Jorgito Donadelli, diretor de Relações Institucionais da AELO, exibe nesta foto de 2018, todo orgulhoso, seu cartão da AELO, com a nova logomarca da entidade, algo que ele ajudou a criar. Ele faz parte da nova geração de dirigentes da entidade – uma geração inspirada no idealismo dos pioneiros e decidida a somar forças pelo bem comum. Jovem, mas já com expressivas experiências empresariais, Jorgito é relativamente novo nos quadros da AELO, assim como sua empresa, a JFD, e sua cidade, Franca, no Interior paulista.
Desde julho, ele tem sido um dos grandes incentivadores da seção “Sou AELO. E você?”, de contagem regressiva para os 40 anos da AELO, lançada, há cinco meses, e que, até a semana passada, já havia focalizado 21 personalidades. Nesta semana, Jorgito é o 22.º perfil. Na próxima semana, será a vez de outra personalidade do Interior paulista. Os leitores, que, por esta edição do “AELO Online”, recebem importantes informações da AELO, como a pauta da reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano de terça-feira, 8 de dezembro, e a análise das eleições municipais de novembro, vão gostar da história, da filosofia e das opiniões de Jorgito Donadelli.
O relacionamento entre a AELO e Jorgito começou em 2012, quando de uma viagem do presidente da entidade, Caio Portugal, a Franca, a 400 quilômetros de São Paulo, para fazer uma palestra na Associação dos Engenheiros sobre o novo Código Florestal e a evolução dos loteamentos no País. Acompanhado de seu pai, Jorge Félix Donadelli, da JFD Empreendimentos imobiliários, Jorgito esteve no evento e, em seguida, num almoço com Caio e outros dirigentes. Num bate-papo, durante a sobremesa, surgiu a ideia de não apenas a JFD se filiar à AELO: haveria também a adesão da ALFA, Associação dos Loteadores de Franca, criada por Jorge Félix quando da mudança de seu rumo empresarial, a troca da produção de sapatos pela produção de lotes. Os planos foram além: algumas semanas depois, foi lançada a Delegacia Regional da AELO em Franca, e Jorgito, que havia manifestado interesse pela entidade, ainda como aluno dos cursos de loteamentos do professor Vicente C. Amadei, tornou-se nosso representante. Em 2017, ele assumiu seu primeiro cargo na Diretoria, o de diretor de Assuntos Regionais. E, desde 2019, responde pelo setor de Relações Institucionais.
Esta seção semanal do “AELO Online”, que prosseguirá até 2021, quando do 40.º aniversário da AELO, estreou em julho e focalizou estas personalidades:
# 4 Mariangela Iamondi Machado
# 7 Sérgio Guimarães Pereira Júnior
# 8 Luiz Eduardo de Oliveira Camargo
# 14 Ruth Carmona Cesar Portugal
Jorgito Donadelli, natural de Franca (1973), emocionou-se, em 26 de abril de 2018, na reunião do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) – integrado pela AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP –, quando Caio Portugal o chamou à frente do auditório, citando-o como responsável pela chegada da AELO à nova logomarca, revelada pelo telão. Aplausos do público para o criativo símbolo verde e amarelo, para a AELO e para Jorgito.
Diretor de Relações Institucionais da AELO desde 2017, Jorgito aparece nesta foto de Calão Jorge tirada numa de suas intervenções na reunião do CDU de setembro de 2019, tendo à esquerda a professora Mariangela Iamondi Machado. Ao fundo, Ruth Portugal, do Conselho Fiscal da AELO e de grupos de trabalho do CDU.
“Sou AELO. E você?” Com a palavra, Jorgito Donadelli.
1 – Qual foi o maior desafio que você enfrentou/enfrenta em sua carreira?
Fazer a transição de carreira da indústria de calçados para o parcelamento de solo. Reconhecer que nada sabia e começar o aprendizado do zero, foi a parte mais desafiadora. É difícil reconhecer a ignorância em alguns temas e, diante de tal constatação, ter coragem de fazer perguntas que muitas vezes eram muito básicas, de alguém que de fato estava começando. O lado bom desta situação é que conseguimos levar conhecimentos que em princípio parecem não fazer sentido, mas com o passar do tempo percebi que no fundo a profissão anterior me deu habilidades que muito agregam a função atual. Um olhar diferente.
2 – Um filme ou série de TV que mais marcou sua vida? E por qual motivo?
Gostaria de citar dois filmes. O mais recente é a história de vida do músico britânico Elton John, “Rockteman”, uma autêntica aula de psicanálise, que retrata todos os traumas vividos por ele durante sua vida e a busca de reconhecimento por aqueles que ele considerava importantes. Também adorei um filme francês de 2011, “Intouchables”, que aborda a relação de um multimilionário tetraplégico e do seu peculiar auxiliar de enfermagem, um senegalês, que com seu jeito desajeitado, consegue trazer de volta ao seu patrão o interesse pela vida. Gosto de filmes que me deixam feliz, mais animado com a vida, que possam agregar mais conhecimento ou trazer alguma percepção que ainda não tenha tido.
3 – Um livro inesquecível e a lição aprendida.
Terminei de ler recentemente o livro “Acima de tudo, Amor”, que relata a história do Hospital do Amor de Barretos, no Interior paulista. Foi escrito por Henrique Prata, atual presidente e filho do fundador do hospital especializado em tratamento do câncer. Na obra, Prata descreve como foi difícil o início do hospital, sob o comando do seu pai. E também ressalta que entrou na administração do hospital com objetivo fechá-lo já que provocava transtorno a toda a família. Em pouco tempo, porém, percebeu a possibilidade de torna-lo grande, se tivesse a ajuda de outras pessoas. E assim conseguiu dar uma guinada. Hoje, o hospital de Barretos é uma das principais referências mundiais no tratamento de câncer e atende basicamente a população mais necessitada. Não há atendimento particular na instituição. A lição do livro é a de que, quando se trata de filantropia, um sopro pode virar um tsunami.
4 – Música marcante.
“Unforgettable”, interpretação que juntou a voz do então já falecido Nat King Cole e a de sua filha Natalie Cole. Essa música me traz boas recordações.
5 – Cite compositor(es) e cantor(es) de sua preferência musical.
Confesso que ultimamente tenho procurado ouvir gravações de músicas animadas durante o tempo em que pratico corrida. Fora isso, aprecio o jazz, músicas de piano, e blues. Gosto de ouvir Steve Ray Vaughan, guitarrista já falecido, Dave Brubeck, pianista e também as músicas cantadas por Elton John, um músico que dispensa comentários. Sou meio eclético.
6 – Cite alguém que seja considerado um líder para você.
Caio Portugal, presidente da AELO, um poço de sapiência, sempre pronto a ajudar os outros e a transmitir todo o conhecimento que vem acumulando. É uma pessoa admirável, com quem tenho tido a oportunidade de conviver nos últimos oito anos. Ele sabe se impor pelo enorme conhecimento e pela simplicidade.
7 – Atualmente, qual é o seu hobby?
Gosto de praticar corrida, em provas de rua ou mesmo em exercício sozinho. Mas também me divirto na cozinha. Acho que segui o gosto da minha mãe. Em meus tempos de criança, eu ficava fazendo minha lição de casa, enquanto ela cozinhava. Um belo dia, ela precisou passar por uma cirurgia e não havia quem fizesse o almoço. Ouvindo uma conversa dela com meu pai sobre o assunto, logo me candidatei a ser o cozinheiro. Por incrível que pudesse parecer, meu primeiro almoço ficou muito bom. Dali em diante, fui tomando gosto pela coisa. Neste período de 2020, em que somos obrigados a ficar mais tempo em casa, tive oportunidade de exercitar um pouco mais os meus recursos de “chef”. Minhas duas filhas já me ajudam um pouco na tarefa de preparar pratos.
8 – Torce para algum time e/ou toca algum instrumento musical?
Para não ser expulso da AELO, onde prevalecem os corintianos, deveria responder que sou daquele time de Itaquera… Aliás, só fui admitido na entidade porque na época não me perguntaram o meu time do coração. Passei ileso. Sou palmeirense, desde garoto. Hoje, não acompanho muito os jogos, mas confesso que fico chateado quando o time vai mal. Herança da origem italiana. Uma passagem que marcou a família foi o fato de meu avô, Pedro Donadelli, ter ouvido pelo rádio uma vitória do Palmeiras contra o São Paulo pelo Campeonato Paulista e, ao desligar o rádio, faleceu. Não cheguei a presenciar isso, mas a história é contada com frequência na família. Todos os netos dele são palmeirenses, com exceção de um, que é santista.
Em relação à música, estou levando adiante o desafio de aprender a tocar piano, um magnífico instrumento. Sempre achei bonitas as músicas tocadas por grandes pianistas, mas nunca havia resolvido estudar. Agora, com minha filha tendo aulas de piano, resolvi aderir à ideia. Aos poucos, vou evoluindo nas aventuras ao teclado.
9 – Um destino no Brasil para recomendar aos amigos.
Gosto muito do Rio Grande do Sul, um Estado bastante diversificado. Viajar de carro por lá, sem compromisso, é uma delícia. Principalmente na região da Serra Gaúcha, que sempre tem alguma surpresa a ser descoberta, além de boa culinária e ótimos vinhos. Outra viagem que me marcou também foi para o Pantanal Matogrossense e Chapada dos Guimaraes. Tive uma experiência realmente incrível no período em que andei por lá.
10 – Sua maior conquista profissional.
Posso dizer que foi a transição da carreira da indústria de calçados, em Franca, para o parcelamento de solo, juntamente com o meu pai. Dizem que, com o passar do tempo, teremos algumas carreiras na vida. Já tive uma e estou na segunda, atento a outras que possam surgir, sempre buscando deixar um legado por onde ando, fazer um pouquinho a mais. Aprendi isso com o meu pai.
11 – Algo do que se orgulha.
Orgulho-me de ter conseguido, em conjunto com a Cyntia, minha esposa, constituir nossa família. Deus nos deu a Camilla, de 6 anos, e a Luiza de 4 anos. Elas são o maior orgulho da vida, meu porto seguro. Sou um pai coruja, admito.
12 – Personalidade(s) que admira, no setor em que atua.
Vicente C. Amadei, Claudio Bernardes, Lair Krähenbühl, Caio Portugal, Flavio Amary, Mariangela Iamondi Machado, Ciro Scopel, Luis Paulo Germanos, Arthur Matarazzo Braga e Elias Zitune. Tenho enorme gratidão a eles, com quem tenho aprendido nesta convivência na AELO, no Secovi-SP e no Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU). São os responsáveis pela minha “graduação” em loteamentos e pela minha atividade institucional.
13 – Personalidade(s) que admira, no mundo dos negócios.
Elie Horn, da Cyrella. Um grande empresário, maravilhoso benfeitor nas ações sociais. Nas poucas vezes que tive a oportunidade de ouvi-lo, recebi verdadeiras aulas.
14 – O que ninguém imagina a seu respeito?
Poucos sabem que, quando eu era garoto e adolescente, em Franca, região de produção de café e de criação de gado, perto da divisa com Minas Gerais, tive forte inclinação pela agropecuária. Se eu não tivesse mudado para São Paulo para fazer o curso de Administração de Empresas, certamente teria me embrenhado no agronegócio como atividade principal. Numa fazenda da família, cheguei a passar noites ao lado de vacas em trabalho de parto. No Brasil, o agronegócio é um tesouro imenso, fundamental para a nossa economia.
15 – Algo positivo da cidade de São Paulo. E algo negativo. E do seu bairro?
Me considero um paulistano do Interior. Adotei São Paulo como minha cidade e gosto de viver nela, após minha fase de Franca e de viagens por vários países. Sem dúvida é uma vida desafiadora, e até bem dura. São Paulo é uma cidade que cobra dos seus habitantes uma constante evolução, mas oferece inúmeros recursos de qualidade. A gente encontra qualquer produto. Adoro as padarias, os restaurantes, as excelentes opções culturais. Isso é mais difícil no Interior. Por outro lado, considero triste a desigualdade social. Também me assustam o trânsito caótico e a violência da cidade grande.
Meu primeiro bairro em São Paulo, foi o distante Interlagos. Também passei pelo Brooklin e por Moema, dos quais sinto saudades. Hoje, moro no Paraiso, perto da Avenida Paulista e do Parque do Ibirapuera. Ali se encontra de tudo.
16 – Qual a sua melhor qualidade?
Gosto de aprender coisas novas, de escutar historias inspiradoras que me sirvam como exemplo. Aprendi com meu pai que precisamos ter perseverança e determinação, para fazermos a diferença por onde passamos. Existem duas expressões uma em inglês, que é “extra mile”, e outra em japonês, “ganbarimasu”, que representam bem isso. Fazer um pouco mais do que foi contratado ou pedido sempre traz boas surpresas. Um exercício que tenho buscado praticar na vida. Meu pai costuma contar uma história interessante sobre essa minha determinação, assumida já nos tempos de garoto (a história está no próximo bloco deste boletim).
17 – Uma frase que o inspira.
“Procure entregar sempre um pouquinho a mais do que o cliente comprou”. Essa frase é do meu pai. Na época da nossa fábrica de calçados, sempre ouvia dele que nós deveríamos ser os olhos do cliente dentro da empresa. E mais: tínhamos a obrigação de ver o cliente jamais iria notar, mas que, naqueles pequenos detalhes, estava a explicação de ele escolher o nosso produto, e não o da concorrência. Tenho procurado exercitar isso em nossos empreendimentos imobiliários, e já percebo bons resultados.
18 – Qual conselho daria a VOCÊ se fosse mais jovem?
Faça terapia o quanto antes. Por mais que você ache que todos os seus sentimentos estão no “lugar”, sempre haverá algo a ser melhor entendido, algo que lhe fará compreender melhor como chegou até aqui e como se portar melhor nas situações do dia a dia! Confesso que só fui me preocupar com esse recurso depois que minha primeira filha nasceu.
19 – Do quê você mais gosta na AELO?
Difícil apontar apenas um item como sendo aquilo que mais gosto, nesta excelente entidade. Gosto da forma como as pessoas ajudam umas às outras, por exemplo. Também me empolga a incrível disponibilidade dos diretores a colaborar com o setor. Sem dúvida, além da capacidade técnica, eles colocam em prática o espírito de equipe e a solidariedade. Gosto de constatar como a AELO tem sido respeitada pelos associados e por instituições. Tive oportunidade de participar das discussões sobre a recente Resolução SIMA- 80. Percebi que a diretoria da CETESB tem confiança e grande respeito admiração pelo estilo de trabalho do presidente Caio Portugal. Mas uma entidade atuante também precisa privilegiar a comunicação. E fico admirado com a capacidade do experiente jornalista Luiz Carlos Ramos, que cuida do boletim “AELO Online” e do jornal “AELO Informa”, trazendo sempre um olhar peculiar dos fatos. Ele conduz a comunicação da AELO com admirável maestria. Gosto também de dizer que “somos 1000 CNPJs esparramados por 17 Estados da Federação. Isso mostra a dimensão do trabalho que vem sendo feito pela AELO com o passar do tempo e explica o fato de, a cada mês, a entidade receber novos associados. Na AELO, tenho tido oportunidade de conhecer e de me relacionar com pessoas incríveis, com as quais aprendendo o tempo todo.
20 – Uma reflexão própria, que tem guiado sua vida. Pode ser um conselho, uma frase de efeito. Algo que você mesmo criou e adotou como lema de vida.
Tenho tentado evitar julgar as pessoas. Um exercício desafiador, que traz ótimos “insights”. Busco me colocar no lugar das pessoas, e olhar cada situação com “outros olhos”. Não sei, ao certo, como cheguei nisso, mas é um exercício interessante.
Jorgito Donadelli graduou-se em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e tem MBA em Administração pelo Insper. Também fez curso de especialização em Branding e Posicionamento de Marcas no Insper. Filho de Jorge Félix Donadelli, tradicional industrial de calçados masculinos em Franca que passou a dedicar maior atenção ao setor imobiliário, Jorgito começou a trabalhar logo cedo, ajudando o pai nos negócios. “Por causa dos estudos, tive de interromper aquele trabalho, mas vendi sapatos de Franca aos meus colegas da PUC, instituição da qual sinto saudade”, conta Jorgito.
Nesta foto, duas gerações dos Donadelli: Jorge e Jorgito. Foi num momento de lazer, em 2016, quando ambos, torcedores do Palmeiras, foram conhecer a Arena Allianz Parque, em São Paulo. Era um jogo do Palmeiras contra a Chapecoense, de Santa Catarina.
Jorgito relata uma decisão tomada nos tempos da indústria de calçados: “Numa conversa com meu pai, decidimos que eu iria para a Itália para buscar um design mais atualizado para a linha de calçados da fábrica Donadelli. E vieram inúmeras outras viagens, em 20 anos que cuidei do desenvolvimento da linha de produtos.”
As viagens foram muito úteis, diz Jorgito: “Então, comecei a gostar de design. Meu pai adora escrever. Já minha mãe, Maria Luiza Junqueira Donadelli, é uma artista em bordados e em pintura em tecidos. O convívio com eles me estimulou ao lado artístico.” Nas escolas e em clubes, Jorgito praticou natação, equitação, basquete, mas fez mais sucesso no judô: na adolescência, foi vice-campeão brasileiro. Hoje em dia, pratica corridas de longos percursos. E o futebol? “Adoro futebol, mas só para assistir. Como jogador, sou um fiasco. Torço para o Palmeiras, tradição na família descendente de italianos”, explica. E brinca: “O verde da marca AELO é do Brasil, nada a ver com o Palmeiras.”
Dez anos atrás, quando Jorge Félix Donadelli decidiu encerrar seu trabalho industrial em calçados, optando por se concentrar na sua segunda atividade empresarial, a de imóveis, pai e filho se associaram numa empresa para produzir loteamentos. Deu certo: a JFD Empreendimentos faz sucesso na região de Franca e no Sul de Minas Gerais.
Dos sapatos para a tarefa de amassar barro em glebas, Jorgito precisou aprimorar os conhecimentos. Ele relembra: “Fui atrás de quem conhece. Procurei o professor Vicente C. Amadei, na Universidade Secovi. Admiti que nada sabia sobre o ramo, mas ele disse que eu havia ido bem na prova do GParsolo e sugeriu que frequentasse o CDU, coordenado por Caio Portugal. Em 2012, Caio foi a Franca para fazer palestra na Associação dos Engenheiros, verdadeira aula sobre loteamentos. Meu pai, que havia fundado a ALFA, entidade regional de loteadores, convidou-o para um almoço com empresários. Lá estava também Ângela Paiva, diretora de Assuntos Regionais da AELO, que sugeriu a criação de uma Regional em Franca. Caio aprovou a ideia e fui indicado delegado. Depois passei a ser também diretor da AELO, com muita honra.”
Jorgito tem sido útil à AELO não só para a mudança da logomarca: aceitou o desafio passado por Caio Portugal, de ampliar e reforçar o quadro de Delegacias da AELO no Interior, juntamente com Elias Zitune. A missão Não chega a ser surpresa para o orgulhoso pai. “Certa vez, quando Jorgito tinha 7 anos, minha sogra pediu para ele ir comprar um litro de leite no armazém ali perto”, conta Jorge Félix. “O menino demorou para voltar, mas trouxe. Encontrou leite só num local mais distante. A avó reclamou da demora, o menino ouviu em silêncio. Depois, ele me contou que havia aprendido em casa que, tendo uma missão pela frente, teria de ir atrás. Mesmo que fosse longe.”
A vida empresarial de Jorgito Donadelli exige constantes viagens entre São Paulo, onde mora com a esposa e as duas filhas, e Franca, cidade de seus pais e onde a empresa mantém a sede e os principais negócios. Ele conhece cada detalhe dos 400 quilômetros da Anhanguera, a rodovia que une as duas cidades.
Esta foto da família foi tirada em agosto de 2019, depois de Jorgito ter completado a Meia Maratona de Buenos Aires. Com o braço direito, ele ergue a filha Camila, de 6 anos. Com a mão esquerda, mostra a medalha obtida na corrida. Ao lado, a esposa, Cyntia, abraça Luiza, de 4 anos. O bom desempenho na prova de rua da Argentina levou Jorgito a festejar com a família, almoçando num dos restaurantes de Puerto Madero, junto ao Rio da Prata. Em Franca, ele costuma levar as meninas para conhecer as obras de loteamentos da JFD.
Jorgito é o caçula de uma família de origem italiana. Uma curiosidade: é neto, filho, irmão e pai de Luizas. Suas irmãs são Sabina Luiza e Maria Carolina.
Os mais de 5 mil municípios brasileiros já sabem quais serão seus prefeitos para os próximos quatro anos. Alguns partidos fazem festa. Outros lamentam e buscam culpados. Mas o grande vencedor dos dois turnos das eleições de novembro foi o Brasil. E a AELO vê motivos para se confraternizar com os autênticos cidadãos e com a classe política: as urnas falaram mais alto que a demagogia populista irresponsável, não deixando espaço para candidatos especialistas em radicalismo, em rancor, em propostas levianas.
Tanto nas capitais quanto nas cidades médias e pequenas, prevalece a diversidade, sem a polarização em torno de apenas dois partidos. E isso é importante para a democracia e para a fundamental mola propulsora da economia, da qual nós, do setor imobiliário, participamos de modo expressivo.
São Paulo, o município mais populoso do País, deixa um exemplo emblemático ao conceder ampla vitória a um jovem político, Bruno Covas (PSDB), amadurecido por três anos na prefeitura e pelo conhecimento adquirido em funções anteriores – deputado estadual, deputado federal e secretário de Estado. Equilibrado e elegante, não se deixou levar por provocações do adversário, uma versão genérica do modelo populista que deixou sequelas no País. Ao festejar, em 29 de novembro, Covas disse que o resultado das apurações representa a “vitória da ciência, da moderação e do equilíbrio”.
Assim como havia ocorrido há quatro anos, o PT ficou longe das prefeituras das capitais. Foram as derrotas mais amargas desde a década de 1980. Em 2020, foi derrotado até em Rio Branco, no Acre, a isolada capital em que tinha vencido em 2016. O partido também perdeu espaço num tradicional reduto, o Nordeste. E continuou banido nos principais dos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, a quinta metrópole mais populosa do mundo: venceu somente em Diadema e Mauá, por reduzida margem de votos. Também houve derrotas no Interior e no Litoral do Estado, em cidades como Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, Santos e São Vicente – algumas, definidas no primeiro turno.
Para as perspectivas do País, foram igualmente positivos os resultados do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Goiânia, Uberlândia, Uberaba e outras grandes cidades, imunes ao bloco de partidos de esquerda, que, diante do desgaste sofrido pelo PT por comprovados casos de corrupção, buscaram candidatos de siglas genéricas, sob o apoio de marketing dos habituais cantores de uma nota só e dos atores especialistas em ficção.
A partir de 1.º de janeiro, caberá aos prefeitos eleitos cumprir as promessas eleitorais, em benefício dos seus municípios e de sua gente. E, no âmbito nacional, a classe política terá a obrigação de pensar não só em interesses próprios com vistas às eleições de 2022, mas também – e principalmente – em contribuir para levar adiante a votação de reformas e de projetos de lei, ação necessária para o País vencer a crise e reduzir os elevados índices de desemprego.
A luta não terminou em 29 de novembro. Ainda temos pela frente a pandemia do vírus e o vírus da politicagem. O Brasil apenas entrou num novo ciclo. Há motivos para festas, sim. E mãos à obra!
Esta análise será reproduzida na edição n.º 114 do jornal impresso “AELO Informa”, que deverá chegar ao público na segunda quinzena deste mês.
O Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) confirmou para a próxima terça-feira, 8 de dezembro, das 16 horas às 17h30, sua última reunião de 2020. O CDU, que está completando 20 anos, é integrado pela AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP.
O coordenador do Comitê, Caio Portugal, que é também presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, fechou a pauta dessa nova reunião virtual.
Eis os três participantes e seus temas:
Caio Portugal
CETESB – Supressão de Vegetação – Resolução nº 80 – 16 de outubro de 2020
ENEL – Criação de Grupo de Trabalho
GRAPROHAB – Considerações sobre o Manual do Graprohab
Marco Regulatório de Saneamento – Desdobramentos
Análise das eleições municipais de novembro.
Marcos Saes, diretor de Assuntos de Meio Ambiente da AELO
Resolução CONAMA/MMA nº 500, de 19 de outubro de 2020
Lei Geral de Licenciamento Ambiental
Afetação do Tema 1010 pelo STJ: Extensão da faixa não edificável a partir das margens de cursos d’água naturais em trechos caracterizados como área urbana consolidada
Fábio Tadeu Araújo, sócio diretor da empresa Brain
Panorama do Mercado de Loteamentos – 3.º trimestre de 2020
A reunião será pela plataforma Zoom.
Os interessados devem solicitar o link de acesso junto à AELO: aelo@aelo.com.br e secretaria@aelo.com.br
Foram cinco meses de aulas virtuais do Programa de Cursos de Atividades Específicas de Loteamentos, a cargo da Universidade Secovi, com apoio da AELO, sob a coordenação do professor Vicente C. Amadei. De 22 de junho a 30 de novembro, alunos de todas as regiões do País puderam acompanhar as explicações dos experientes professores dos seis cursos, cujas aulas terminaram na semana passada.
O encerramento dos cursos de 2020 ficou por conta de uma palestra do desembargador Vicente de Abreu Amadei a respeito da ética na atividade de parcelamento do solo (foto). O jurista, que participa dos cursos há mais de 20 anos, é filho do professor Vicente, seu parceiro na elaboração do livro “Como Lotear uma Gleba”, obra imprescindível para empresários, executivos, engenheiros, arquitetos, advogados, administradores e técnicos que se dedicam a projetos de loteamentos.
O boletim “AELO Online”, que focalizou os cursos desde a divulgação do programa completo, em dezembro de 2019, e prosseguiu ao longo de 2020, registra o sucesso dessa iniciativa ao terminar a 30.ª temporada de aulas.
O secretário da Habitação do Estado de São Paulo, Flavio Amary, ex-presidente da AELO e do Secovi-SP, participou nas últimas semanas da entrega de milhares de moradias na Capital, no Interior e no Litoral.
Amary, que aparece nesta foto de 13 de maio de 2019, ao participar, como secretário, do evento de apresentação do novo Manual do Graprohab, ao lado do presidente da AELO, Caio Portugal, e do presidente do Graprohab, Lacir Baldusco, no Secovi-SP, assumiu a pasta há dois anos e vem implementando um amplo programa de construção de apartamentos e casas para famílias de baixa renda em todo o Estado de São Paulo.
Na semana passada, a Secretaria de Estado da Habitação e o Ministério do Desenvolvimento Regional entregaram mais 257 apartamentos do Conjunto Habitacional Manuel Bueno, no bairro de Itaim Paulista, no extremo da Zona Leste da Capital.
O secretário de Estado da Habitação, Flavio Amary, e o secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Eduardo dos Santos, participaram da cerimônia, dia 25. Foi a primeira etapa de entrega do empreendimento, planejado para totalizar 300 apartamentos. A Secretaria de Estado da Habitação aportou, por meio da agência Casa Paulista, R$ 6 milhões nas moradias. A Prefeitura de São Paulo entrou com R$ 3 milhões e a Caixa Econômica Federal aplicou R$ 28,8 milhões. O investimento total na obra foi de R$ 37,8 milhões.
Flavio Amary explicou: “Fizemos aqui a entrega do empreendimento Manuel Bueno I. Um momento muito especial nesta ação conjunta dos governos Federal, Estadual e Municipal, que, tenho certeza, beneficiará muitas famílias. Gostaria de pedir a cada uma delas que transformem essa nova moradia em um lar, um local de paz, harmonia e bem-estar.” Vários beneficiados moravam em regiões de constantes alagamentos. Agora, terão mais tranquilidade.
Na Capital, a Secretaria da Habitação já entregou 106 mil moradias, de acordo com o secretário Flavio Amary. Outras 9,5 mil unidades estão em construção. Na região metropolitana de São Paulo, que engloba 39 municípios, foram entregues 193 mil moradias de interesse social. Outras 15 mil estão em obras. Essas unidades em andamento representam R$ 467,5 milhões em investimentos pelos dois braços operacionais da Secretaria de Estado da Habitação – CDHU e Agência Casa Paulista.
O Governo do Estado de São Paulo anunciou na segunda-feira, 30 de novembro, que todo o território paulista, a partir desta semana, fica na fase amarela da quarentena de prevenção contra a covid-19, seguindo a legislação estadual imposta em março e que tem passado por alterações. Seis regiões do Estado, entre as quais a da Capital paulista, regridem da fase verde para a amarela. As demais 11 regiões já estavam na fase amarela.
A decisão foi tomada com base em estudos da equipe científica do governo em busca da proteção da saúde pública, levando em conta o recente agravamento dos números de casos de covid-19 e de mortes decorrentes do vírus nos últimos dias.
Desde terça-feira, lojas, shoppings, bares e restaurantes da cidade de São Paulo voltaram a reduzir o horário de atendimento e a capacidade de público.
A mudança para a fase amarela altera o sistema de obras da construção civil, o que significa que os trabalhos em canteiros de projetos de loteamentos devem prosseguir normalmente, mantendo-se os cuidados estabelecidos já em março.
De acordo com o Governo de São Paulo, as mudanças impostas às regiões da Capital, do Vale do Paraíba, de Campinas, de Piracicaba, de Sorocaba e da Baixada Santista, são estas, semelhantes às das 11 regiões que já estavam na fase amarela:
Vários outros Estados brasileiros, igualmente afetados pelo agravamento do quadro da saúde pública, também adotam medidas mais drásticas de restrições. A Bahia, por exemplo, cancelou o tradicional Carnaval de rua de Salvador. Planos para as festas de virada de ano, em todo o País, estão sendo revistos. O Papai Noel dos shoppings, só em versão virtual.
A seção “Canal Aberto” do nosso boletim concede hoje espaço para um artigo de Marcelo Dadian que chamou a atenção do público ao ser publicado em novembro na Coluna Secovi, no jornal “O Estado de S. Paulo” e cujo conteúdo certamente interessa aos associados da AELO. Marcelo, diretor do ZAP+ na OLX Brasil e membro da Vice-Presidência de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, escreveu o texto “Mãos à obra para construir um mercado mais digital”.
Eis o artigo:
Após um período de desafios com a covid-19, a retomada do mercado imobiliário aconteceu com rapidez e ritmo expressivo. Segundo dados da OLX Brasil, a demanda por imóveis à venda na região de São Paulo cresceu 30% em agosto de 2020, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em relação ao tipo de imóvel, as casas tiveram alta de 31% na procura, enquanto os apartamentos tiveram aumento de 28% na demanda. E, dentre as 64 cidades com DDD 011, as que mais atraíram futuros compradores foram São Paulo, Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo e Jundiaí.
As taxas de juros estão muito atraentes para o financiamento de imóveis, ao mesmo tempo em que a pandemia fez com que muitas pessoas ficassem mais tempo em casa e repensassem sua relação com a maneira de morar. Algumas delas passaram a desejar um ambiente mais confortável ou decidiram trocar seus móveis. Objetos como almofada, vaso, quadro, lustre, espelho, papel de parede, tapete e cortina tiveram mais de 100% no aumento da demanda na plataforma, ao aferir os dados da última semana de junho com o período pré-pandemia.
(Nesta foto, aparece o repórter fotográfico Calão Jorge, acessando no computador a reunião virtual do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) de 18 de junho. Assim como ele, milhares de pessoas usaram a internet nos últimos meses para se informar em eventos da AELO e de outras entidades.)
Na quarentena de prevenção, há também quem prefere mudar para outra localidade do País. Levantamento realizado pela OLX, que confrontou números de julho de 2020 com igual período do ano anterior, mostrou que a busca por imóveis teve crescimento de 30% no Interior de São Paulo, 28% no Litoral e 24% na Capital do Estado.
Hoje, a internet é fundamental para atrair possíveis compradores de imóveis. A experiência por eles desejada mudou, como se pode agora observar na comparação com os aplicativos conectados pelos usuários durante a pandemia. O nível de exigência subiu, e sua empresa pode ser ‘cancelada’ desse universo se não reconhecer esta nova realidade.
O desafio, portanto, é entender quais as reais mudanças que estão acontecendo na sua empresa e quanto valor está sendo capturado. Algumas dicas que podem ajudar:
O envolvimento da liderança é fundamental e ela precisa ter agenda para que este mindset (mentalidade) atinja a empresa por completo.
Pense em pessoas e comece na área onde os líderes veem valor nesta mudança. Diante dos resultados positivos, a adesão dos outros times será natural.
Forme equipes multidisciplinares, de forma que a diversidade contribua para que as conversas sejam ricas, com pluralidade de opiniões.
A última dica, e a mais importante, pense no seu consumidor e nas dores que ele sente ao se relacionar com sua empresa. E mãos à obra para construir um mercado mais digital!
O Brasil perdeu na segunda-feira, 30 de novembro, um dos mestres do fotojornalismo e da fotografia de publicidade. O experiente Sérgio Jorge (foto) faleceu em São Paulo, aos 83 anos, em consequência da covid-19, e foi sepultado em Amparo, na região de Campinas, sua terra natal. Ele foi o primeiro ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo por uma sequência de fotos de um episódio na cidade de São Paulo para a revista “Manchete”, na década de 1960: um garoto resiste ao funcionário da prefeitura que estava apreendendo seu cachorro; uma vez publicadas as fotos, o menino recebeu seu cão de volta. Final feliz. A carreira do mestre foi mostrada em documentário. Dois anos atrás, Sérgio lançou um livro sobre os seus 60 anos de trabalho, reproduzindo suas principais fotos.
Sérgio Vital Tafner Jorge cobriu inúmeros fatos importantes, entre os quais o milésimo gol de Pelé, a moda de Denner e Clodovil, a primeira expedição do Brasil à Antártida, a inauguração de Brasília e as primeiras corridas de Fórmula 1 em Interlagos. Ele deixa a esposa, Lúcia, e quatro filhos, Simone, Luciano, Sérgio e Siomara, além de netos. Deixa também o irmão José Carlos Tafner Jorge, o Calão Jorge, igualmente fotógrafo experiente, que atua como colaborador da AELO nas coberturas para os boletins “AELO Online” e para o jornal “AELO Informa”.
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