi conferido à Lote 5 como principal destaque na categoria profissional, Soluções Urbanísticas, pelo empreendimento COMVIVA, o conceito de bairro colaborativo, no município de Piracicaba-SP, a 170 quilômetros de São Paulo. Essa empresa, criada em 2012 por Arthur Matarazzo Braga e seus sócios Ricardo Setton, Astério Safatle, Beto Horst e Fernando Albuquerque, também se dedica a ações de cidadania, tendo lançado, em 2014, o Instituto de Pesquisa e Inovação em Urbanismo (IPIU), que consiste em incentivar jovens talentos da arquitetura e do urbanismo por projetos de qualidade de vida para São Paulo e outras cidades. O IPIU participa de projetos e defende a possibilidade de as áreas públicas, como praças, serem mais humanas.
Paralelamente às homenagens a quem faz a história da AELO, o boletim “AELO Online” dedica amplo espaço às notícias de interesse dos nossos associados. Desta vez, chamamos a atenção para mais uma rodada de importantes informações a respeito da atividade de parcelamento do solo no País: na próxima quarta-feira, 9 de setembro, haverá nova reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU). A convocação e a pauta para esse encontro virtual sob a coordenação do presidente da AELO, Caio Portugal, estão na oitava nota do “Online”. A reunião surge como complemento do painel e do “pinga-fogo” sobre loteamentos mediados por Caio em 25 de agosto, na Convenção Secovi 2020. Hoje, voltamos a focalizar aqueles dois eventos, que tiveram a participação de sete especialistas.
E informamos que na próxima segunda-feira, dia 7, feriado nacional da Independência do Brasil, a sede virtual da AELO não terá expediente. As atividades, em regime de “home office”, serão retomadas na terça-feira, dia 8, às 9 horas: (11) 3289-1799, aelo@aelo.com.br, secretaria@aelo.com.br.
A seguir, “Eu sou AELO. E você? Arthur Matarazzo Braga responde.
Nesta foto tirada por Calão Jorge em evento de confraternização entre as quatro entidades com sede no Edifício Milenium – Secovi-SP, AELO, SindusCon-SP e Fiabci-Brasil –, em 23 de outubro de 2019, Arthur Matarazzo Braga é o segundo, da esquerda para a direita, entre dois diretores da AELO: Jorgito Donadelli, de Relações Institucionais, e Elias Zitune, de Assuntos Regionais. À direita de Arthur, estão o presidente do Conselho Consultivo da AELO, Ciro Scopel; o vice-presidente da AELO, Luis Paulo Germanos, e o novo delegado Regional em São José do Rio Preto, Thiago Nogueira Mendonça Ribeiro. A delegação da AELO naquele evento foi liderada pelo presidente Caio Portugal.
Arthur Matarazzo Braga, natural de São Paulo (1953), exerce cargos na AELO há pouco mais de 20 anos – portanto, a metade da história da entidade. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo (FGV-SP), o Dr. Arthur fez também mestrado em Finanças, na própria FGV-SP. Ele começou sua vida empresarial como diretor da empresa Extrema Empreendedores Imobiliários (1982 a 2007), dedicando-se a projetos de loteamentos em vários municípios do Estado de São Paulo. De 2007 a 2012, foi sócio e diretor responsável pela Agre Urbanismo S.A. Posteriormente, participou da PDG Urbanismo S.A. Em 2012, tornou-se sócio diretor da Lote 5 Desenvolvimento Urbano S.A., com quatro amigos: o administrador de empresas Beto Horst e os engenheiros Ricardo Setton, Astério Safatle e Fernando Albuquerque.
Na AELO, o Dr. Arthur Matarazzo Braga é diretor Administrativo e Financeiro desde 2003. Seu primeiro cargo na entidade foi, em 1999, o de membro do Conselho Consultivo. Em 2001, assumiu o setor de Assuntos Regionais, trocado em 2003 pelas atuais funções. Ele também integra o Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) e tem apoiado iniciativas da AELO para debater problemas e soluções da atividade de parcelamento do solo, como fez em 25 de agosto, ao participar de painel na Convenção Secovi 2020 (ver a próxima nota deste boletim).
E vamos às respostas do Dr. Arthur Matarazzo Braga ao questionário “Sou AELO. E você?”
1 – Qual foi o maior desafio que você enfrentou/enfrenta em sua carreira?
Meu maior desafio profissional foi em 1986, quando, apenas quatro anos após o início da minha primeira empresa, a Extrema, o governo Sarney implantou o Plano Cruzado, com um congelamento de preços que continha a famigerada tablita, desagiando as prestações dos loteamentos e desregulando todas as relações comerciais com clientes, fornecedores e mercado financeiro. Várias empresas passaram por dificuldades nesse período.
2 – Um filme ou série de TV que mais marcou sua vida? E por qual motivo?
Adoro cinema e incluiria nessa resposta diversos filmes, mas um em especial me marcou muito. Foi “Retratos da Vida”, do francês Claude Lelouch. Uma saga que se desenvolve a partir do início da 2.ª Guerra Mundial e termina nos anos 1980, concentrando diversos elos familiares e de amizade. O filme tem como início e fim um balé emocionante com “Bolero”, de Ravel. É um filme profundo que retrata três gerações que viveram do meio ao final do século 20. Não me canso de ouvir as músicas de sua trilha sonora.
3 – Um livro inesquecível e a lição aprendida.
“Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa é um livro inesquecível. Os diálogos, o formato da escrita inusitada do autor e a profundidade do texto e dos seus personagens, fazem desse livro uma obra de arte mágica. É um aprendizado da profundidade do simples, cada vez mais necessário.
4 – Música marcante.
A música é outro componente indispensável na minha vida. Destacaria três CDs imperdíveis: “Urubu” de Tom Jobim; “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento, e “Construção”, de Chico Buarque.
5 – Cite compositor(es) e cantor(es) de sua preferência musical.
Além dos três acima, acrescentaria Caetano Veloso, Gilberto Gil e Lenine.
6 – Cite alguém que seja considerado um líder para você.
Tenho saudades do presidente Fernando Henrique Cardoso. Um líder que nos conduziu em períodos difíceis do nosso país.
7 – Atualmente, qual é o seu hobby?
Tenho me dedicado à leitura. Leio romances, poesia, política e economia.
8 – Torce para algum time e/ou toca algum instrumento musical?
Sou corintiano, mas não tenho acompanhado os jogos. Quanto à música, toco guitarra desde adolescente e continuo praticando.
9 – Um destino no Brasil para recomendar aos amigos.
Recomendo a ilha de Fernando de Noronha, que possui praias e paisagens inesquecíveis.
10 – Sua maior conquista profissional.
Foi ter iniciado, em 1982, com meu antigo sócio, uma empresa de desenvolvimento urbano, a Extrema, que, após as dificuldades impostas pelo Plano Cruzado, se firmou e cresceu no mercado numa época em que o loteador era visto como o “patinho feio” do setor imobiliário.
11 – Algo do que se orgulha.
Ter fundado, em 2012, com meus antigos sócios na Agre/PDG, a Lote 5 Desenvolvimento Urbano, e estar conseguindo colocar em prática os ideais de empresa de que sempre partilhamos.
12 – Personalidade(s) que admira, no setor em que atua
Para mim, um dos líderes do nosso setor é o Sr. Renato Albuquerque, fundador da Alphaville, um empreendedor visionário, determinado e de sucesso.
13 – Personalidade(s) que admira, no mundo dos negócios.
Admiro muito a trajetória do Dr. Olavo Setúbal, um dos fundadores do Banco Itaú, e que foi prefeito de São Paulo.
14 – O que ninguém imagina a seu respeito.
Sou um poeta amador que tem blog de poesia: tula.prosaeverso.net.
(Meu apelido é Tula)
Tenho também alguns vídeos com poemas meus no YouTube, no canal Tula Braga – Poemas na Rede, com a participação dos artistas Mel Lisboa e Rubens Caribé e do violonista Emiliano Castro. Vale ver!
15 – Algo positivo da cidade de São Paulo. E algo negativo.
Positivo: São Paulo é um centro cultural e gastronômico que não deve nada a nenhuma cidade do mundo, além de ser uma máquina que fomenta o empreendedorismo.
Negativo: São Paulo é uma cidade de contrastes sociais muito fortes, e que esfrega isso no nosso rosto, diariamente, em muitas das suas esquinas. Temos ainda muito o que fazer para amenizá-los.
16 – Qual a sua melhor qualidade.
A perseverança, aliada a um otimismo realista.
17 – Uma frase que o inspira.
Gosto muito de uma frase do Millôr Fernandes: “Viver é desenhar sem borracha.”
Uma outra frase inspiradora é do poeta Ferreira Gullar: “A arte existe porque a vida não nos basta.”
18 – Qual conselho daria a VOCÊ se fosse mais jovem?
Acredite sempre. Se alguém te chutar uma bola, não deixe de correr atrás. Faça o que te inspira. O bom é inimigo do ótimo.
19 – Do quê você mais gosta na AELO?
A AELO é uma união de propósitos que deu certo. Ela foi feita do trabalho insano de suas diretorias dedicadas, há anos, que vêm lutando para colocar a nossa classe no patamar em que ela merece estar. Somos criadores de cidades, e devemos ser reconhecidos por isso.
20 – Uma reflexão própria, que tem guiado sua vida. Pode ser um conselho, uma frase de efeito. Algo que você mesmo criou e adotou como lema de vida.
Baseado na tese de que o bom é inimigo do ótimo e muitas vezes o perfeccionismo pode atrapalhar uma boa ideia, lembro-me de um pequeno poema meu, que diz o seguinte:
“O melhor / ainda e sempre / estará pintado nas asas dos pássaros / Cravado debaixo da língua / no cerne do tronco / fora do alcance dos braços.”
O painel “Loteamentos saem fortalecidos da última crise?”, em 25 de agosto, reunindo empresários de parcelamento do solo num debate virtual da Convenção Secovi-SP 2020, deixou importantes reflexões para os associados da AELO. O boletim “AELO Online”, que na última edição já havia focalizado este evento de 60 minutos, hoje volta ao tema, com o completo relato das opiniões dos participantes. Cobertura dos jornalistas Luiz Carlos Ramos (textos e edição) e Calão Jorge (fotos), da AELO, com a colaboração da Assessoria de Comunicação do Secovi-SP.
Participaram do painel:
Elias Zitune – Diretor comercial da empresa Zitune Empreendimentos, de São Paulo, e diretor de Assuntos Regionais da AELO;
Silvio Bezerra – CEO da empresa Ecocil Incorporações, de Natal (RN), e presidente do Sinduscon do Rio Grande do Norte.
Arthur Matarazzo Braga – Sócio-diretor da Lote 5 Desenvolvimento Urbano, de São Paulo, e diretor Administrativo e Financeiro da AELO.
Caio Portugal – Vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, presidente da AELO e coordenador do CDU, Comitê de Desenvolvimento Urbano, mediador do painel.
Ao abrir o debate, que foi acompanhado por centenas de interessados, Caio Portugal disse que a pandemia do novo coronavírus despertou, no setor imobiliário do Brasil, a capacidade de desenvolver produtos inovadores, atendendo as novas necessidades do comprador, que acabaram sendo evidenciadas durante a quarentena. “Uma das novas necessidades é a oferta de Internet de qualidade, que se tornou infraestrutura básica. E nos grandes centros, principalmente, as operadoras ainda não participam da instalação com as loteadoras”, afirmou. “Temos de considerar, no desenvolvimento do produto, o trabalho semipresencial (“home office”), que ganhou espaço neste momento.” Ele também destacou o novo relacionamento entre loteadora e incorporadora, despertado no período de quarentena, principalmente pelo recente incentivo da Caixa Econômica Federal em financiar a compra do terreno e da construção da casa.
Arthur Matarazzo Braga, da Lote 5, lançou uma proposta aos empreendedores: a necessidade de pensar onde o setor de loteamentos estará daqui a 10 ou 15 anos. Ele lembrou que quando o governo federal criou o programa Minha Casa, Minha Vida, em março de 2009, muitos empreendedores de loteamentos chegaram a pensar que a atividade acabaria. “Isso não aconteceu. E as vendas de lotes continuaram acontecendo. Nós sabemos criar lotes e ainda não fizemos a amarração do sistema de loteamentos com a construção da casa, para oferecer um pacote fechado ao comprador”, ressaltou Arthur, o dirigente focalizado nesta semana pela seção “Sou AELO. E você?”, do boletim “AELO Online”.
Com longa experiência em projetos e implantação de loteamentos, Arthur Matarazzo Braga prevê a possibilidade de alguns empresários adotarem esse novo perfil: “A engenharia de se construir uma casa é mais simples depois da entrega do lote. Os loteamentos serão híbridos em determinado momento e vamos chegar a vender a casa pronta, mobiliada, como é feito nos Estados Unidos. Contudo, se não tivermos financiamento para isso, não será possível. E ainda temos de inserir a Caixa Econômica Federal no nosso mercado.”
Elias Zitune, da Zitune Empreendimentos, por sua vez, comentou que as sugestões feitas por Arthur Matarazzo Braga são perfeitamente válidas para o atual momento: “Antes, a gente entregava o lote e estava com a missão cumprida. Em outros momentos, passamos a pensar no padrão de ocupação ordenada do lote, com projetos da casa regular. Isso evoluiu por meio da parceria com startups ou, tradicionalmente, com arquitetos.”
Para Elias, é fundamental fortalecer as associações nos loteamentos fechados e abertos. Ele defende ações: “Precisamos pensar na segurança por monitoramento eletrônico. O loteamento fechado tem aceitação no mercado, mas uma faixa de consumidores não se enquadra nesse tipo de empreendimento. Para os que compram em loteamentos abertos, há soluções de monitoramento eletrônico, por imagens. Há exemplos satisfatórios desse tipo de segurança no mercado.”
Quanto aos financiamentos da Caixa, Elias Zitune vê a possibilidade de ser acelerada a venda de lotes em estoque. “Esse novo programa Casa Verde e Amarela vai absorver unidades de lotes prontos, facilitando a abertura para novos lançamentos”, afirmou
Silvio Bezerra, da Ecocil, do Rio Grande do Norte, contribuiu para o painel receber informações positivas do Nordeste. Ele falou sobre uma iniciativa de sua empresa, o Harmonia, “super condomínio” de condomínios, em implantação em Natal. “Fizemos estudos de vento e insolação e queremos construir espaços para as pessoas, oferecendo serviços próximos, para que seja possível resolver tudo no mesmo lugar”, explicou. “O Harmonia faz reúso da água e utiliza energia eólica nas áreas comuns, já que aquela região do litoral é beneficiada pelos ventos. Fizemos um bairro sustentado, com cara de cidade. Faremos casas horizontais e há diversas glebas para incorporadores desenvolverem seus projetos verticais e dar cara de cidade ao empreendimento.”
De acordo com Silvio Bezerra, a zeladoria será aplicada em todo o “super condomínio” de condomínios de Natal. “Cada gleba é ‘condômina’ e, portanto, vai pagar para o super condomínio. Pretendemos demandar menos a prefeitura e resolver tudo internamente”, informou. “Tomaremos as decisões do nosso âmbito, sem interferência do poder público. Vamos misturar classes sociais, e o projeto prevê uma fatia de gleba para construção de unidades do Minha Casa, Minha Vida, programa agora substituído pelo Casa Verde e Amarela. Tão logo os primeiros projetos para as classes A e B sejam desenvolvidos, voltaremos a atenção para o padrão mais econômico.”
Silvio Bezerra também relatou que uma moderna linha de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) passa bem ao lado do empreendimento, ampliando a acessibilidade para os moradores. “Temos a intenção de fazer uma cidade inteligente”, comentou, relembrando que o atual ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, criou em Natal o Instituto Metrópole Digital, onde doutorandos desenvolvem projetos de Smart Cities. “Fizemos um convênio com eles para o desenvolvimento do Harmonia. O condomínio é fechado, com livre acesso, mas com controle interno de identificação de acesso. Teremos um projeto diferenciado, que traz inovação para o Brasil”, disse Bezerra, acrescentando que a Ecocil também vem desenvolvendo parceria com empresas dos Estados Unidos e da Europa, já que Natal é um atraente polo turístico.
Os três convidados para o painel do dia 25 foram unânimes em ressaltar a necessidade de o Brasil simplificar e desburocratizar a aprovação de projetos, assim como o licenciamento de lotes urbanizados, fazendo uso da autodeclaração. Eles destacaram a importância de dar segurança ao servidor público, que se sente ameaçado com ações do Ministério Público. Por outro lado, Elias Zitune e Arthur Matarazzo Braga admitiram que, no Estado de São Paulo, a iniciativa do governo paulista de criar, já em 1991, o Graprohab, Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais, cuja regulamentação se baseou em sugestões da AELO, vem sendo uma experiência de sucesso. Os dois empresários voltaram a defender a criação de autênticos Graprohabs municipais, os Graprourbs, que contribuirão para melhor conhecimento dos funcionários a respeito dos projetos de loteamentos em suas respectivas cidades do Interior paulista.
Na rodada de encerramento do painel, Caio Portugal comentou que o sistema brasileiro é legalista e que as entidades representativas do setor imobiliário, como Secovi-SP, AELO e CBIC, trabalham há muito tempo para tornar a aplicação das normas mais objetivas e menos subjetivas. “O empreendedor é muito questionado pelos mais variados órgãos”, disse o presidente da AELO. “Alguns órgão, infelizmente, não nos enxergam como geradores de riqueza. A única forma de avanço será os governos entenderem a importância da desburocratização.”
Arthur Matarazzo Braga afirmou que os loteadores são “construtores de cidades”, e completou: “O poder público tem de ser parceiro dos empreendedores, profissionais que merecem respeito, em vez de desconfiança.”
Elias Zitune deixou uma mensagem otimista: “Como os lançamentos são mais intensos no segundo semestre, acreditamos que esse comportamento do mercado vai salvar o ano, abrindo frente para 2021.”
Silvio Bezerra disse que as pessoas devem trabalhar normalmente e saber diferenciar as empresas sérias daquelas que não são idôneas.
De um modo geral, os empresários manifestaram otimismo com a reação ocorrida no mercado de loteamentos nos quatro últimos meses. Após a paralisação dos negócios, em março, com a chegada da pandemia ao Brasil e com o início da quarentena de prevenção contra o coronavírus, as vendas começaram a melhorar e atingiram bons níveis de maio a agosto. A reunião virtual do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) apresentará, dia 9, os números mais recentes das pesquisas do mercado de loteamentos (ver nota a parte).
O Secovi-SP e a AELO organizaram, em 25 de agosto, um “pinga-fogo” virtual com especialistas, logo após o painel sobre loteamentos. Foi uma forma prática para tirar dúvidas de empreendedores a respeito de vários assuntos em torno do parcelamento do solo urbano, conforme o “AELO Online” noticiou na semana passada. Alguns temas estiveram totalmente ligados às condições trazidas pela pandemia e pela quarentena. Aqui estão mais detalhes do movimentado “pinga-fogo”.
A coordenação ficou por conta do presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, Caio Portugal, também mediador dessa apresentação, da qual participaram quatro especialistas:
Professor Vicente C. Amadei, diretor Executivo da Vice-Presidência de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP e coordenador de cursos de loteamento da Universidade Secovi;
Ruth Carmona Cesar Portugal, integrante do Conselho Fiscal da AELO, membro de grupos de trabalho do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) e diretora da empresa GP Desenvolvimento Urbano;
Mariangela Iamondi Machado, assessora consultiva da Lello Condomínios, diretora da Focus Trading – Desenvolvimento Urbano e Gestão, diretora de Associações em Loteamentos e Bairros Planejados do Secovi-SP e colaboradora da AELO;
Olivar Lorena Vitale Júnior, advogado, membro do Conselheiro Jurídico do Secovi-SP e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (Ibradim).
Vicente C. Amadei, coordenador dos cursos de loteamentos da Universidade Secovi, foi o primeiro acionado pelo mediador Caio. O experiente professor relembrou a importância da criação do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab) no Estado de São Paulo, em 1991. “Hoje, o Graprohab está tentando informatizar todo o seu sistema de aprovação, mas tem encontrado dificuldades, como a resistência de alguns técnicos. Esse colegiado atende muito bem os empreendedores, principalmente em termos de prazos e de cobrança dos órgãos participantes.”
Mariangela Iamondi Machado, da Lello Condomínios, da Focus Trading e do Secovi-SP, abordou as assembleias virtuais, permitidas a partir da publicação da Lei n.º 14.020/2020, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Apesar de tal possibilidade, a maioria das associações de moradores em loteamentos tem postergado a realização das assembleias. Entretanto, elas têm até 30 de outubro, prazo legal, para levar adiante as assembleias regulamentares. “É algo diferente dos condomínios verticais”, explicou Mariangela, atuante membro do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU). “A gente vê que, nos loteamentos, os moradores preferem assembleias presenciais. Algumas, inclusive, estão sendo híbridas – uma parte presencial e outra online. Nos loteamentos, a presença das pessoas faz a diferença. Esse jeito é tradicional, apesar de a parceria dos cartórios nessa empreitada ser digital.”
Em sua explanação, Mariangela Machado enfatizou que cabe ao empreendedor entregar o loteamento com regras básicas, que sirvam de esqueleto para a elaboração do estatuto do condomínio. “Existem regras que os empreendedores não querem que mudem jamais, porque são conceitos urbanísticos do empreendimento”, afirmou. “Dessa forma, em cláusula específica do estatuto, incluem-se as cláusulas pétreas. Isso é uma melhoria de processo.”
Ruth Carmona Cesar Portugal, do Conselho Fiscal da AELO e membro de grupos de trabalho do CDU sobre saneamento básico e energia elétrica, explicou as ações que ela e sua equipe vêm desenvolvendo nas oficinas com a Sabesp e com outras autarquias e empresas na área de saneamento. “Nosso trabalho perante as concessionárias foi permeado pela diversidade de normas a serem aplicadas. A luta, em 15 anos, foi grande. Mas, hoje, pelo menos, o Graprohab online permite a busca dos vários cadernos de aprovação, com agilidade.”
O novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei n.º 14.026/2020) trouxe uma força interna para a Sabesp, de acordo com Ruth Portugal, pois essa novidade estimula a criação de Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Os loteadores são parceiros das prefeituras. Agora, é importante acompanhar a regularização da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), do governo federal, explicou. “A produção de água e a coleta de esgoto são problemas que devem ser solucionados com o marco regulatório, em todo o País.” A AELO e o Secovi-SP comemoraram o novo Marco, tido como conquista para a qualidade de vida das pessoas. Além de tudo, um dos artigos mostra o caminho para o fim de uma distorção: os loteadores passarão a ser ressarcidos pelas concessionárias em relação aos investimentos em redes de água e esgoto, conforme tem noticiado o “AELO Online”. Ruth finalizou sua participação com uma mensagem de otimismo: “Somos persistentes e vamos em frente.”
O advogado Olivar Vitale, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (Ibradim) e integrante do Conselho Jurídico do Secovi-SP, participou do “pinga-fogo” presencial em agosto de 2019 e foi convocado por Caio Portugal para entrar na versão virtual deste ano. Ele contou que, neste período da pandemia, a Lei dos Distratos (n.º 13.786/2018) catalisou no Judiciário a análise dos casos de rescisão contratual por razão de eventual dificuldade financeira, que levou ao inadimplemento. “O Judiciário está privilegiando a lei. A primeira impressão é positiva para aqueles que buscam segurança jurídica”, disse o Dr. Olivar.
Ainda de acordo com Olivar Vitale, agora é que estão surgindo questionamentos acerca do instituto da Alienação Fiduciária, pois alguns inadimplentes tentaram paralisar leilões de unidades retomadas, requerendo ressarcimento financeiro, tendo por base o artigo 53 da Lei. “Qualquer crise econômica traz questionamentos legais. Há dois ministros do Tribunal tratando do tema, e existe a possibilidade de, depois de analisados e julgados os procedimentos, ser criada jurisprudência, que valerá para todos os demais casos.”
Dezenas de empreendedores que acompanharam o “pinga-fogo” virtual enviaram perguntas aos quatro participantes, que ficaram de responder por email nos próximos dias. Além disso, o Conselho Jurídico da AELO está à disposição dos associados para tirar dúvidas sobre lei e normas em torno da atividade de parcelamento do solo: secretaria@aelo.com.br.
Em novo formato, as empresas e os profissionais contemplados na 26.ª edição do Prêmio Master Imobiliário participaram, na noite de sábado, 29 de agosto, de um programa de TV de âmbito nacional, resultado de inédita parceria entre o Secovi-SP, a Fiabci-Brasil, a BandNews TV e o jornal “O Estado de S. Paulo”.
O prêmio é promovido, desde 1994, pelo Secovi-SP e pelo Capítulo Brasileiro da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci-Brasil). Foi desenvolvido como forma de destacar e estimular profissionais e empresas do setor comprometidos com grandes realizações, que possam beneficiar a sociedade.
O programa especial de TV foi dirigido por Zeca Camargo, ex-Globo, agora no Grupo Bandeirantes, e apresentado pela jornalista Ana Paula Padrão e pelo ator e diretor Miguel Falabella. Os comentários sobre os 21 profissionais e empresas vencedores deste ano ficaram por conta dos presidentes das entidades realizadoras Basilio Jafet, do Secovi-SP, e José Romeu Ferraz Neto, da Fiabci-Brasil, e do presidente de honra do júri da premiação, Carlos Pires, líder de Auditoria da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Na abertura da cerimônia, Basilio Jafet (foto) falou sobre a importância do Prêmio Master e destacou o atual momento do setor imobiliário para a economia do País. Ferraz ressaltou que a Fiabci-Brasil participa do evento desde a primeira edição.
Francisco Mesquita Neto, diretor presidente do Grupo Estado, que edita o jornal “O Estado de S. Paulo”, apresentou sua mensagem de apoio à iniciativa, salientando a importância das empresas imobiliárias e do papel da mídia na defesa de cidades mais humanas.
O próprio “Estadão”, parceiro do setor imobiliário no Master nestes 26 anos, desta vez também foi premiado, na categoria Publicidade, juntamente com a empresa publicitária Archote. Justificativa do júri: Criação de valor para além da Mídia Impressa.
A parceria entre o Secovi-SP e o “Estadão”, na verdade, acaba de completar 38 anos: foi definida em 1982, a partir de contatos entre o então presidente do Secovi-SP, Romeu Chap Chap, e o diretor do jornal, Julio de Mesquita Neto. O responsável pela aproximação foi o grande jornalista Alberto Tamer, descendente de libaneses, como Romeu e Basilio Jafet. Na época, Tamer trabalhava na seção de Economia do “Estadão”, depois de ter sido correspondente em Londres, e também era comentarista da Rádio Jovem Pan. Sensibilizada pelo potencial do setor imobiliário, a direção do diário abriu espaço para publicar semanalmente, às quartas-feiras, a “Coluna Secovi”, mantida até hoje. Tal parceria é positiva para os dois lados: para o nosso setor, ao contar com um veículo de mídia de alta credibilidade, e para o próprio jornal, que tem nos anúncios de lançamentos de prédios e loteamentos uma das suas principais fontes de renda (as outras são os grandes bancos e as marcas de automóveis).
No último domingo, 30 de agosto, o “Estadão” publicou um caderno especial de 14 páginas de reportagens e anúncios sobre o Prêmio Master, focalizando todos os projetos vencedores deste ano.
Apresentamos, a seguir, a lista completa dos 21 profissionais e empresas premiados com o Master Imobiliário 2020, nas respectivas categorias. A foto que ilustra esta nota é do empreendimento Cidade Maia, Bairro Planejado, da empresa Eztec S.A., no município de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Em fase de ampliação, agora em outro setor de uma imensa área, Cidade Maia, com oito edifícios planejados, venceu na categoria Empreendimento Residencial. No entorno, a empresa Eztec já havia construído 12 outros prédios e um shopping center, criando autêntico bairro, mudando o perfil de Guarulhos, um dos principais municípios do Estado.
Na categoria Loteamentos, venceu o empreendimento Azur Condomínio Lago, da empresa BLD Urbanismo, no município cearense de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza.
Prêmio Master Imobiliário 2020
Categoria Empreendimento (9 vencedores)
1. EMPREENDIMENTO – RETROFIT
Case: RETROFIT DO COMPLEXO PLAZA CENTENÁRIO – SP
Empresas: Athié Wohnrath |BR Properties
Localização: São Paulo (SP)
2. EMPREENDIMENTO – LOTEAMENTO
Case: AZUR Condomínio Lago
Empresa: BLD Urbanismo
Localização: Eusébio (CE)
3. EMPREENDIMENTO – BUILT-TO-SUIT
Case: Bresco Londrina – BRF
Empresa: Bresco
Localização: Londrina (PR)
4. EMPREENDIMENTO – RESIDENCIAL
Case: Cidade Maia – Bairro Planejado
Empresa: EZTEC S/A
Localização: Guarulhos (SP)
5. EMPREENDIMENTO – COMERCIAL
Case: Edifício Adalmiro Dellape Baptista – B32
Empresa: Faria Lima Prime Properties
Localização: São Paulo (SP)
6. EMPREENDIMENTO – RESIDENCIAL
Case: PIN: o Home Design pioneiro da Rua dos Pinheiros
Empresa: Tegra Incorporadora
Localização: São Paulo (SP)
7. EMPREENDIMENTO – RESIDENCIAL
Case: Condomínio Praça Ibiapinópolis
Empresa: THREE Desenvolvimento Imobiliário
Localização: São Paulo (SP)
8. EMPREENDIMENTO – RETROFIT
Case: Residence Jacques Pilon
Empresa: TPA EMPREENDIMENTOS
Localização: São Paulo (SP)
9. EMPREENDIMENTO – COMERCIAL
Case: Park Tower
Empresa: VBI Real Estate
Localização: São Paulo (SP).
Categoria Profissional (12 vencedores)
1. PROFISSIONAL – DESIGN DE INTERIORES
Case: PROJETO BRADESCO: LUGARES QUE INSPIRAM AS PESSOAS
Empresa: Athié Wohnrath
Localização: São Paulo (SP)
2. PROFISSIONAL – COMERCIALIZAÇÃO
Case: Consultoria CBRE – São Paulo Corporate Towers
Empresa: CBRE
Localização: São Paulo (SP)
3. PROFISSIONAL – COMERCIALIZAÇÃO
Case: Kiruna: 90 unidades vendidas em 12 horas em São Caetano
Empresa: CONSTRUTORA PATRIANI
Localização: São Caetano do Sul (SP)
4. PROFISSIONAL – REENGENHARIA DE PROJETOS
Case: União do Saber e Dom do Fazer: a Equação Perfeita
Empresa: Conx Construtora e Incorporadora
Localização: Rio de Janeiro (RJ)
5. PROFISSIONAL – INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
Case: WhatsApp Business Direcional
Empresa: Direcional Engenharia
Localização: Belo Horizonte (MG)
6. PROFISSIONAL – MARKETING
Case: HBR Realty apresenta o Shopping Patteo Urupema
Empresas: HBR Realty | MPD Engenharia
Localização: Mogi das Cruzes (SP)
7. PROFISSIONAL – SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS
Case: Facces Jardins: 2 pontos de vista privilegiados
Empresas: Helbor | Toledo Ferrari
Localização: São Paulo (SP)
8. PROFISSIONAL – OPORTUNIDADE ESTRATÉGICA
Case: Helbor traz 1º empreendimento da marca W ao Brasil
Empresas: Helbor | Toledo Ferrari | HBR Realty
Localização: São Paulo (SP)
9. PROFISSIONAL – PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Case: Reconstrução do Teatro Cultura Artística
Empresa: HTB
Localização: São Paulo (SP)
10. PROFISSIONAL – SOLUÇÕES URBANÍSTICAS
Case: PONTAL: inspire e expire Porto Alegre
Empresa: Melnick Even Incorporações e Construções
Localização: Porto Alegre (RS)
11. PROFISSIONAL – PUBLICIDADE
Case: Estadão – Criação de valor para além da Mídia Impressa
Empresa: Publicidade Archote
Localização: São Paulo (SP)
12. PROFISSIONAL – RESPONSABILIDADE SOCIAL
Case: Campanha Outubro Rosa Riviera de São Lourenço 2019
Empresa: Sobloco Construtora
Localização: Bertioga (SP).
A Sobloco, construtora fundada em São Paulo há 62 anos, uma das primeiras associadas da AELO, acaba de receber mais um prêmio destinado à Riviera de São Lourenço, empreendimento de alto padrão por ela implantado no município de Bertioga, Litoral Norte de São Paulo, o Master 2020, na categoria Profissional, Responsabilidade Social.
Ao longo das últimas décadas, a Riviera se tornou uma verdadeira cidade de edifícios de apartamentos, setores de casas, shopping center, restaurantes e áreas de serviços e lazer. A praia é limpa. E um sistema de água e coleta de esgoto amplia a tranquilidade dos frequentadores. Paralelamente, a Riviera conquistou prêmios pela sua qualidade urbanística, entre os quais o de excelência da Fiabci Mundial. Neste ano, em que a Sobloco perdeu seu fundador e grande incentivador para projetos sociais, o engenheiro Luiz Carlos Pereira de Almeida, falecido em 6 de maio, aos 94 anos, o Prêmio Master tem um significado especial para a empresa e para todos os que admiram a Riviera e seu apoio às demais áreas do município de Bertioga.
Luiz Carlos Pereira de Almeida foi o idealizador do Prêmio Master no Brasil, a partir do modelo de uma premiação por ele criada na Fiabci Mundial, nos anos 1990, quando presidiu aquela entidade.
Dez anos atrás, em setembro de 2010, quando da entrega do Prêmio Master, o apresentador da cerimônia no Clube Atlético Monte Líbano, Paulo Germanos, ex-presidente do Secovi-SP, anunciou uma homenagem especial a Pereira de Almeida. Na ocasião, Germanos disse: “Naturalmente, nenhuma obra pode ser bem-sucedida sem contar com um bom maestro. Mais uma vez, a comissão julgadora foi brilhantemente presidida pelo empresário Luiz Carlos Pereira de Almeida, ex-presidente mundial da Fiabci e titular da Sobloco Construtora.” O homenageado subiu ao palco, foi intensamente aplaudido, e Germanos lembrou que “o Prêmio Master só existe graças ao Luiz Carlos, pois foi dele a ideia de criar, na Fiabci Mundial, o Prix d’Excellence, inspiração para o Master brasileiro”.
Em 1993, Luiz Carlos Pereira de Almeida criou, junto à capela da Riviera, a entidade sem fins lucrativos Fundação 10 de Agosto, que arregimenta voluntários para dar aulas de vários cursos a crianças e adultos de famílias de baixa renda de Bertioga. Mas tarde, foi lançado o Projeto Clorofila, de incentivo à preservação do meio ambiente.
Desta vez, foi premiado um projeto social. A Sobloco Construtora foi contemplada com o Prêmio Master Imobiliário 2020, na categoria “Responsabilidade Social”, pela sua Campanha Outubro Rosa (foto), iniciativa realizada pela empresa no município de Bertioga desde 2016. A cada outubro, a campanha vem transmitindo conhecimentos por meio de palestras, encontros, eventos, atividades físicas e materiais de divulgação com foco principal no compartilhamento de informações que possam elucidar dúvidas, desmistificar tabus e incentivar as mulheres a fazer exames periódicos. Em 2019, foram beneficiadas mais de 5 mil pessoas de dez bairros de Bertioga, tendo participado de palestras e atividades físicas. Além disso, a Sobloco doou 100 próteses mamárias para a ONG Amigas do Peito.
Ao longo desses quatro anos, as ações do Outubro Rosa despertaram na comunidade a busca por melhorias no enfrentamento da doença, além de contribuir para a autoestima das pessoas acometidas pelo tratamento. A saúde e o bem estar, bem como o meio ambiente e o profissionalismo, fazem parte dos compromissos da Sobloco em Bertioga.
A AELO manifesta parabéns a Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor da Sobloco, e à sua equipe de voluntários pelo sucesso do Outubro Rosa e pelo prêmio agora conquistado, que honram o legado do Dr. Luiz Carlos Pereira de Almeida.
A terceira reunião trimestral do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) de 2020 está confirmada para quarta-feira, 9 de setembro, às 16 horas. Assim como a segunda reunião, realizada em 18 de junho, esse evento será totalmente virtual. Os associados da AELO poderão ter acesso. O primeiro encontro do ano foi presencial, em 2 de março, duas semanas antes de ser iniciada a quarentena contra o coronavírus.
Caio Portugal, presidente da AELO, vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP e coordenador do CDU (aqui, em foto tirada por Calão Jorge durante o painel virtual do dia 25 na Convenção Secovi), preparou a pauta com temas de grande importância para os nossos associados, entre os quais a divulgação das mais recentes pesquisas sobre o mercado de loteamentos.
A pauta é basicamente esta:
1 – Pesquisas do Mercado de Loteamentos no Brasil e, especificamente, no Estado de São Paulo: Fábio Tadeu Araújo, sócio diretor da Brain, empresa parceira da AELO e do Secovi-SP, apresentará os resultados do segundo trimestre de 2020.
2 – Sistemas de Comercialização, com os diretores da AELO Elias Zitune e Jorgito Donadelli, que apresentarão informações dos convidados Gladston Tannous e Rodrigo Brito.
3 – Marco Regulatório do Saneamento Básico, novos passos, por Caio Portugal.
4 – Lei Geral de Licenciamento Ambiental, vários participantes.
5 – As Reformas Tributária e Administrativa, vários participantes.
A empresa Brain anuncia para amanhã, 4 de setembro, às 9h30, mais uma palestra virtual gratuita sobre o tema “Covid-19, impactos e desafios para o setor imobiliário”. É a quarta onda, com o resultado atualizado da pesquisa feita pela Brain, com apoio da AELO, junto a empreendedores imobiliários, em especial os de parcelamento do solo urbano. Nesse evento, a empresa, por meio do sócio diretor Fábio Tadeu Araújo e do sócio consultor Marcelo Gonçalves, e com a participação especial de Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e vice-presidente da CBIC, debaterá com o público o atual momento das empresas pesquisadas. Nas últimas semanas, a AELO incentivou seus associados a responder as questões levantadas pelos organizadores e, com isso, colaborar para a qualidade do resultado final da pesquisa, algo destinado a ser notícia em veículos da mídia.
Estes são os assuntos previstos para a palestra:
1 – Intenção de compra e efetiva de imóveis;
2 – Mudanças no comportamento do mercado: o curto e longo prazo;
3 – Como os empresários do setor estão reagindo aos desafios impostos pela Covid-19 e pelas ações de prevenção;
4 – Análise do cenário atual e perspectivas para o restante do ano.
Os interessados em acompanhar a palestra deverão inscrever-se clicando aqui.
A Universidade Secovi confirma para a próxima quarta-feira, 9 de setembro, às 9 horas, o início do quarto curso do programa específico sobre loteamentos de 2020, que tem poio da AELO. O terceiro curso terminou ontem, dia 2. Na segunda-feira, dia 7, feriado da Independência do Brasil, não haverá aula.
Diante da quarentena de prevenção contra a Covid-19, os cursos, coordenados pelo professor Vicente C. Amadei (foto), passaram por duas alterações. 1.ª – As aulas tiveram seu início adiado de 27 de abril para 22 de junho. 2.ª – Todas as são virtuais, até o final do programa, em novembro.
Tem funcionado bem o sistema virtual, pelo qual os docentes dão aulas diretamente de suas respectivas residências, cabendo aos alunos, moradores em quaisquer cidades do Brasil, acessar o curso para obter, ao vivo, informações complementares do conteúdo das apostilas.
Estão abertas as inscrições para o quarto curso, assim como para o quinto e para o sexto, de aulas sempre às segundas e quartas-feiras, às 9 horas.
O “Curso de aprovações e implantação de obras e serviços”, com carga horária de 15 horas, terá aulas nos dias 9, 14, 16, 21 e 23 de setembro.
Estes são os temas e os docentes de cada aula:
I – Pré-aprovação e aprovação na prefeitura e no Graprohab – Jonas Mattos;
II – Planta urbanística ambiental, 1: laudos de flora e fauna – Priscila C. Carvalho;
III – Planta urbanística ambiental, 2: elaboração – Luciane Virgílio;
IV – Implantação de obras e serviços de loteamentos – Ricardo Spezzotto;
V – Entrega de obras e serviços – TVO – LO – TCRA – Redes de Água/Esgoto e Energia Elétrica – Jonas Mattos.
Contato: (11) 5591-1306
E-mail: uni@secovi.com.br
E mais: para quem ainda não leu o folheto dos cursos, é só acessar o link do boletim “AELO Online” n.º 791, de 23 de abril, que publicou as informações completas:
A Medida Provisória n.º 996/20 criou o programa habitacional do governo Jair Bolsonaro, que vai conceder financiamento e subsídio para a compra da casa própria. Chamado de Casa Verde e Amarela, o programa beneficiará famílias residentes em áreas urbanas com renda mensal de até R$ 7 mil e famílias que moram em áreas rurais com renda anual de até R$ 84 mil.
O programa Casa Verde e Amarela, de moradias populares, lançado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, vai substituir o Minha Casa, Minha Vida, criado em 2009 no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Mudou não apenas o nome. Há novas regras.
Além da compra da casa, o novo programa também vai financiar regularização fundiária e pequenas reformas nos imóveis, como construção de banheiro ou colocação de piso. Estas duas modalidades de financiamento não estão previstas hoje no Minha Casa Minha Vida.
As faixas de financiamento
A MP 996 foi publicada na quarta-feira, 26 de agosto, no “Diário Oficial da União” e já está em vigor. O texto apresenta as linhas gerais do programa. O governo informou que haverá três faixas de financiamento: o grupo 1 atenderá famílias com renda de até R$ 2 mil, terá os menores juros e será o único com acesso a financiamento para compra, reforma ou regularização fundiária; o grupo 2 atenderá famílias com renda entre R$ 2 mil mensais e R$ 4 mil mensais; o grupo 3 alcançará as famílias com renda entre R$ 4 mil e R$ 7 mil. Estes dois últimos grupos só terão acesso a financiamento para compra da casa e regularização fundiária.
O financiamento habitacional ocorrerá nos moldes atuais do Minha Casa Minha Vida: o cidadão interessado deverá procurar diretamente as construtoras credenciadas e os bancos operadores do Casa Verde e Amarela. Também serão financiadas reforma e regularização, por parte de um banco, com intermediação de uma empresa privada.
O governo explica que o Casa Verde e Amarela terá juros menores e atenderá um universo maior de pessoas do que o Minha Casa Minha Vida.
O empreendimento residencial Mirante Morro do Ypê (foto), referência em imóveis de luxo em Ribeirão Preto, no Interior paulista, foi totalmente concluído em 2020 pela Habiarte Incorporadora e Construtora. A empresa está completando 35 anos de experiência, tendo implantado vários outros projetos que contribuíram para mudar o perfil de uma área da cidade. Esse residencial de oito torres, modelo de bairro planejado, até então inédito no município, começou a ser idealizado pela Habiarte em 1999 – época em que comprou a gleba na região hoje conhecida como Alta Fiúsa. Este exemplo de Ribeirão Preto faz parte da seção criada em julho pelo boletim “AELO Online” para destacar bairros de qualidade que surgiram a partir de loteamentos. É o sexto da série. Anteriormente, foram focalizados quatro bairros da cidade de São Paulo – Jardim América, Morumbi, Pacaembu e Jardim Avelino – e um do Interior, Portal dos Pássaros Cruzeiro, em Mairinque. Estamos em busca de novos destaques. E aceitamos sugestões dos associados da AELO. Favor enviar para este e-mail: lcramosramos@gmail.com.
Na virada do milênio, a empresa Habiarte já antevia o esgotamento dos terrenos disponibilizados na primeira fase de implantação da Avenida Professor João Fiúsa, da qual havia participado ativamente. Após estudos e pesquisas e de uma série de aprimoramentos técnicos e atualização das tecnologias construtivas, o Morro do Ypê ganhou vida em 2004, com o lançamento da primeira torre, o Edifício Cidade de Petrópolis. Em seguida, ocorreram as obras dos Edifícios Cidade de Lisboa, Cidade de Madrid, Cidade de Londres, Cidade de Paris, Cidade de Roma, Cidade de Viena. O oitavo, Cidade de Munique, foi finalizado recentemente.
De acordo com a Habiarte, cada edifício possui singularidades, mas todos estão alinhados com a mesma proposta: oferecer segurança, funcionalidade, sustentabilidade, luxo e requinte para a máxima qualidade de vida de seus moradores.
O complexo reúne 359 unidades residenciais com metragens que variam de 217 m² a 929 m², incluindo opções de um ou dois apartamentos por andar, além de coberturas duplex e tríplex.
Os diferenciais do novo bairro, incluindo localização estratégica, acesso restrito, fiação subterrânea, recuos generosos, plantas inteligentes e amplos espaços, entre outros, o consolidaram como o local mais desejado pelos moradores de Ribeirão Preto. Consequentemente, o conjunto tem o metro quadrado mais valorizado da cidade. O Guia Exame de Imóveis, que organiza o maior mapeamento anual do mercado imobiliário brasileiro, mantém o Morro do Ypê no topo do ranking por seis anos consecutivos.
A experiência bem sucedida e o aprendizado acumulado no decorrer das torres edificadas naquela no Morro do Ypê serviram de inspiração para a Habiarte aprimorar mais os seus projetos e lançar um novo endereço do luxo em Ribeirão Preto: o residencial Ilhas do Sul, localizado na Nova João Fiúsa. É um empreendimento que reúne evolução e modernidade, traduzidos no conceito de bem viver. “O Ilhas do Sul é a evolução do que fizemos até aqui, com ainda mais apuro”, define o diretor e fundador da Habiarte, Paulo Tadeu Rivalta de Barros.
A equipe de reportagem do “AELO Online” visitou o Ilhas do Sul em 15 de março de 2018, quando da instalação da Delegacia Regional da AELO em Ribeirão Preto. Na ocasião, já estavam sendo erguidos os Edifícios Cidade de Vancouver e Cidade de Montreal, entre áreas verdes e terrenos para casas. A gleba tem 160 mil metros quadrados e deverá receber um total de 20 torres destinadas a mansões suspensas, endereço ideal para quem busca segurança, tranquilidade e lazer, em contato com o projeto paisagístico idealizado pelo arquiteto Benedito Abbud. O empreendimento contará também com um clube e com um setor de serviços.
De acordo com a Habiarte, a excelência urbanística, arquitetônica e paisagística do bairro Ilhas do Sul é resultado de constante evolução. O diretor de Incorporação da Habiarte e delegado Regional da AELO, engenheiro João Theodoro Feres Sobrinho, relembra que a abertura da Avenida Professor João Fiúsa para além do cruzamento com a Avenida Presidente Vargas, a partir dos anos 1990, revolucionou o mercado imobiliário local. Ele explica: “Com o objetivo de amenizar a saturação da área centro da cidade, um levantamento conduzido pelo Grupo de Desenvolvimento Urbano (GDU) identificou o potencial da zona sul como vetor de crescimento para o município. As lavouras, então, deram espaço a 25 lotes destinados a edifícios de grande porte. Todas as unidades foram rapidamente comercializadas.”
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