O quê pouca gente sabe sobre Jaques Zitune? Que ele nasceu no paulistano bairro da Mooca, de tantas tradições. E o quê mais se sabe sobre Jaques? Que é um grande empreendedor de loteamentos na empresa criada pelo seu pai, Elias, e que tem sido expressiva sua participação nos 40 anos de história da AELO. Por isso mesmo, Jaques Zitune foi escolhido para ser focalizado nesta semana na seção “Sou AELO. E você?”
Esta edição do “AELO Online” apresenta Jaques: seu perfil e suas respostas às 20 perguntas feitas pelo boletim. Ele é a 11.ª personalidade da seção, que prosseguirá, semanalmente, até 24 de fevereiro, data do 40.º aniversário da entidade fundada em São Paulo e que hoje concentra empresas associadas de 17 Estados, de todas as regiões do País.
Esta imagem de 18 de março de 2019, alguns minutos depois de Caio Portugal ter sido reeleito presidente na sede da AELO, mostra Jaques Zitune (ao centro), no momento em que fez uma breve saudação à Diretoria, destacando a evolução da entidade no decorrer de quatro décadas e comentando as vitórias da atual gestão. Ao fundo, aparece a foto de Maurício Scopel, presidente de 1989 a 1994, época em que Jaques assumiu seus primeiros cargos na AELO.
Eis a lista dos 11 primeiros homenageados, cujos perfis podem ser encontrados no site da AELO, www.aelo.com.br, link Boletim Online, a partir da edição n.º 802:
# 4 Mariangela Iamondi Machado
# 7 Sérgio Guimarães Pereira Júnior
# 8 Luiz Eduardo de Oliveira Camargo
O “AELO Online” de hoje também traz novas informações em torno do parcelamento do solo, entre as quais a cobertura completa da terceira reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) de 2020, realizada dia 9, de forma virtual. Assim como já havia acontecido na reunião presencial de 2 de março e na virtual de 18 de junho, esse encontro possibilitou a divulgação dos números mais recentes sobre o mercado de loteamentos e um debate sobre os principais temas do momento, sob a coordenação do presidente da AELO, Caio Portugal.
E vale a pena conferir o artigo “Casa”, escrito pelo presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet para o jornal “O Estado de S. Paulo”. O texto é reproduzido nesta edição do “AELO Online”.
Jaques Zitune, natural de São Paulo (1948), se orgulha em dizer que é filho e neto de loteadores. Ele próprio está há 56 anos em atividade em parcelamento do solo urbano e exerceu vários cargos na AELO, onde hoje integra o Conselho Fiscal. E seu filho Elias Zitune, diretor Comercial da empresa, é diretor de Assuntos Regionais da AELO.
Sempre cordial, Jaques Zitune é presença constante nas reuniões presenciais do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), integrado pela AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP. Nesta foto, minutos antes do início de um encontro do CDU em 2019, Jaques conversa com três amigos: da esquerda para a direita, Alexandre Thomaz da Silva, da Sociedade Conde de Imóveis – uma das associadas pioneiras da AELO, em 1981 –, Geraldo Portugal, da GP Desenvolvimento Urbano, dirigente de expressiva atuação na história entidade, e Luiggi Alan Brancatti Esposito, da C. Munhoz Empreendimentos. Ao fundo, em ação, Calão Jorge, repórter fotográfico que garante a qualidade das fotos do “AELO Online”.
Em 1965, Jaques Zitune, aos 16 anos, assumiu a empresa de sua família, Zitune Empreendimentos, que havia sido fundada pelo pai, Elias, em 1951. Juntamente com seu irmão Gabriel Zitune, ele vem conduzindo a empresa, que completa 70 anos em 2021, época do 40.º aniversário da AELO, e que somou força em parceria com Odilon Castriota Filho, da OCF, hoje SCDU Urbanismo.
A história do Jaques na AELO iniciou-se antes mesmo da fundação. Ele lembra que, em 1978, em contato com alguns colegas, entre os quais o inesquecível Dr. Mário Alves Galante, foi convidado para participar do novo grupo de loteadores que começava a se reunir. Assim, o nome de Jaques Zitune aparece na ata de fundação da Associação Nacional dos Empresários de Loteamentos (ANEL), entidade que abriu caminho para a criação da AELO. Em 5 de fevereiro de 1980 foi realizada, numa sala da Rua Xavier de Toledo, no Centro de São Paulo, a assembleia de constituição da ANEL, com a presença de mais de cem empresários de vários Estados. Além de Jaques, estão na ata, entre outros, Mário Alves Galante, Julio Bogoricin, Carlos Machado Brito, Luiz Caldin e Wanderley Bernardes, pai de Claudio Bernardes.
Uma vez que a ANEL definiu a possibilidade de, em seguida, serem criadas entidades estaduais, dezenas de empreendedores fundaram a AELO paulista. Isso ocorreu exatamente um ano depois, em 24 de fevereiro de 1981, também no Centro da cidade. Primeiro presidente: Luiz Caldin. Foi sob a presidência de Maurício Scopel (1989-1993) que Jaques Zitune começou a assumir cargos na AELO: 3.º secretário e, depois, 2.º tesoureiro.
O próprio Jaques recorda: “Em 1981, já com a AELO constituída, comecei a participar das reuniões. Era uma época em que convivíamos no nosso ramo com diversos problemas de legislação, novos órgãos públicos, como DEPRN, CETESB, a nova lei de loteamento – Lei n.º 6.766/79 –, novidades tributárias, planos econômicos de impacto, como o Plano Cruzado (1986), tablita e outros, de consequências diretas sobre a nossa carteira a receber. Não podíamos usar a correção monetária, pois só os bancos e financeiras podiam se utilizar dessa garantia. O ideal era produzir mais lotes. Mas, com a criação de novos órgãos de aprovação, criavam-se mais dificuldades para se atingir esse objetivo.”
Em 1991, ocorreu um episódio que Jaques faz questão de relatar, por considerá-lo histórico: “Na época, o presidente da AELO era o querido e saudoso Maurício Scopel. Eu era o 3.º tesoureiro. Maurício me telefonou, eufórico, dizendo que o governador Luiz Antônio Fleury Filho tinha dado carta branca a ele para que afinal, fosse criado um colegiado governamental que viesse a unir os vários órgãos responsáveis pela aprovação de projetos de loteamentos. E o Maurício, com ajuda do advogado Ronaldo Lucas Brani, redigiu a base do texto do decreto que criou o Graprohab, Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo. Notem como esse grande presidente foi participativo! Os anos se passaram e, com a evolução da AELO, conseguimos conjugar as dificuldades do setor de loteamentos.”
Uma vez que Jaques Zitune já foi apresentado, aqui estão as suas respostas às perguntas do “AELO Online”.
1 – Qual foi o maior desafio que o senhor enfrentou/enfrenta em sua carreira?
Foi o fato de ter começado a trabalhar muito jovem, aos 16 anos, enfrentando de igual para igual homens maduros e experientes. Afinal, tinha de defender um patrimônio familiar!
2 – Um filme ou série de TV que mais marcou sua vida? E por qual motivo.
Um grande filme: “A Lista de Schindler”. O motivo: para mim, ficou claro que houve justos entre as nações que salvaram a Humanidade.
3 – Um livro inesquecível e a lição aprendida.
O livro: “Sonho Grande”, de Cristiane Correa. Essa obra conta como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira ergueram o maior império da história do capitalismo brasileiro. Uma história que mostra como devemos enfrentar os desafios, os obstáculos e as estratégias para vencer.
4 – Música marcante.
“Cantando na Chuva”, Singin’ in the Rain, cantada por Gene Kelly na cena inesquecível do filme musical que assisti em minha época de garoto.
5 – Cite compositores e cantores de sua preferência musical.
Tom Jobim, Vinícius de Moraes e a turma da Bossa Nova.
6 – Cite alguém que seja considerado um líder pelo senhor.
Líder, para mim, foi meu pai, Elias Zitune.
7 – Atualmente, qual é o seu hobby?
Brincar com os netos. Tenho cinco netos. E o sexto está a caminho!
8 – Torce para algum time de futebol e/ou toca algum instrumento musical?
Sou torcedor do Corinthians. Não toco instrumentos, embora goste muito de música.
9 – Um destino no Brasil para recomendar aos amigos.
Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco.
10 – Sua maior conquista profissional?
A construção da longa parceria, que tem durado mais de 40 anos, com o Odilon Castriota Filho, da antiga OCF, hoje SCDU Urbanismo.
11 – Algo do que se orgulha.
Me orgulho da minha família e da minha profissão, em que atuo há 52 anos.
12 – Personalidades que admira no setor imobiliário.
Professor Vicente Amadei, Maurício Scopel e meu sócio Odilon Castriota Filho.
13 – Personalidades que admira, no mundo dos negócios.
Abílio Diniz e Jorge Paulo Lemann
14 – O que ninguém imagina a seu respeito.
Que sou muito bravo.
15 – Algo positivo da cidade de São Paulo. E algo negativo.
São Paulo tem de tudo que um indivíduo possa querer. Por outro lado, por ter muita gente e muitos veículos, seu trânsito é complicado. E tudo parece muito distante.
16 – Qual a sua melhor qualidade?
Bondade, segundo a minha mulher!
17 – Uma frase que o inspira.
Não tenha medo!
18 – Qual conselho o senhor daria ao Jaques Zitune, se fosse mais jovem?
Nunca pare. Nunca desista.
19 – Do que você mais gosta na AELO?
Gosto da AELO por ser uma entidade que luta por todos os associados, debate os problemas conjunturais e se lança em busca de soluções. A essência da entidade é esta: trabalha sempre pela harmonia e com ótima coordenação. Aproveito a oportunidade para felicitar a AELO pelos 40 anos e todos os diretores e conselheiros que atuam ou atuaram ao longo de quatro décadas, garantindo importantes conquistas para a atividade de parcelamento do solo.
20 – Uma reflexão própria, que tem guiado a sua vida. Pode ser um conselho, uma frase de efeito. Algo que o senhor mesmo criou e adotou como lema de vida.
Não ter medo. Ir em frente. Dar um passo por vez e enfrentar os obstáculos.
A história de Jaques Zitune na AELO e em projetos de loteamentos não ficaria completa se o “AELO Online” deixasse de incluir uma cena de 39 anos atrás, uma foto do álbum de recordações do homenageado e que aparece também no site da empresa. Aqui está.
Nos seus primeiros meses de atividade, ainda com número reduzido de associados, a AELO não tinha sede própria. Assim, as reuniões dos dirigentes ocorriam em almoços e jantares em restaurantes da região central de São Paulo, saudáveis intervalos entre as jornadas de trabalho de cada empreendedor. Nesta foto de um daqueles jantares, Jaques Zitune, de terno escuro, é o terceiro, da direita para a esquerda.
Atuando na secretaria e na tesouraria da AELO, Jaques Zitune teve importante papel no apoio aos presidentes para o equilíbrio financeiro da entidade, contribuindo decisivamente para que todas as crises fossem superadas. Além de tudo, seu jeito habitualmente tranquilo sempre apontou para o diálogo, evitando conflitos. É desta forma que ele vai às reuniões do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) e se dispõe a participar de todos os eventos da AELO.
Elias Resnichenco Zitune (nesta foto, ao lado do presidente Caio Portugal), formado em Direito pela Universidade Mackenzie, é diretor de Assuntos Regionais da AELO, entidade em que foi anteriormente diretor de Relações Institucionais e vice-presidente. Filho de Jaques Zitune, Elias é da quarta geração de loteadores da família Zitune.
No Grupo ZS Urbanismo, formado pelas empresas Zitune e SCDU, Elias Zitune é diretor Comercial. Com base nos ensinamentos iniciais de Jaques e no trabalho nos últimos dez anos, Elias acumula expressiva experiência. Ele atuou como debatedor do painel virtual sobre loteamentos da Convenção Secovi 2020, em 25 de agosto, juntamente com Arthur Matarazzo Braga, sócio-diretor da Lote 5 e diretor Administrativo e Financeiro da AELO, e Silvio Bezerra, CEO da Ecocil, de Natal (RN) e presidente do SindusCon do Rio Grande do Norte.
Elias também tem participado das reuniões do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU). Em 9 de setembro, ele esteve no debate virtual do CDU com especialistas a respeito da importância de as empresas de loteamento terem modernos sistemas de comercialização de seus produtos.
O “AELO Online” focalizou, na edição n.º 809, dois loteamentos do Grupo ZS Urbanismo, formado pelas empresas Zitune e SCDU: o Portal dos Pássaros Cruzeiro, que tem contribuído para mudar o perfil do município de Mairinque, e o empreendimento de alto padrão Fazenda Imperial, um dos mais valorizados da cidade de Sorocaba.
Esse grupo empresarial prioriza sua atuação no Interior do Estado de São Paulo (ver o mapa), com loteamentos abertos e fechados de alto padrão e de médio padrão. As regiões de Campinas, Vale do Paraíba, Sorocaba e Araraquara e vários municípios da região da Capital concentram grande número de projetos do Grupo ZS Urbanismo, que se tornaram exemplos de iniciativas pela qualidade de vida dos moradores.
Em sua penúltima reunião do ano, em 9 de setembro, o Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) divulgou os números sobre o mercado de loteamentos no segundo trimestre e garantiu produtiva troca de ideias a respeito de vários outros assuntos. Com a participação de experientes expositores, esse encontro virtual fechou o terceiro trimestre de 2020, transmitindo lições para os empreendedores de loteamento associados à AELO. O Comitê, integrado pela AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP, volta a se reunir no início de dezembro, para fazer um balanço anual e analisar as perspectivas para 2021, ano do 40.º aniversário da AELO.
O boletim “AELO Online”, que na edição de 10 de setembro apresentou o resumo da reunião, desta vez traz a cobertura completa, um trabalho dos jornalistas Luiz Carlos Ramos (textos e edição) e Calão Jorge (fotos).
O presidente da AELO, Caio Portugal, também vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP e coordenador do CDU, atuou como âncora do CDU, que focalizou temas relacionados com o futuro, reunindo virtualmente sete convidados. Nesta foto, os oito participantes.
1 – Desenvolvimento Sustentável. O experiente empresário Lívio Giosa, presidente do Conselho Nacional de Defesa Ambiental (CNDA), autor de vários livros explicou que, em nome da modernidade, as empresas precisam investir em sustentabilidade e em preservação da natureza. E mostrou o caminho para isso.
2 – Marco Regulatório do Saneamento Básico. O assunto ficou por conta do próprio Caio Portugal, que também abordou a tramitação dos projetos das Reformas Tributária e Administrativa.
3 – Lei Geral de Licenciamento Ambiental. Tramitação no Congresso Nacional. Resolução CONAMA 303/2002, Resolução SMA nº 03/2018. O diretor de Assuntos de Meio Ambiente da AELO, advogado Marcos Saes, voltou a alertar para a importância de o PL ser logo aprovado.
4 – Pesquisa do Mercado de Loteamentos. Os resultados do primeiro semestre de 2020 no Brasil e, especificamente, do segundo trimestre no Estado de São Paulo. Fábio Tadeu Araújo, sócio diretor da Brain Inteligência Estratégica, empresa parceira da AELO, Secovi-SP e CBIC, mostrou gráficos e analisou o panorama dos loteamentos nos tempos da pandemia.
5 – Sistemas de Comercialização foi um tema que possibilitou uma rica aula aos empreendedores, com a participação de:
Elias Zitune, diretor de Assuntos Regionais da AELO e diretor Comercial da Zitune Empreendimentos, de São Paulo;
Jorgito Donadelli, diretor de Relações Institucionais da AELO e diretor da JFD Empreendimentos Imobiliários, de Franca;
Gladston Tannous, instrutor dos cursos de loteamento da Universidade Secovi e sócio-diretor da Star Lançamentos Imobiliários;
Rodrigo de Brito, CEO do Sigavi 360.
As próximas notas relatam os destaques de cada exposição.
Dos convidados, o primeiro a fazer explanação no CDU foi Lívio Giosa, de expressivo currículo no mundo corporativo e no setor público. Ele é um respeitado defensor do Desenvolvimento Sustentável, como presidente do Conselho Nacional de Defesa Ambiental (CNDA), autor de vários livros e assíduo convidado para palestras em várias cidades do País. Apresentado por Caio Portugal, Giosa é administrador de empresas (FMU-1976), com pós-graduação em Business Administration pela New York University (1977). É professor de cursos de MBA e pós-graduação na USP, FGV-SP e Faap. Vem atuando como consultor de empresas e sócio diretor de uma empresa de assessoria empresarial. Foi introdutor do tema “Terceirização” no País, tornando-se um requisitado palestrante. Atua em várias entidades sociais e empresariais, inclusive na Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), em que é vice-presidente.
Na área pública, entre várias outras atividades, Lívio Giosa exerceu o cargo de deputado estadual em São Paulo (1995-1999) e foi secretário Nacional do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (1994). Em 2012, recebeu o Prêmio ONU de Sustentabilidade (Rio+20) como um dos dez maiores líderes globais sobre sustentabilidade. É um dos cinco interlocutores internacionais do líder norte-americano Al Gore, defensor da proteção ao meio ambiente.
De modo claro e objetivo, Lívio Giosa explicou no CDU que qualidade de vida, inclusão e sustentabilidade são três valores-chave para a Sociedade 5.0, com vistas a um mundo mais saudável para as próximas gerações, e que as empresas devem exercer importante papel para a sua concretização. “Muitos de vocês têm filhos e netos”, disse. “Se a gente não agir, o mundo será muito pior. Os problemas com a natureza vêm crescendo de modo acelerado. Vamos tentar fazer algo em conjunto.”
O especialista citou o “triple bottom line”, somado à Gestão Corporativa: a sustentabilidade através do viés social, a sustentabilidade através do viés ambiental, sustentabilidade através do viés financeiro, e o papel da governança na sustentabilidade.
Giosa ponderou que, em geral, as empresas de loteamentos, sejam pequenas, médias ou grandes, também devem levar em conta o dever de atuar em torno da sustentabilidade. Ele destacou o olhar estratégico da sustentabilidade: 1) O levantamento das necessidades empresariais; 2) Realizando o planejamento estratégico da sustentabilidade; 3) Integrando e motivando as pessoas para a sustentabilidade; 4) A sustentabilidade não é só discurso; 5) Os indicadores da sustentabilidade corporativa.
E Lívio Giosa ressaltou a sustentabilidade gerando valor para a empresa: 1) Sustentabilidade, a nova virtude empresarial; 2) Os stakeholders e a sustentabilidade; 3) Rede de fornecedores sustentáveis; 4) O colaborador sustentável e o seu papel dentro das empresas; 5) Os bosques urbanos integrando todos os conceitos; 6) A influência das leis vigentes nas atividades empresariais.
Ao encerrar sua explanação, Giosa se colocou à disposição do CDU e das empresas: “Não vamos ficar só nesta palestra. Vamos tentar fazer algo em conjunto”. E deixou seus contatos para os interessados: www.liviogiosa.com.br, www.cenam.adm.br.
Caio Portugal agradeceu: “Lívio Giosa, foi fantástica a sua apresentação. Muito obrigado pelas suas lições de hoje. É mesmo fundamental tirar a sociedade da zona de conforto. Nós, de empresas de loteamento, somos os que ajudam a construir o meio ambiente. É importante que a sociedade nos veja como parceiros.” Caio argumentou que cada um deve fazer sua parte. E citou um exemplo: a empresa da qual é sócio-diretor, a GP Desenvolvimento Urbano, com 35 anos de atuação no mercado de lotes, está concluindo a implantação de um bairro completamente planejado, Florada Raízes, ao lado de Caucaia do Alto, no município de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, em que serão preservados mais de 50% das áreas verdes.
O segundo item da pauta ficou por conta do próprio coordenador do CDU, Caio Portugal, que focalizou três temas em tramitação no Congresso Nacional: o Marco Regulatório do Saneamento Básico, que já foi sancionado como lei pelo presidente Jair Bolsonaro, mas que ainda cabe à Câmara e ao Senado analisar os vetos apresentados pelo Poder Executivo; a Reforma Tributária e a Reforma Administrativa.
Caio explicou que, assim como ele, outros integrantes do CDU vêm acompanhando os assuntos em Brasília, em especial dois experientes advogados – o diretor de Assuntos do Meio Ambiente da AELO, Marcos Saes, e o representante do Secovi-SP na Capital para acompanhar votações de projetos no Congresso Nacional, Pedro Krähenbühl.
Quanto ao Marco Regulatório, Caio Portugal comentou que a Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou decreto com vistas a uma adaptação das empresas de saneamento às novas normas e que ele já teve reuniões com a Sabesp, a empresa de saneamento do governo do Estado de São Paulo, para definir pontos em comum com a atividade de parcelamento do solo urbano. Também comentou o fato de o presidente do Conselho Consultivo da AELO, Ciro Scopel, e diretor de Relações Institucionais, Jorgito Donadelli, estarem representando a entidade em reuniões com a Cetesb, tendo como foco as bacias de retenção: “Estamos buscando convergir a questão ambiental com a questão urbanística, em defesa da sustentabilidade.”
Ao comentar as Reformas, Caio informou que as entidades do CDU convidaram Guilherme Afif Domingos, assessor do Ministério da Economia, para um encontro, buscando saber como o governo federal e o Congresso Nacional estão tentando combinar as várias propostas de Reforma Tributária.
Já a Reforma Administrativa, conforme ressaltou o coordenador do CDU, o governo entregou o projeto à Câmara dos Deputados, que já iniciou o debate do seu conteúdo, na expectativa de que o movimento político pelas eleições municipais de novembro não prejudique a tramitação da matéria.
No final de sua explanação, Caio Portugal comentou que as baixas taxas de juros da Selic têm sido positivas para o mercado imobiliário e informou sobre novos eventos da AELO e do Secovi-SP, entre os quais o de formas alternativas de financiamento para projetos de loteamento, programado para hoje, dia 17, e o curso de registro de imóveis a partir de 1.º de outubro (ver nota específica neste boletim).
O artigo do diretor de Assuntos de Meio Ambiente da AELO, Dr. Marcos Saes, “Meio Ambiente: que recado passaremos ao mundo?”, publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” em 9 de setembro, dia da reunião do CDU, levou Caio Portugal a manifestar seus parabéns a Saes, ao apresentá-lo para o debate virtual. A edição anterior do “AELO Online” reproduziu o artigo integralmente.
Em sua explanação no CDU, o Dr. Marcos Saes voltou a focalizar o tema de seu artigo, a necessidade urgente de ser votado, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei n.º 3.729/2004, a chamada Lei Geral do Licenciamento Ambiental, uma tese que ele já havia defendido, no primeiro semestre, por meio de outro texto, publicado no jornal “Valor Econômico”.
Com sua experiência no eixo Florianópolis, São Paulo, Rio e Brasília, Marcos Saes advertiu os empreendedores imobiliários que as entidades devem agir contra movimentos contrários ao PL. “É preciso intensificar a luta pela aprovação do projeto”, disse ele. “Temos de ter sempre uma narrativa correta para contestar insinuações contrárias, que deturpam os propósitos do PL.”
Caio Portugal, em apoio à fala de Dr. Saes, relembrou que a regeneração da Mata Atlântica tem ocorrido por iniciativa das empresas de loteamento: “A gente planta milhares e milhares de árvores por ano. Temos de divulgar isso. Quantas áreas verdes são garantidas pelo nosso setor? A sociedade precisa saber. É o único jeito de mudar o questionamento a respeito do PL.”
O economista Fábio Tadeu Araújo reforçou essa necessidade de se influir na opinião pública para neutralizar a desinformação plantada por alguns grupos. “Ao desenvolver meu primeiro mestrado, focalizei o desenvolvimento sustentável no Estado do Paraná, onde há extensas áreas da Mata Atlântica”, explicou ele. “Então, entrei na mesma discussão, lançando a proposta de se descobrir quem, de fato, desmata. Descobrir e divulgar.”
Os sorrisos dos seis participantes dos dois últimos temas do CDU, nesta foto de Calão Jorge, têm uma razão de ser: o professor Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain, mestre e doutorando em economia e em gestão urbana, voltou a exibir seu talento de comunicador ao apresentar os resultados da pesquisa nacional e do levantamento do Estado de São Paulo sobre o mercado de loteamentos, e chegou até a indicar a manchete para a equipe jornalística deste boletim: “Atenção! A manchete tem de ser positiva!”
É claro que o jornalista Luiz Carlos Ramos, responsável por este texto, se curva duplamente à sugestão de Fábio: em respeito à experiência do expositor da Brain e pelo fato de ele próprio seguir uma tradição filosófica favorável ao destaque de fatos positivos. De negativo, já chega o estilo tendencioso de alguns jornais e emissoras de rádio e TV ao focalizar os temas do dia a dia, cada veículo com seus diferentes propósitos. Assim, o título ali acima é resultado de uma coprodução Luiz-Fábio, uma conexão entre São Paulo e Curitiba.
A foto mostra o momento em que o diretor de Relações Institucionais da AELO, Jorgito Donadelli, reagiu com bom humor e com uma sugestão ao professor Fábio, que, em sua carreira acadêmica, já fez dois mestrados: “Sugiro que faça um terceiro mestrado, desta vez sobre comunicação e jornalismo.” O fato é que, desde dezembro de 2017, quando o CDU recebeu Fábio Tadeu Araújo pela primeira vez, tendo a tarefa de explicar como seriam desenvolvidas as pesquisas sobre o mercado paulista de loteamentos, então lançadas, o diretor da Brain tem cativado o público pela seu talento de apresentar resultados com clareza. E, no período de pandemia, sua presença no YouTube tem sido ampliada, com inúmeros vídeos de debates e entrevistas sobre o setor imobiliário.
Na reunião do CDU de 9 de setembro, Fábio não fugiu à regra. Começou focalizando a pesquisa nacional sobre o mercado de loteamentos em todas as regiões no primeiro semestre, com a conclusão de que alguns Estados tiveram péssimo desempenho, especialmente no Norte e no Centro-Oeste, mas que a queda no Sudeste foi menor, 29,6%, com base nos bons resultados do Estado de São Paulo. No País, houve queda de 57% no número de lotes lançados em relação ao primeiro semestre de 2019. Em seguida, foram apresentados os números específicos de 65 municípios paulistas referentes ao segundo trimestre de 2020.
E Fábio salientou, por exemplo, a queda de apenas 8,9% entre as vendas do primeiro semestre de 2019 e as do segundo semestre no Estado: “As empresas continuaram vendendo, no início da pandemia, e as projeções para o terceiro trimestre também são positivas.”
Importante: o conteúdo dos relatórios das pesquisas da Brain é restrito aos associados da AELO.
No YouTube, é encontrado um resumo da pesquisa nacional.
No final do vídeo, Fábio Tadeu recomenda a empreendedores para que se associem à AELO, entidade que, entre vários outros benefícios, abre o acesso às pesquisas de cada trimestre.
Site da Brain: www.brain.srv.br
A pesquisa sobre o Estado de São Paulo indica que a região de Campinas continua em primeiro lugar em número de lançamentos e vendas de loteamentos e de lotes, seguida da região de Sorocaba. Foram lançados apenas 12 loteamentos no segundo trimestre de 2020, o que significa queda de 57% em comparação aos 27 do segundo trimestre de 2019. Um dos aspectos positivos, de acordo com Fábio Tadeu Araújo, é o fato de os estoques de lotes estarem baixos, o que significa que o mercado segue interessado nos produtos, com bom movimento de vendas na maior parte das regiões paulistas. As cidades pesquisadas encerraram o mês de junho de 2020 com 35 mil lotes residenciais novos disponíveis para venda. A região de Campinas tem a maior quantidade, quase 11 mil lotes.
No CDU, voltou a ser comentado que, nesta época de quarentena, tem se acentuado o desejo de uma boa parte das famílias de mudar de moradia, em geral passando de apartamento para uma eventual casa a ser construída após a compra de lote. O primeiro passo do possível comprador é estudar as opções oferecidas por loteamentos de vários padrões, em todas as regiões do Estado. Daí a importância do debate sobre estratégias de vendas, apresentado na etapa final da reunião do CDU. A essência do debate está nas duas próximas notas deste boletim.
O sucesso do módulo sobre Sistemas de Comercialização na reunião do CDU se deve basicamente a uma troca de ideias entre o presidente da AELO, Caio Portugal, e dois ativos diretores: Elias Zitune, de Assuntos Regionais, e Jorgito Donadelli, de Relações Institucionais. Os três concluíram que, diante dos resultados das pesquisas da Brain em tempos da pandemia, seria interessante oferecer aos empreendedores algumas informações sobre a possibilidade de serem ampliadas as vendas de lotes por meio de estratégias modernas de marketing e comercialização.
O nome do especialista Gladston Tannous surgiu naturalmente: trata-se de um associado da AELO, habitual frequentador do CDU e colaborador do “AELO Online” como autor de artigos. Rodrigo de Brito, mais recente nos contatos, foi lembrado por Jorgito. E se compôs um interessante quadro para o debate (foto de Calão Jorge).
Elias Zitune abriu o bate-papo relembrando que, duas semanas antes do CDU, houve o painel sobre loteamentos da Convenção Secovi 2020, em que ele havia manifestado posição otimista sobre as perspectivas dos loteamentos neste semestre. “Os números mostrados agora pelo Fábio Tadeu Araújo, também apontam para o otimismo”, disse ele. “É preciso lançar novos empreendimentos, pois o mercado está consumindo. O modo de lançar, no entanto, está mudando com esse longo período de quarentena.”
Jorgito Donadelli, por sua vez, ponderou que os associados da AELO devem repensar suas estratégias de vendas e que a presença de dois especialistas no CDU contribuiria para o surgimento de ideias.
Gladsdon Tannous, instrutor dos cursos de loteamento da Universidade Secovi e sócio-diretor da Star Lançamentos Imobiliários, agradeceu pelo convite e abriu sua explanação com base na tese de que “as empresas têm uma necessidade muito forte de formar uma equipe de vendas com profissionais competentes”. Ele citou o fato de ainda haver, hoje em dia, corretores de imóveis com falta de treinamento e que nem sabem vender “online”. E, para mostrar o lado positivo, mencionou um empreendimento de Mogi-Mirim, no Interior paulista, de cujo lançamento participou: “Estava tudo planejado para o lançamento ser em abril. No final de março, chegou a pandemia, com todas aquelas consequências assustadoras. Pois abrimos as vendas na época prevista, evitando aglomerações, e já conseguimos vender 60% dos lotes.”
“É preciso preparar o Corretor 4.0”, disse Gladston, citando um projeto de orientação às empresas, a ser mostrado na próxima nota deste boletim.
Rodrigo de Brito, CEO da plataforma Sigavi 360, explicou que sua empresa está ligada em tecnologia e nas mais novas tendências globais: “Somos ligados em negócios e principalmente ligados ao setor imobiliário, em que cada empresa tem um tipo de negócio. A Sigavi 360, www.sigavi360.com.br, de acordo com Rodrigo, está há mais de 15 anos no mercado nacional. “Estamos sempre alinhados à proposta de inovação e às tendências globais”, afirmou ele. “Temos ampla experiência e contamos com uma equipe formada por profissionais especializados e altamente qualificados. Também temos infraestrutura convergente para cumprir a missão de oferecer o que há de melhor em soluções aos nossos clientes. Sempre entendendo as demandas e superando as expectativas e desejos de cada um deles. É possível economizar tempo, otimizar recursos e direcionar os esforços para as vendas.”
O arquiteto Gladston Tannous comentou no debate do CDU que “O Corretor 4.0 é o Profissional do século 21.” Formado em 1978 pela FAU, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), com foco em Desenvolvimento e Gerenciamento de Negócios, ele está registrado desde 1981 no CRECI (n.º 79.453) e no CAU (n.º A 3460-6). Nos últimos 16 anos, como corretor e sócio-diretor da Star Lançamentos Imobiliários, dedicando-se ao setor imobiliário, Gladston tem atuado exclusivamente no segmento de loteamentos, em que desenvolve oportunidades de negócios para empresas loteadoras, além de estruturar operações de parcerias para implantação de loteamentos.
É associado da AELO, membro do CDU e docente do programa de cursos de loteamento do professor Vicente C. Amadei na Universidade Secovi. Em 26 de outubro, às 9 horas, Gladston vai ministrar a aula inaugural do sexto e último curso do programa de cursos específicos de loteamento de 2020, que tem sido integralmente virtual. Será o “Curso de Comercialização e administração do empreendimento”, que terminará em 25 de novembro. Gladston Tannous vai falar sobre “Propaganda, publicidade, gerenciamento e monitoramento de imobiliárias e corretores independentes”. As inscrições para esse curso já estão abertas no site www.secovi.com.br.
Nas Lives realizadas nos últimos meses pelo Secovi-SP e pela AELO, diretores de grandes imobiliárias têm mostrado como suas empresas tentam dar conta de continuar trabalhando durante a crise: por meio da valorização do corretor de imóveis. Tecnologia necessária para trabalhar de casa, cursos de aperfeiçoamento no ambiente on-line e ferramentas que viabilizam a negociação de compra e venda mesmo com isolamento social estão fazendo a diferença.
No CDU, Gladston Tannous lançou estas perguntas:
O que define o profissional de intermediação imobiliária, nestes novos tempos? O que o distingue dos demais profissionais? Como ele se comporta nestes novos tempos?
E Gladston tratou de fazer uma explanação, aqui reproduzida:
As respostas a estas e a outras perguntas, estão na ordem do dia das empresas que congregam profissionais de intermediação imobiliária.
O que se constata rotineiramente é um despreparo total de muitos profissionais de intermediação imobiliária, pois, em vários casos, migram de atividades sem qualquer correlação com o mercado imobiliário. Eventualmente, já atuam em vendas, atendimento ao público em geral e não se preparam ou, pior, não recebem o treinamento adequado a que muitas imobiliárias se propõem a oferecer.
Na maioria das vezes, a migração para o mercado imobiliário não é uma decisão estruturada, planejada e implantada. Pelo contrário, é uma opção do profissional que não consegue recolocação no seu mercado, em sua atividade fim e se deslumbra diante dos ganhos substanciais com a comissão, por intermediação, que poderá auferir.
Os treinamentos que as imobiliárias costumam oferecer, quando o fazem, é através de um “script” para captação de produtos no mercado, tanto para venda como para locação, quando o “core business” da imobiliária concentra 80% de suas receitas nesses segmentos. Acontece que a locação, em termos de finalização, é uma parte muito pequena dentro do conceito de VENDAS, abrindo um abismo entre esses dois nichos do mercado imobiliário, dentre outros.
Como o tema dessa matéria é o CORRETOR 4.0, integrando tecnologia, ferramentas de comunicação Online & Offline, e gerenciamento de negociações, é isso que focalizo mais especificamente.
O profissional autêntico necessita muito mais do que simplesmente obter a credencial de sua categoria – CRECI. Ele precisa de um plano de desenvolvimento que o leve do ponto “A” (ponto de partida) ao ponto ”B” (ponto de concretização da venda), passando por um processo que eu intitulo como “Interatividade nas Negociações” & “Técnicas de Negociações Estruturadas”, que é um desdobramento de um dos treinamentos que eu desenvolvo, não só para profissionais iniciantes como também e principalmente, para profissionais já conscientes de sua responsabilidade como agente de intermediação.
Nesse aspecto, ele passa por um processo de imersão em atividades que vão do atendimento inicial – prospecção de clientes – até a conquista para uma oportunidade de venda, passando pelo aprendizado no uso da calculadora financeira, pelo conhecimento de psicologia das relações interpessoais, reconhecimento do perfil comportamental do interlocutor, uso de linguagem não verbal e PNL – Programação Neuro Linguística.
Depois de passar por esse aprendizado, ele próprio deverá buscar seu autodesenvolvimento, sem contar apenas com os treinamentos da própria imobiliária, buscando mais e mais autoconhecimento, identificando suas competências, seu estilo de negociador e, principalmente, suas atitudes (postura física e aspectos emocionais) para um excelente atendimento e conclusão de uma negociação, no estilo “ganha-ganha”. É algo que, em princípio, está ao alcance de todos. Importante: o sucesso das vendas no empreendimento de Mogi-Mirim deste ano, que citei anteriormente, se deve em grande parte à adoção dos novos métodos. O corretor, além de tudo, tem de ser um profissional agradável, que se relacione bem com o cliente, mas que não tente empurrar o produto goela abaixo. Também precisa ter um bom nível de cultura, para conhecer geografia e economia, a ponto de, nos negócios, poder fazer comparações entre as várias regiões do Estado de São Paulo e do Brasil.
Gladston afirmou, no encerramento de sua fala, que fica à disposição dos associados da AELO que quiserem saber um pouco mais a respeito dos recursos estratégicos de vendas: gladston@star-imob.com.br
O governo paulista atualizou na sexta-feira, 11 de setembro, a classificação das regiões no Plano São Paulo, que regula a reabertura gradual das atividades econômicas durante a pandemia do coronavírus, e anunciou o avanço de duas regiões – as de Ribeirão Preto e de Franca – e nenhum retrocesso. Com isso, pela primeira vez, todo o Estado de São Paulo está na fase amarela de classificação do plano (ver o mapa), a qual permite o funcionamento de bares, restaurantes, comércio e outras atividades não essenciais.
As duas importantes regiões do Nordeste do Estado eram as únicas regiões na fase laranja e passaram para a amarela na sexta-feira. Para que as regiões evoluam para a fase verde, em que são permitidos eventos, convenções e atividades culturais com público em pé, é necessário uma estabilidade de 28 dias na fase amarela.
Por isso, o governo estadual também anunciou nesta sexta que as alterações do Plano São Paulo para evolução de fase passarão a acontecer uma vez por mês. A regra anterior permitia que as mudanças fossem feitas a cada duas semanas para evolução de fase.
O retrocesso de uma região para uma fase mais restrita da quarentena pode ocorrer a qualquer momento, mas apenas caso a reclassificação seja para a fase vermelha. Como todo o Estado está agora na fase amarela, nenhuma região muda para a fase laranja pelo menos durante as próximas três semanas. Na prática, as regiões que tiverem piora nos índices não vão retroceder, a menos que a piora seja tão grande que leve os números para o estágio vermelho.
Como vem ocorrendo desde o início da quarentena, na última semana de março, estão liberados os trabalhos em obras, entre as quais as de loteamentos, sob os cuidados previstos em protocolos de conhecimento das empresas.
O jornal “O Estado de S. Paulo” publicou na página 2 de sua edição impressa da última sexta-feira, 11 de setembro, o artigo “Casa”, escrito pelo presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, destacando a necessidade de o Brasil produzir habitações econômicas, em vez de dificultá-las. Jafet lança uma pergunta: “Se a importância da casa está hoje ainda mais consagrada, por que, então, tantos obstáculos à sua produção e preconceitos por quem as produz?”
Vale a pena refletir sobre o texto, aqui reproduzido, mesmo porque Jafet (foto) aborda também antigas restrições a loteamentos.
Nunca se falou tanto esta palavra. Casa. Fique em casa. Aproveite para renovar e adaptar sua casa para bem conviver e viver. Educar e brincar com os filhos. Ressignificar a família. Acolher os pais. Trabalhar. Ler um bom livro. Organizar álbuns de retratos. Dialogar consigo mesmo.
A casa passou a ser o centro de tudo, coisa que o corre-corre cotidiano havia eclipsado um pouco. A rua convidava. Viver era sair. Então, a pandemia nos obrigou a permanecer em casa.
A maioria das pessoas atendeu a esse comando. Tanto que muito do atual aprendizado poderá tornar-se perene. Caso do home office.
Ele não eliminará os escritórios, como exageradamente se propala, mas por certo vai perdurar em muitas áreas de trabalho, com idas menos frequentes às organizações. Aliás, nessas idas, essenciais, se afirmam as culturas corporativas, forjadas na convivência entre pessoas.
Se a importância da casa está hoje ainda mais consagrada, por que, então, tantos obstáculos à sua produção e preconceitos por quem as produz?
Comecemos pela legislação urbanística, usando como exemplo a cidade de São Paulo. Décadas atrás, os legisladores inibiram os loteamentos por meio de exigências e normas restritivas. Quem tinha área para fazer lotes de maneira formal pouco pôde empreender. Mas os terrenos não demoraram a ser invadidos, ocupados clandestinamente. O resultado está aí: milhares de famílias morando em condição irregular em áreas de preservação ambiental ou de manancial. Onde esgoto e coleta de lixo não existem ou são insuficientes. Onde, dada a irreversibilidade do quadro, o poder público termina por conceder anistias (a única forma de regularizar as moradias), ainda que isso não se faça acompanhar da necessária infraestrutura. Ela custa caro. Um preço que os loteadores formais sempre pagaram.
Nas últimas décadas os planos diretores estratégicos, de onde emanam as diretrizes do desenvolvimento urbano das cidades, assumindo que não haveria expansão populacional, empenharam-se em inibir a produção imobiliária. As também restritivas e elitistas leis de uso e ocupação do solo (conhecidas como leis de zoneamento) encareceram a moradia em áreas centrais. Morar em regiões dotadas de infraestrutura, como é o caso do centro expandido, próximas a emprego, hospitais, escolas, tornou-se privilégio de quem pode pagar. Aos menos favorecidos restaram as franjas da cidade e o sacrifício de horas intermináveis em deslocamentos casa/trabalho, provocando trânsito, poluição, deseconomias.
A atual Lei de Zoneamento paulistana congelou o miolo de bairros em benefício dos mais ricos. Sim, porque limitar os edifícios a oito andares é permitir unicamente a oferta de unidades caras. O miolo de bairros tornou-se oásis de famílias privilegiadas.
E empurrem-se os que menos podem para as zonas periféricas, espraiando indevidamente a cidade, sem nenhuma preocupação com a sustentabilidade que edifícios altos proporcionam. O que é melhor: um prédio de 16 andares ou dois de 8, esta última alternativa ocupando espaço que poderia ser destinado a praças, áreas verdes e de convivência? Adensamento é o problema? Não é verdade. O bairro de Sapopemba, na Zona Leste, quase não tem prédios e é um dos mais adensados de São Paulo.
Embora se diga sempre que habitação é prioridade, o discurso diverge da prática. É o que acontece, por exemplo, no Congresso Nacional, que a todo momento discute ampliar os saques no FGTS, a principal fonte de recursos para financiar mobilidade urbana, saneamento e habitação econômica. Fonte que permitiu o sucesso do programa Minha Casa, Minha Vida e seus 6 milhões de unidades, que abrigam 30 milhões de pessoas. Isso sem falar nos empregos e impostos criados pela indústria imobiliária. E sem falar no programa Casa Verde e Amarela, que veio para substituir o Minha Casa e não terá como se sustentar sem a preservação desse modelo.
Contamos hoje com avanços importantes. Temos a tão sonhada regularização fundiária. Se bem realizada, trará para a formalidade milhares de habitações irregulares, apagando o mapa da clandestinidade. Temos ainda o marco legal do saneamento básico, que não terá nenhum impedimento para alcançar essas moradias, uma vez regularizadas. E com a agilidade que só o capital privado pode conferir na solução dos problemas públicos de grande magnitude.
No retrovisor, o cenário tem chances concretas de melhorar. Entretanto, o compromisso com o presente e com o futuro chama-nos à responsabilidade: precisamos produzir habitações econômicas, e não dificultá-las! A persistir esse quadro, teremos mais invasões de áreas públicas e privadas, mais imóveis clandestinos, mais necessidade de anistias, de regularização fundiária…
É um círculo pernicioso e penoso. Uma pena paga pela população. Também é um ciclo preconceituoso, contra aquele que é o mais capacitado para produzir habitações regulares, que é o mercado imobiliário formal.
Mas de uma coisa estamos certos: a titularidade de um imóvel legítimo vai além da mera propriedade. Com ela, vêm a territorialidade, a vizinhança, o pertencimento, o empoderamento. Vêm a cidadania, o civismo, a responsabilidade com o que é seu e de todos. E assim se faz uma nação.
A Universidade Secovi programou para o período de 1.º a 20 de outubro um curso virtual destinado a despertar interesse de empresas associadas da AELO: Curso sobre Registro de Imóveis. Com aulas às terças e quintas-feiras, das 9 às 11 horas da manhã, essa iniciativa está a cargo de dois experientes advogados especialistas em Direito Imobiliário: a Dra. Kelly Durazzo e o Dr. Olivar Vitale.
As inscrições já estão abertas, no site do Secovi-SP, em que também há informações sobre preços: www.secovi.com.br.
Objetivo: O curso é destinado a abordar de forma objetiva todas as ferramentas disponíveis para interação com o Registro de Imóveis Eletrônico, por meio das centrais registradoras, bem como aspectos jurídicos decorrentes de sua regulamentação, Provimento CNJ nº 47/2015 que instituiu o SREI e normas posteriores.
A Dra. Kelly Durazzo, coordenadora do curso, explica: “O SREI foi concebido para ser um repositório eletrônico de dados relativos aos serviços de registro imobiliário de caráter nacional, com a finalidade de integrar as unidades registrais e suas bases de dados, sob o acompanhamento, regulação normativo e fiscalização da corregedoria nacional. O curso abordará as várias funcionalidades, dentre elas o Protocolo Eletrônico, o Repositório Confiável de documentos (documento ficará na nuvem dos registradores para acesso do RGI, dispensando a apresentação da via física do documento em cópia autenticada); guichê de certidões; certidão digital, pesquisa prévia de bens, dentre outros
Público-alvo:
Advogados, administradores, analistas ou qualquer pessoa que opere junto aos Registros de Imóveis.
Pré-requisitos:
Não há
Preparar os participantes a operarem nos RGI eletrônico, identificando os requisitos técnicos necessários para tanto e identificando as funcionalidades disponíveis que irão otimizar o trabalho do dia a dia. Apresentaremos o passo a passo de utilização do sistema on-line.
Ementa
Serão seis aulas, com duas horas de duração cada:
Foram organizadas como estratégias várias situações ativas de aprendizagem que possibilitarão ao participante a troca de ideias e dividir com os docentes as experiências de cada um. Serão utilizadas proposições de problemas, discussões, enriquecidas com exemplos reais trazidos pelos docentes.
Carga horária: 12 horas
Certificado:
Serão fornecidos certificados on-line aos alunos que tiverem uma frequência mínima de 75%.
Os docentes deste curso:
Dra. Kelly Durazzo
Advogada Especializada em Direito Imobiliário, 20 anos de experiência. Pós-Graduada em Direito Contratual pela PUC-SP e Direito Empresarial Imobiliário pelo Secovi-SP. Especialização na New York University e New York Real Estate Institute. Coautora na obra intitulada “Direito Imobiliário” da Editora Elsevier, 2007. Membro do Conselho Jurídico da AELO, do GT Secovi-SP Cartórios visando adequação das Normas da Corregedoria do Estado de São Paulo. Docente no programa de cursos sobre loteamento sob a coordenação do professor Vicente C. Amadei na Universidade Secovi. Em 21 de outubro, a Dra. Kelly terá a tarefa de ministrar a última aula do penúltimo curso do programa de 2020. Ela vai focalizar o tema Inadimplência de contratos de venda de lotes: 1 – Alienação Fiduciária; 2 – Compromisso de compra e venda, no Curso de contratos e registro de loteamento, que começa em 28 de setembro, e cujas inscrições também estão abertas. A programação completa está no “AELO Online” n.º 791, no site www.aelo.com.br.
Dr. Olivar Vitale
Relacionado na área de Real Estate como advogado em destaque no Brasil pela “CHAMBERS LATIN AMERICA – Latin America´s Leading Lawyers for Business Edições de 2012 a 2015 (The Client´s Guide)”; Conselheiro Jurídico do Secovi-SP; Conselheiro Jurídico do SindusCon-SP; Professor e Coordenador Pedagógico do Curso de “Especialização em Direito Imobiliário Empresarial, da Universidade Secovi; Professor e Coordenador do Curso de Pós Graduação em Negócios Imobiliários da ESPM/Universidade Secovi; Professor na disciplina de Aspectos Comerciais e Legislação na Construção Civil, no curso de Especialização/MBA da POLI-USP; Membro Associado da MDDI – Mesa de Debates de Direito Imobiliário. Docente em cursos de loteamento da Universidade Secovi.
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