Um mês atrás, a perda do grande mestre provocou imensa tristeza na AELO e no setor imobiliário. E esta foto tem tudo a ver com a história da entidade e com os temas focalizados neste primeiro “AELO Online” de 2021. Foi tirada em 29 de junho de 2018, no Edifício Milenium em São Paulo, após uma das mais movimentadas reuniões do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), órgão integrado pela AELO, Secovi-SP e SindusCon-SP.
Devemos destacar que esta edição do boletim é dedicada à memória do inesquecível Dr. Vicente C. Amadei, falecido em 22 de dezembro de 2020. Emocionados, tristes, nós, da AELO, relembramos aqui a importância do Professor Vicente, o decano que participou ativamente da história da entidade desde a fundação, em 1981, e que formou milhares de profissionais de loteamentos. Ele está na extrema direita desta foto do repórter fotográfico Calão Jorge.
O mestre costumava comparecer a todas as reuniões do CDU, tendo inclusive participado das versões virtuais do ano passado, sempre com ponderações equilibradas, recheadas de bom-humor. Na Live de 18 de junho, por exemplo, ele foi homenageado pelos demais participantes, já que completaria 88 anos no dia 23. Recebeu abraços virtuais, brincou com sua idade e lembrou que começou sua carreira na empresa Ingaí, da família Bernardes, há quase 70 anos. Além de tudo, o Professor Vicente foi um incansável coordenador dos cursos específicos de loteamentos, que liderou por 30 anos, preparando milhares de especialistas, e esteve presente em todas as reuniões do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), colegiado ligado à Secretaria da Habitação do Estado de São Paulo, desde a criação, em 1991, como representante do Secovi-SP e da AELO, juntamente com o advogado Ronaldo Lucas Brani.
Ao lado do Dr. Vicente, na foto de 2018, estão três grandes expoentes da história da AELO: da esquerda para a direita, o Dr. Carlos De Gióia, presidente de 1993 a 1997; o Dr. Lair Krähenbühl, da empresa Consurb, membro do Secovi-SP, ex-secretário da Habitação do Estado de São Paulo e ex-secretário da Habitação do Município de São Paulo, e o Dr. Claudio Bernardes, da empresa Ingaí, ex-presidente do Secovi-SP.
O Dr. Caio Carmona Cesar Portugal, presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, está no centro da foto, tendo ao lado seu pai, o Dr. Geraldo Portugal, fundador da empresa GP Desenvolvimento Urbano e um dos pioneiros da AELO, entidade onde integrou as primeiras diretorias, tornando-se amigo de Vicente C. Amadei.
À esquerda do Dr. Geraldo, surge a Sra. Conceição Cavalcanti, que soma 26 anos de trabalhos prestados à AELO como secretária executiva e que hoje merece ficar ainda mais conhecida pelos associados e pelos demais leitores deste boletim semanal. Ao lado de Conceição, o empresário Jaques Zitune, da empresa Zitune, outro pioneiro nas lutas da AELO pela segurança jurídica do setor imobiliário, cujo perfil foi focalizado pelo boletim na edição de 17 de setembro de 2020.
Sim, a seção “Sou AELO. E você?” focaliza, desta vez, a Sra. Conceição Cavalcanti, cujas respostas ao questionário são apresentadas na próxima nota do “AELO Online”. No trecho seguinte do boletim, está uma série de homenagens à memória do Dr. Vicente C. Amadei, incluindo algumas das mensagens de solidariedade recebidas pela AELO, pelo Secovi-SP e pela família Amadei. Nos blocos finais, é retomado o perfil de Conceição, o 25.º nome dos amigos da AELO que têm participado dos 40 anos da entidade. Também estamos publicando artigo do presidente Caio Portugal sobre as perspectivas para 2021. A seção “Sou AELO. E você?” foi lançada em julho de 2020, com Claudio Bernardes, e vai se prolongar até o final de fevereiro, época do 40.º aniversário da AELO.
Esta é a lista dos 25 nomes:
# 4 Mariangela Iamondi Machado
# 7 Sérgio Guimarães Pereira Júnior
# 8 Luiz Eduardo de Oliveira Camargo
# 14 Ruth Carmona Cesar Portugal
Conceição Cavalcanti, natural de Flores, cidade de aproximadamente 25 mil habitantes, em Pernambuco, chegou a São Paulo em 1975 para estudar e trabalhar. No início de 1982, foi admitida na recém-fundada AELO. O presidente era Lelivaldo Benedicto Marques, sucessor de Luiz Caldin – o primeiro dirigente a comandar a entidade. Lelivaldo ficou poucos meses no cargo: pediu demissão na AELO por ter mudado de atividade profissional, deixando a área de loteamentos, na Companhia City de Desenvolvimento, onde trabalhava. Foi substituído pelo professor Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, hoje diretor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Em sua gestão, Cintra criou o “AELO Informa”, boletim de seis páginas, cujas edições pioneiras foram datilografadas pela secretária Conceição, dando origem ao atual jornal periódico da AELO. A notícia principal da edição número 1, de outubro de 1982, foi exatamente a respeito da posse de Marcos Cintra, da loteadora Plannus, na presidência da entidade.
Conceição Cavalcanti continuou trabalhando na AELO nas gestões dos presidentes Edgar de Souza, Maurício Scopel e Carlos de Gióia. Em 1997, pouco tempo após a posse de Sérgio Guimarães Pereira, ela deixou a entidade para cuidar de sua filha Mariana, recém-nascida. Retornou em 2010, época da presidência de Flavio Amary. Em setembro de 2020, Mariana formou-se arquiteta na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Em 2021, portanto, Conceição completa 26 anos de dedicação à AELO.
A sra. Conceição Cavalcanti recorda que em 1988, com Maurício Scopel na presidência, a AELO passou a funcionar numa sala da empresa Scopel, onde permaneceria por alguns anos. Depois, a entidade instalou-se na sede do Secovi-SP na Avenida Brigadeiro Luís Antônio e, em 1997, montou sua própria sede no 5.º andar de um prédio na Avenida Paulista. Nos anos 1980, Conceição fez vários amigos na AELO, entre os quais o Dr. Vicente C. Amadei e o Dr. Geraldo Portugal. Na época, da Scopel, ela conheceu aquele que viria a ser seu marido: Aido Taffarel, sobrinho do fundador da empresa, Antonio Scopel. O casal e Mariana residem no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo.
Assim como ocorreu no dia desta foto de dois anos atrás, Conceição Cavalcanti tem estado presente na maioria dos principais momentos da AELO. Secretária executiva da entidade por duas décadas e meia, ela dá apoio à Diretoria, aos Conselhos e aos associados, compartilhando a lista de funções com Juliana Alvarenga, reforço que chegou à AELO há oito anos. Cordial no relacionamento e atenta às suas missões, Conceição se tornou a secretária de mais prolongada atividade na história da AELO. E também contribuiu para fazer história, daí o fato de ter sido escolhida como homenageada da seção “Sou AELO. E você?” nesta semana.
A foto foi tirada em 18 de março de 2019, pouco depois de a Comissão Eleitoral ter concluído a apuração e anunciado o resultado do pleito que reelegeu o presidente Caio Portugal e homologou os demais integrantes da chapa única para os cargos na Diretoria, no Conselho Consultivo e no Conselho Fiscal para o biênio 2019-2021. De pé, atrás do Dr. Caio, a secretária Conceição Cavalcanti viu terminar, com sucesso, mais um episódio democrático da entidade, a eleição que ela havia ajudado a coordenar com os oito membros da Comissão. Da esquerda para a direita, aparecem Osmar Barbosa (Elipsa Incorporações), que leu a ata; Adriana Miyuki Tanaka (Independência Empreendimentos) e Odilon Bado Castriota (SCDU Urbanismo). Na extrema direita, a integrante Renata Mathias de Castro Neves, advogada. Na sede da AELO, estavam também os demais membros – Jaques Zitune (Zitune Emprendimentos Imobiliários), o Dr. Carlos Eduardo de Castro Souza (Conselho Jurídico da AELO), Luiggi Alan Brancatti Esposito (C. Munhoz Empreendimentos) e Ailton Vendramini (Veccon) –, além do Dr. Luis Paulo Germanos, sentado entre Caio e Renata. Coordenador do Conselho Jurídico, o advogado Luis Paulo foi eleito vice-presidente da AELO naquela tarde. O diretor Jorgito Donadelli e o conselheiro Antonio Basile prestigiaram o evento.
Os sorrisos representam não só o tranquilo encerramento de um pleito. A alegria está relacionada à análise do presidente Caio sobre os dois anos anteriores na entidade, em que um dos destaques foi a vitória da AELO na Justiça contra taxas abusivas da CETESB para registro de projetos de loteamentos – um trabalho conduzido pelo Dr. Luis Paulo Germanos e pela Dra. Renata Mathias de Castro Neves em 2018, com desdobramentos positivos em 2020.
Em dezembro de 2020, duas semanas antes de iniciar seu período de férias, Conceição Cavalcanti aceitou nosso convite e respondeu às 20 perguntas do questionário-padrão. Mas, em 22 de dezembro, ao receber a notícia que entristeceu a AELO, ela procurou o “AELO Online” e pediu a abertura de espaço extra para incluir no seu perfil uma mensagem pessoal de solidariedade à família Amadei e aos dirigentes da AELO e do Secovi-SP pelo falecimento do Dr. Vicente C. Amadei, líder com quem se relacionava frequentemente desde 1982. “Um homem incrível”, afirmou. “Também aprendi muito com esse eterno professor.”
“Sou AELO. E você?” A Sra. Conceição Cavalcanti responde.
1 – Qual foi o maior desafio que você enfrentou/enfrenta em sua carreira?
Foi a decisão de 1997, de me desligar da AELO, após 15 anos de trabalho, para cuidar e educar minha única filha Mariana, nascida no ano anterior. Para minha alegria, pude voltar à entidade 13 anos depois, trazendo o mesmo entusiasmo e tendo pela frente novos desafios. A associação já estava bem diferente, com novos diretores. Vários deles, filhos dos pioneiros que pude secretariar no passado.
2 – Um filme ou série de TV que mais marcou sua vida? E por qual motivo?
A série de TV americana dos anos 1960, transmitida no Brasil pelos idos de 80/90, “A Feiticeira”. É uma série descontraída, que encenava problemas do cotidiano entre uma feiticeira e seu marido “mortal”, sempre com magias e, às vezes, misturando a ficção com fatos da história americana. A série me marcou porque me divertiu na época da gestação de minha filha.
3 – Um livro inesquecível e a lição aprendida.
“A Vida Mística de Jesus”, de H. Spencer Lewis, um estudo muito interessante sobre fatos não mencionados em outras fontes sobre o Cristianismo. Foi meu primeiro contato com um tema que muito me interessa: as diversas peculiaridades da História.
4 – Música marcante.
“How can I go on”, com Freddie Mercury e Montserrat Caballé. Apesar de a letra ser de muita melancolia, a melodia é fascinante. E marcou fatos importantes para mim: meu casamento e a festa de debutante da minha filha.
5 – Cite compositor(es) e cantor(es) de sua preferência musical.
Queen, ABBA, Carpenters, Alceu Valença, Zé Ramalho e o “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga.
6 – Cite alguém que seja considerado um líder para você.
Nelson Mandela, por ter liderado o movimento vencedor contra o apartheid na África do Sul nos anos 1990, tornando-se um grande defensor dos Direitos Humanos.
7 – Atualmente, qual é o seu hobby?
Quando posso, vejo filmes clássicos. Meus preferidos são os de Charlie Chaplin, dos tempos do cinema mudo. Além disso, gosto de me aventurar, jogando uma partida de xadrez.
8 – Torce para algum time de futebol?
Corinthians! Sempre Corinthians!
9 – Um destino no Brasil para recomendar aos amigos.
Gosto muito de Maragogi, em Alagoas, e de Fernando de Noronha, verdadeiros paraísos.
10 – Sua maior conquista profissional.
Ter 26 anos de registro na AELO, somando as duas etapas. Também sou grata pelas amizades construídas desde os primórdios da associação. Entrei na AELO há 39 anos e tenho orgulho de fazer parte de seus 40 anos de história.
11 – Algo do que se orgulha.
Me orgulho da educação que me foi proporcionada pelos meus pais e, nos últimos anos, por ter conseguido graduar minha filha Mariana como Arquiteta e Urbanista na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ela terminou o curso em 2020, com nota máxima, e já está trabalhando.
12 – Personalidade(s) que admira, no setor em que atua.
Dentre tantas personalidades na entidade, posso destacar as lembranças do saudoso Maurício Scopel, presidente da AELO de 1989 a 1993. E não poderia deixar de relembrar, já com saudade, o Dr. Vicente C. Amadei, que nos deixou no fim de 2020. Um homem incrível. Assim como tanta gente, aprendi muito com esse eterno professor. Também tenho respeito e admiração pelo Dr. Caio Portugal, pelo Dr. Flávio Amary, pelo Dr. Geraldo Portugal, e por vários outros dirigentes destas décadas.
13 – Personalidade(s) que admira, no mundo dos negócios.
O empresário Antonio Ermírio de Moraes
14 – O quê ninguém imagina a seu respeito.
Que sou a comediante da família e dos amigos. Às vezes, gosto de me fantasiar, de me transformar em personagens, como Drag Queen, para divertir meus sobrinhos e os amigos próximos.
15 – Algo positivo da cidade de São Paulo. E algo negativo. E do seu bairro?
Gosto da arquitetura do Centro da cidade. O lado negativo, para mim é a violência. Meu bairro, o Tucuruvi, é muito tranquilo, mas, assim como qualquer outro bairro, precisa de mais espaços de lazer.
16 – Qual a sua melhor qualidade.
Sou uma pessoa simples, franca e honesta.
17 – Uma frase que a inspira.
Uma frase do meu querido pai: “Lute e Vencerá!”
18 – Qual conselho daria a VOCÊ se fosse mais jovem?
Trate de continuar os estudos de Direito.
19 – Do quê você mais gosta na AELO?
Gosto muito de colaborar nas reuniões da AELO e do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), como secretária. Nesses contatos com dirigentes, associados e colaboradores, fiz eternas amizades. Desejo citar pelo menos alguns, dos anos 1980 até a atualidade: Geraldo Portugal, Alexandre Thomaz da Silva, José Pereira Fernandes Filho, Jaques Zitune, Edgar de Souza, Massamiti Yuge, Hélio Narchi, Mariangela Iamondi Machado, Ruth Portugal, Ciro Scopel, Janete Scopel, Ângela Paiva, Arthur Matarazzo e o jornalista Luiz Carlos Ramos.
20 – Uma reflexão própria, que tem guiado sua vida. Pode ser um conselho, uma frase de efeito.
A educação se tem em casa e serve para o futuro, como ser humano.
(Observação: esta homenagem à Sra. Conceição Cavalcanti prossegue logo após a sequência de notas do boletim em que destacamos a importância do Professor Vicente C. Amadei para o setor imobiliário do País).
O Dr. Vicente Celeste Amadei partiu a poucos meses da época em que completaria 70 anos de dedicação ao setor imobiliário, dos quais 40 participando da AELO desde a fundação, e 30 anos como mestre de milhares de especialistas, formados em seus cursos de loteamentos. Nós, amigos na AELO, sabemos que ele havia realizado todos os seus sonhos, conforme revelou em seu perfil da série “Sou AELO. E você?”, publicado pelo “AELO Online” n.º 804, em 23 de julho de 2020, e reproduzido no jornal “AELO Informa” n.º 114, em 14 de dezembro. Ressaltou o fato de ter constituído uma linda família, valorizou o carinho dos companheiros da AELO, do Secovi-SP e da Universidade Secovi por seu maravilhoso trabalho nas entidades e, como católico fervoroso, agradeceu a Deus por ter chegado aos 88 anos, feliz e produtivo.
O jornalista Luiz Carlos Ramos, autor deste texto, relembra que uma das características do estilo de Vicente C. Amadei era o de ser exigente não só com seus alunos, mas também consigo mesmo, a ponto de rejeitar a possibilidade de abandonar uma missão antes do final. Foi exatamente assim em 2020. Nada ficou incompleto, no fim de uma vida e de uma carreira repletas de exemplos positivos. No final de novembro, o Dr. Vicente havia conseguido completar, com sucesso, a 30.ª temporada de cursos, iniciada em 22 de junho, desta vez de modo virtual – mudança imposta pela prevenção contra a covid-19. Diretamente de sua residência, em São Paulo, ele comandou as aulas dos professores em cada um dos seis cursos do programa. E interagiu com docentes e alunos.
As lembranças a respeito do Professor Vicente levam o jornalista Luiz Carlos a apontar mais uma das grandes virtudes do mestre: a gratidão. Era algo comum em suas relações pessoais e profissionais nas entidades e nos cursos de loteamentos. O próprio Dr. Vicente admitiu esta sua qualidade, na entrevista concedida em julho de 2020 para a série “Sou AELO. E você?” do nosso boletim. E, além de tudo, ele costumava agradecer ao “AELO Online” pela constante divulgação dos seus cursos, chegando a afirmar que tal trabalho do nosso boletim se tornou fundamental para atrair novos alunos de todas as regiões do Brasil. Esse elogio era questão de modéstia e de cordialidade da parte do mestre, pois, na verdade, a elevada qualidade dos cursos, amplamente reconhecida no setor imobiliário do País, é que tem sido a responsável direta pelo grande sucesso.
Na manhã de 22 de dezembro, a dois dias da véspera do Natal, recebemos a notícia do falecimento do Professor Vicente C. Amadei, ocorrido em São Paulo, alguns dias depois de ele ter sido submetido a uma cirurgia. Uma imensa tristeza tomou conta das entidades, que ainda contavam com sua recuperação.
A AELO e o Secovi-SP, por meio de seus canais, trataram de comunicar aos associados e amigos a perda do grande colaborador. E logo começaram a chegar inúmeras mensagens de pesar, dirigidas à família Amadei e aos diretores. Em 28 de dezembro, houve a celebração da Missa de 7.º Dia, na Paróquia de Santa Teresa de Jesus, no bairro do Itaim-Bibi, acompanhada de modo virtual por centenas de discípulos e amigos do Dr. Vicente. Coube ao filho, Desembargador Vicente de Abreu Amadei, agradecer, em nome da família Amadei, pelas demonstrações de solidariedade.
Na tarde de 22 de dezembro, os associados da AELO foram informados da grande perda por meio de um boletim extra, cujo conteúdo, aqui reproduzido, fica registrado no site da entidade, www.aelo.com.br.
O presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, Caio Portugal, lamenta informar o falecimento do grande colaborador e incentivador do setor imobiliário Dr. Vicente C. Amadei, ocorrido nesta terça-feira, 22 de dezembro, em São Paulo. Hospitalizado há alguns dias por causa de uma cirurgia, o Professor Vicente estava com 88 anos, dos quais 70 dedicados ao nosso setor. Participou intensamente da AELO desde a fundação, em 1981.
“Estamos profundamente tristes”, afirmou Caio Portugal. “O Dr. Vicente faz parte de nossa história e estava sempre pronto a colaborar nos nossos desafios pela segurança jurídica dos empreendedores. É insubstituível. Persistem suas lições, assim como seu livro ‘Como Lotear uma Gleba’, a Bíblia dos Loteadores. Nossos sentimentos à família Amadei e a todos os que conviveram com este homem sábio, um cidadão do bem.”
O professor Vicente Celeste Amadei, natural de São Paulo (23/06/1932), acostumado à atividade intensa, não reduziu o ritmo no período de quarentena e conseguiu completar, em novembro, o 30.º ano de seus consagrados cursos sobre loteamentos.
Usando a tecnologia, em sua casa, em São Paulo, ele exerceu, de modo virtual, o trabalho pelo qual se apaixonou ao longo de três décadas, o de coordenador dos Cursos Específicos de Loteamentos. Nessa iniciativa, ajudou a formar milhares de especialistas, que atualmente estão em atividade em todas as regiões do País, entre os quais o presidente da AELO, Caio Portugal, e o atual secretário da Habitação do Estado de São Paulo, Flavio Amary, que presidiu a AELO e o Secovi-SP.
O livro “Como Lotear uma Gleba”, escrito por Vicente Celeste Amadei com a participação de seu filho, Desembargador Vicente de Abreu Amadei, lançado há pouco mais de 20 anos, continua fazendo sucesso, por meio de edições revisadas e ampliadas.
Em julho, o boletim “AELO Online” publicou o perfil do Professor Vicente, o terceiro homenageado da série “Sou AELO. E você?” Diante da pergunta sobre quais foram os maiores desafios de sua carreira, o Dr. Vicente C. Amadei respondeu: “Venho trabalhando na área de loteamentos desde 1951. O início foi na empresa Ingaí, com o fundador, Wanderley Bernardes. Trabalhei lá por 36 anos. Depois vieram as missões na AELO e no Secovi-SP. Maiores desafios, sempre: a burocracia e os prazos legais para o poder público cumprir as suas obrigações inerentes à atividade de loteamentos”. O Dr. Vicente participou da assembleia de fundação da AELO, em 24 de fevereiro de 1981, integrou a primeira Diretoria, como Diretor Consultivo, e ocupou cargos em várias outras gestões. No Secovi-SP, vinha atuando como Diretor da Vice-Presidência de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.
O jornal “AELO Informa” número 114, que focaliza os 40 anos da AELO e cuja versão online está disponível desde 14 de dezembro no site da AELO – www.aelo.com.br – reproduz o perfil de Vicente C. Amadei na página 11.
O Professor Vicente deixa a esposa, senhora Maria Virgínia; a filha Rosângela, o filho Vicente de Abreu Amadei, netos e netas. A Diretoria e os Conselhos da AELO manifestam condolências à família Amadei.
A notícia da partida do Dr. Vicente C. Amadei deixou consternado o setor imobiliário do País e, em especial, os companheiros da AELO e do Secovi-SP. Tão logo foi divulgada a informação sobre o falecimento, começaram a chegar inúmeras mensagens de solidariedade à família Amadei e às entidades. O presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, Caio Portugal, recebeu um texto comovente do Dr. Paulo André Jorge Germanos, presidente do Secovi-SP de 1978 a 1981, atualmente membro do Conselho Consultivo. O texto foi encaminhado também ao presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet.
A exemplo de muitos outros dirigentes, o engenheiro Germanos conviveu com o Professor Vicente. E, com a sua habitual arte de comunicador, o Dr. Paulo Germanos escreveu algo lindo, que merece ser compartilhado com os associados da AELO, nesta época de tristeza.
Aqui está a mensagem do Dr. Germanos:
Quanto fomos privilegiados por ter, ao longo de décadas, a presença e o exemplo de Dr. Vicente em nosso Secovi-SP!
No início da década de 1970, quando debatemos com o Prefeito de São Paulo, José Carlos de Figueiredo Ferraz, a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, promulgada em 1972, um ano após a aprovação do Plano Diretor de 1971, o Dr. Vicente estava conosco; foi necessária uma ligação do General Comandante da Segunda Região em São Paulo, para pedir ao então Prefeito que recebesse uma comissão de empresários do Setor de Assuntos Imobiliários da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
A pedido dos empreendedores e dos corretores, todos filiados a dois sindicatos membros da Federação, o Secovi-SP e o Sindicato dos Corretores de Imóveis, o Presidente José Papa Júnior ligou ao General Humberto de Mello, explicando que o projeto do executivo municipal – àquela época, durante o Regime Militar, o legislativo municipal apenas chancelava as leis apresentadas pelo Prefeito – era muito prejudicial à população paulistana e precisávamos fazer o Prefeito nos ouvir.
O Professor Ferraz tinha confiado a um seu assessor, Benjamim Adiron Ribeiro, a tarefa de redigir o texto que viria a ser conhecido como a Lei do Zoneamento, seguindo a orientação do Prefeito, que desejava conter o crescimento urbano da capital paulista.
Quando fomos recebidos no Gabinete do Prefeito, ele usou uma expressão ilustrativa de seu intento: ¨Os Senhores têm de me ajudar a fechar a comporta rapidamente, pois pode passar muita água até que se interrompa o fluxo!”
E entre os homens daquele pequeno grupo estavam Dr. Vicente Amadei e Wanderley Bernardes, pai de Claudio Bernardes; ambos explicaram ao Professor Ferraz que, da forma como havia sido concebido o projeto de lei, a população trabalhadora paulistana não mais teria acesso ao lote urbanizado, onde edificava sua casa própria; além disso, todos os lotes regularmente aprovados em grande região ao sul da cidade, se a lei entrasse em vigor sem ser alterada, não poderiam ser edificados. Era imperativo alterar o texto.
Outros importantes argumentos foram também apresentados pelos loteadores, explicando que, mesmo se a gleba bruta custasse zero, o investimento exigido para a urbanização, como previa a nova lei, resultaria em custo tão elevado que superaria muito a capacidade aquisitiva da população de baixa e de média renda.
Mesmo com as alterações sugeridas pelos profissionais e empreendedores, e aprovadas pelo Prefeito, depois de 1972 não houve um único loteamento popular aprovado pela PMSP até os dias presentes, enquanto o favelamento, as invasões e ocupações de enormes áreas da cidade produziram o desenho tão injusto e inaceitável da São Paulo de hoje.
Isso tudo fez com que o desenvolvimento urbano, com aprovação de novos loteamentos, acontecesse somente em outras cidades do Estado.
Mas a lei continuava a ser cada vez mais exigente, nos três âmbitos – federal, estadual e municipal –, tornando imperiosa formação e a profissionalização de todos que se dedicam à urbanização.
E aí entra em cena nosso querido Dr. Vicente, que se dedicou, ao longo de mais de cinco décadas, diligente e generosamente, a transmitir seu conhecimento a gerações de empreendedores e de profissionais do setor.
Seus livros, reeditados e atualizados, são obrigatórios para aqueles que desejam exercer a atividade dentro da lei, com eficiência e respeito ao ambiente.
Com seu jeito calmo, didático e estimulante, ele marcou a todos os que passaram pelos cursos promovidos pela Universidade Secovi, apoiados pelo Sindicato e pela AELO, com sua sabedoria e seu exemplo de generosidade e de conduta integra.
Para quem acompanhou sua vida familiar, sempre digna de admiração pelo casal Vicente e Maria Virgínia e por seus filhos e netos, fica uma lembrança doce e maravilhosa.
Seu filho Vicente de Abreu Amadei, insigne Desembargador do Tribunal de Justiça Paulista, seguindo o exemplo do pai, participou, como co-autor de seus livros e é igualmente admirado, querido e respeitado por todos dessa grande família que se dedica à causa imobiliária no Secovi-SP e na AELO.
O legado de Vicente Celeste Amadei, por tudo que este nos ensinou com seu trabalho e sua conduta exemplar, continuará por muito tempo a influenciar a nossa e as futuras gerações, não só em terras paulistas, mas em todo o Brasil.
Ângela Paiva, delegada Regional da AELO no Vale do Paraíba e membro do Conselho Consultivo, lamentou o falecimento do Dr. Vicente C. Amadei, relembrando o papel do mestre na formação de novos profissionais para o setor e recordando a presença dele no primeiro Encontro Regional de Loteadores do Vale do Paraíba e do Litoral Norte, em dezembro de 2011, em São José dos Campos.
Nesta foto do Encontro, surgem Ângela Paiva, Vicente C. Amadei e o empresário Juarez Alves de Paiva, fundador da empresa Urbavale, no Encontro. “O Professor Vicente foi um excepcional incentivador de novos empreendedores na atividade de parcelamento de solo do País, transmitindo valiosas orientações”, disse Ângela Paiva.
O Secovi-SP destacou em seu site: “O setor imobiliário perde um ícone na área de loteamentos. Com mais de 30 anos dedicados ao Secovi-SP, Vicente C. Amadei foi um dos criadores e atualmente era coordenador dos cursos de Parcelamento do Solo Urbano da Universidade Secovi. Era uma referência, admirado e respeitado, sobretudo, por sua incansável dedicação ao segmento.” Foi também reproduzido o texto do Dr. Paulo Germanos sobre o Professor Vicente que havia sido enviado aos presidentes Basilio Jafet, do Secovi-SP, e Caio Portugal, da AELO.
Mariangela Iamondi Machado, Diretora da Focus Trading Assessoria Imobiliária, professora de cursos de loteamentos na Universidade Secovi e membro do Secovi-SP e do CDU, escreveu: “ETERNO MESTRE! Não há palavras para expressar a sua dedicação ao Desenvolvimento Urbano e a arte de compartilhar conhecimento e experiências! Ao Nosso IMORTAL VICENTE AMADEI, os nossos profundos agradecimentos por ter sido um exemplo de Ser Humano íntegro, combativo, solícito, abnegado e generoso. Você faz parte de nossa formação e cabe-nos a obrigação de levar o seu nome aos que não tiveram o privilégio de sua convivência.”
Roland Philipp Malimpensa, presidente da AELO de 2001 a 2005, atualmente membro do Conselho Consultivo, lamentou: “Uma pessoa maravilhosa, uma grande perda. O Dr. Vicente C. Amadei teve enorme influência na qualidade dos loteamentos e na orientação aos empreendedores sobre as regras básicas para aprovação de projetos.”
Jorgito Donadelli, diretor de Relações Institucionais da AELO: “Que pena! O Dr. Vicente foi meu grande mestre, que me ajudou a superar minhas dúvidas quando passei da produção de calçados para a proteção de lotes, e auxiliou tantas outras pessoas. Fica o seu legado, para todos nós.”
Todos os diretores e conselheiros da AELO se manifestaram, enviando mensagens de pesar pelo falecimento do Dr. Vicente C. Amadei.
O Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab) distribuiu nota de pesar assinada pelo seu presidente, Lacir Ferreira Baldusco: “Hoje, o Graprohab perdeu seu mais antigo colaborador, o querido Professor Vicente Amadei, que orientou os primeiros passos do Grupo e durante todos esses anos acompanhou seu desenvolvimento, atuando e participando com seu conhecimento nas reuniões semanais. Suas valiosíssimas sugestões contribuíram de forma inestimável para que nos transformássemos neste Colegiado respeitado não só no nosso Estado, mas num modelo de competência para todo o Brasil. O Profissional fará muita falta, mas o amigo com o qual tivemos o privilégio de conviver ficará para sempre em nossos corações. Nossos sentimentos à família.”
A sequência de Diretorias e Conselhos produtivos tem levado a AELO a multiplicar o número de associados e a conquistar vitórias na defesa da atividade de parcelamento do solo. Entretanto, por traz do comando competente e seguro dos dirigentes, também existe o trabalho administrativo, financeiro e informativo assegurado por duas secretárias na sede da entidade, em São Paulo: Conceição Cavalcanti e Juliana Alvarenga. Além disso, ambas contribuem para o sucesso das reuniões do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU), ao lado da secretária das Vice-Presidências do Secovi-SP, Elaine Pereira Teixeira.
Inesperadamente, ocorreram mudanças em março de 2020: foi o efeito pandemia. Com a chegada do novo coronavírus ao Brasil, que levou o governo paulista a impor regras de isolamento social contra os riscos de contaminação, quase um ano atrás, as atividades de Conceição e Juliana passaram a ser em regime de “home office”. Já que o Edifício Milenium ficou temporariamente fechado, as duas se desdobraram e conseguiram manter, online, a habitual qualidade dos serviços e das relações da AELO e ainda colaboraram para que o boletim semanal “AELO Online” continuasse a ser enviado, pontualmente, às quintas-feiras, às 9 horas.
Os e-mails secretaria@aelo.com.br e aelo@aelo.com.br, assim como o telefone (11) 3289-1788, uma vez acionados, pelos nossos associados – empresas situadas em 17 Estados – e por clientes, fornecedores e colaboradores, sempre garantiram respostas precisas, com a máxima atenção.
Esta foto tirada por Calão Jorge após uma das reuniões do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) em 2019 mostra Conceição Cavalcanti e Juliana Alvarenga, duas das três secretárias que atingiram as maiores sequências de atuação na AELO. Conceição, com 26 anos na entidade – 15 no primeiro ciclo e 11 no atual –, é a líder do ranking. Portanto, em boa hora, nesta semana, os leitores do boletim estão conhecendo fatos interessantes da querida secretária-executiva Conceição Cavalcanti.
Por sua vez, Juliana Alvarenga, paulistana, está completando 8 anos de dedicação à AELO, o que a coloca em terceiro lugar no ranking, com méritos para ter seu perfil divulgado na próxima edição do “AELO Online”. Juliana domina a informática com segurança e habilidade, cuida do movimento financeiro da AELO, interage com Conceição sobre vários temas e está sempre pronta para colaborar diante de qualquer solicitação de apoio a alguma outra missão, como despachar os exemplares da edição impressa do jornal “AELO Informa”. As duas cuidam também dos processos de admissão de novos associados, que culminam com a aprovação do presidente Caio Portugal. E elas vibram a cada adesão de empresa ao quadro associativo da AELO, que, por sinal, cresceu bastante nos últimos três anos.
O segundo lugar do ranking das principais colaboradoras da AELO ao longo dos 40 anos é mantido por Emília Ferreira Curado, a Lia, que somou 12 anos de atuação como secretária executiva, sob as gestões de cinco presidentes – Sérgio Guimarães Pereira, Roland Philipp Malimpensa, Luiz Eduardo de Oliveira Camargo, Flavio Amary e Caio Portugal, de 1999 a 2011. Natural de Figueira da Foz, em Portugal, Lia havia trabalhado por mais de dez anos na Companhia City de Desenvolvimento antes de chegar à AELO. Atualmente, ela mora em Campinas, onde mantém atividades profissionais.
Esta imagem, em preto e branco, é de 37 anos atrás. Lá está a jovem e elegante Conceição Cavalcanti, convocada pelo comando da AELO para mais uma missão. É uma foto da abertura do 3.º Encontro de Loteadores de São Paulo, promovido pela AELO em 1984, no auditório da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, na Avenida Paulista.
Nesta foto, a secretária Conceição surge à esquerda. Ao centro, o então presidente da AELO, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque. Com a tarefa de participar da organização e da apresentação do Encontro, Conceição ampliou sua experiência para apoiar outros eventos.
Também coube a ela datilografar, em 1982, os boletins informativos pioneiros da entidade, que deram origem ao jornal “AELO Informa”. No decorrer dos anos, Conceição assumiu uma atividade extra, igualmente cuidada com carinho: passou a zelar pelo arquivo fotográfico da AELO, registrando a data e os nomes de quem está em cada foto. Esse trabalho, por ela realizado com a máxima atenção nos anos 1980 e 1990, ganhou o reforço da tecnologia, nos anos 2000, por meio do site da AELO – www.aelo.com.br –, no qual ficam armazenadas, para consulta, as edições semanais do boletim “AELO Online” e do jornal “AELO Informa”, com as respectivas fotos. Outro reforço é o repórter fotográfico Calão Jorge, que desde 2018 integra nossa equipe de comunicação, ao lado do editor e redator Luiz Carlos Ramos. A secretária Juliana Alvarenga e a equipe do publicitário Anderson Martin, da Agência M, são fundamentais para o aprimoramento digital. Um associado residente a 3 mil quilômetros de São Paulo, por exemplo, pode ter acesso imediato a fotos, boletins e jornais da nossa entidade, acessando o site.
Antes do isolamento social decorrente da prevenção contra a covid-19, todos as reuniões do Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) eram presenciais, chegando a atrair mais de cem participantes ao Edifício Milenium, em São Paulo. As três últimas reuniões foram virtuais – em junho, setembro e dezembro de 2020 –, mas há expectativa quanto à possibilidade de o sistema presencial ser retomado ainda no decorrer deste ano. Coordenado por Caio Portugal, o CDU consegue ser objetivo e focalizar até dez temas em cada encontro. E, para que tudo dê certo no auditório, com perfeito funcionamento do sistema de som e imagem, além de checagem da lista de presenças, as secretárias Elaine Pereira Teixeira, do Secovi-SP, e Conceição Cavalcanti e Juliana Alvarenga, da AELO, administram os detalhes. São autênticos anjos protetores do CDU. Terminada a reunião, há momentos de alívio e de confraternização.
Nesta foto, tirada por Calão Jorge ao final de uma reunião do CDU em 2019, Conceição Cavalcanti aparece à direita. Da esquerda para a direita: as secretárias Elaine Pereira Teixeira (Secovi-SP) e Juliana Alvarenga (AELO) e Viviane Amary, da empresa Renato Amary Empreendimentos Imobiliários, de Sorocaba. Foi uma das fotos publicadas pelo “AELO Online” para ilustrar o texto de homenagem ao Dia Internacional da Mulher na edição de 12 de março de 2020.
A AELO está entre as 22 entidades de setor imobiliário e da construção do País que divulgaram na terça-feira, 19 de janeiro, o importante manifesto “Prioridade aos Brasileiros”. O texto, publicado em página inteira no jornal “O Estado de S. Paulo”, merece ser compartilhado com os associados e parceiros da AELO. O presidente Caio Portugal salienta que, assim como as Instituições nacionais, cada empreendedor é fundamental na luta por melhores dias para todos os cidadãos e suas famílias.
Aqui está o manifesto:
O cenário nacional é cada vez mais preocupante.
Os nossos desafios futuros são enormes.
Nossas instituições se fraturam mutuamente, num processo que não pode persistir.
Precisamos da urgente imunização coletiva contra a covid-19, com todos os tipos necessários de vacinas, para tranquilizar a população e acelerar a retomada econômica.
Confiança é o combustível do empreendedor, assim como segurança jurídica, crédito, juros baixos e inflação controlada.
E a atuação dos novos líderes do Congresso Nacional, que merecem nosso voto de fé, será ainda mais decisiva.
Engajamento, mobilização, propostas e ação.
É isto que o País pede a todos nós.
Estamos prontos e à disposição para ajudar a construir o Brasil que queremos!
Abemi – Associação Brasileira de Engenharia Industrial
Abifer – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária
Abrainc – Associação Brasileira da Incorporadoras Imobiliárias
Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência nas Instalações
ADEMI-RJ – Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário – Rio de Janeiro
ADITBrasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico de Nordeste Brasileiro
ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil
AELO – Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano
Alshop – Associação Brasileira de Lojistas de Shopping
Apeop – Associação para o Progresso de Empresas de Obras de Infraestrutura
Associação Comercial de São Paulo
Brasinfa – Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura
CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção
Cofeci-Creci – Conselho Federal de Corretores de Imóveis
Deconcic – – Departamento da Indústria da Construção e Mineração
Fiabci-Brasil – Federação Internacional Imobiliária
Sinaenco – Sindicato da Arquitetura e da Engenharia
SindusCon-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo
Sinicesp – Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo
Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração
O Comitê de Desenvolvimento Urbano (CDU) anunciou para 2 de março, uma terça-feira, sua primeira reunião de 2021. Será das 12h30 às 14h30, provavelmente de modo virtual – dependendo do estágio do isolamento social imposto desde março de 2020 como prevenção contra a covid-19. No ano passado, somente a primeira reunião, em março, foi presencial, tendo lotado o auditório no Edifício Milenium, em São Paulo. Com o agravamento da pandemia, os três outros encontros – em junho, setembro e dezembro – foram online.
Uma cadeira vazia ressaltará a falta que já estamos sentindo do mestre Vicente C. Amadei, constantemente presente e atuante nas reuniões do CDU nestes 20 anos da produtiva parceria entre a AELO, o Secovi-SP e o SindusCon-SP.
O coordenador do CDU, Caio Portugal, presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano do Secovi-SP, já começou a preparar a pauta para 2 de março, que, entre outros temas, abordará as perspectivas as Reformas Tributária e Administrativa no Congresso Nacional, o trâmite da Lei Geral de Licenciamento Ambiental na Câmara dos Deputados e as mais recentes pesquisas sobre o mercado de loteamentos no Brasil e no Estado de São Paulo.
Caio Portugal também estabeleceu as possíveis datas para as demais reuniões do CDU em 2021, sempre às 12h30: 8 de junho, 9 de setembro e 7 de dezembro. A secretária das Vice-Presidências do Secovi-SP, Elaine Pereira Teixeira, enviou mensagem aos membros do CDU com o calendário das reuniões, sujeito à confirmação.
O presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP, Caio Portugal, publicou na Coluna Secovi da edição impressa do jornal “O Estado de S. Paulo” de 13 de janeiro o artigo “Perspectivas para o mercado de loteamentos em 2021”, que teve grande repercussão no setor imobiliário e que merece ser compartilhado com os leitores do “AELO Online”. A edição impressa do “Estadão” às quartas-feiras é lida por mais de 250 mil pessoas.
Aqui está a íntegra do artigo de Caio Portugal.
O segmento da indústria imobiliária representado pelos desenvolvedores urbanos teve um 2020 marcado pelos efeitos da pandemia. Apesar do cenário, houve aumento das vendas, incentivadas pela ressignificação da habitação. Nesse aspecto, o lote urbanizado é um produto que oferece flexibilidade no processo da construção da moradia, nas características específicas de um loteamento, com acesso a áreas verdes, insolação, ventilação. A comercialização cresceu 4%, na comparação entre os terceiros trimestres de 2019 e de 2020.
Já o número de loteamentos urbanos aprovados diminuiu, conforme dados do Graprohab (grupo de análise e aprovação dos projetos habitacionais do governo estadual). No acumulado de janeiro a setembro de 2020, em comparação a igual período do ano anterior, as aprovações caíram 29%. No acumulado de 12 meses, a queda foi de 22,6%. E o número de lotes lançados teve redução de 5%.
O que esperar de 2021? Se olharmos pelo lado da demanda, há forte percepção de aumento da confiança do consumidor e dos empresários. Por outro lado, há uma série de desafios, novos e velhos, que a indústria de loteamentos, assim como o Brasil, precisa enfrentar no ano vindouro.
Com a pandemia, as principais cadeias de insumos básicos reduziram preventivamente sua produção, limitando a oferta. Os preços do cimento, ferro, resina e vidros subiram de forma acentuada, e houve a readequação dos preços ao câmbio.
Segundo estudos da FIESP e de outros ligados ao acompanhamento da indústria, é esperada estabilização dos preços e a regularização da oferta desses insumos no primeiro trimestre de 2021, assim como regularizado seu abastecimento. E a liberação de tarifas para a importação desses materiais contribuirá para maior concorrência entre fornecedores.
Quanto aos prefeitos eleitos ou reeleitos, espera-se foco na revisão das leis urbanísticas para propiciar aumento da terra urbanizada e maior desenvolvimento das cidades; no combate à indústria da ocupação e de loteamentos clandestinos, uma concorrência predatória que penaliza a sociedade (basta ver a situação das represas Billings e Guarapiranga); e na aplicação do novo marco regulatório do saneamento básico, assegurando a universalização de infraestrutura fundamental para o desenvolvimento sustentável.
Em âmbito nacional, e no sentido de dar sequência à maior revolução que o nosso país tem vivido, que são os juros baixos (o choque do capitalismo real que gera empregos, riquezas e inserção social), o Brasil tem de executar uma agenda fiscal: realizar reformas estruturantes, como a administrativa (reduzindo o peso do Estado); e promover a simplificação tributária (trazendo agilidade, segurança jurídica e correta distribuição dos encargos aos cidadãos e às empresas).
Também devem ser realizadas reformas microeconômicas, como a Lei Geral do Licenciamento Ambiental, a aplicação da Lei da Liberdade Econômica – e o aumento da competição na oferta de crédito, em especial o imobiliário, com novas estruturas de concessão e maior participação das fintechs.
O ano de 2021 promete ser de grande recuperação econômica. A sociedade deve cobrar, desde já, que todos se unam pelo Brasil, sem radicalismos ou partidarismos. Temos de gerar empregos e reduzir a desigualdade. Se não fizermos agora, o depois será uma incógnita.
A tendência favorável à venda de lotes no Interior paulista, no segundo semestre de 2020, apontada nas pesquisas da Brain em parceria com a AELO e o Secovi-SP, foi mantida na virada do ano e no início de janeiro em quase todas as regiões do Estado. O diretor de Relações Institucionais da AELO, Jorgito Donadelli, também delegado Regional em Franca, teve contatos com os demais representantes Regionais, que lhe passaram um panorama positivo quanto à comercialização de novos loteamentos e dos projetos anteriores, conforme o presidente Caio Portugal já havia previsto na edição de dezembro do jornal “AELO Informa”.
Como diretor da empresa JFD Empreendimentos Imobiliários, de Franca, Jorgito constatou em seu próprio município um exemplo de sucesso de vendas, o do loteamento Quinta d’Aurora – ao lado do Quinta d’Oeste, que foi comercializado em 2017.
Trata-se de uma iniciativa da JFD, capitaneada pelo empresário francano Jorge Félix Donadelli, pai de Jorgito. São 440 lotes de um novo conceito de bem morar na cidade. Dos primeiros 240 colocados à venda em dezembro, 120 foram vendidos em apenas duas semanas. Localizado na Zona Oeste de Franca, em direção ao município de Ribeirão Corrente, esse loteamento contribui para a valorização de uma área destinada a receber novos empreendimentos nos próximos anos. A JFD já prepara Quinta do Sol e toma providências para levar adiante Quinta do Triunfo – resultado da urbanização das terras da Fazenda do Triunfo.
Franca tem cerca de 360 mil habitantes e exerce influência em mais de 20 municípios do entorno, cuja população, somada, passa de 100 mil habitantes. É um destacado polo agrícola, industrial e comercial.
Veja abaixo a foto da Zona Oeste, com vários loteamentos.
Quinta d’Aurora reúne uma seleção de especialistas, cada um em sua posição: a comercialização é feita por Gladston Tannous; por sua vez, Maurício Carrer entra com o sistema InstaCasa, enquanto Fábio Tadeu Araújo, da Brain, cuida das tabelas. Só poderia dar certo.
Gladston Tannous, sócio-diretor da Star Lançamentos Imobiliários e instrutor em cursos de loteamentos da Universidade Secovi, participou da reunião virtual do CDU de setembro de 2020 e colaborou com artigo na edição n.º 114 do jornal “AELO Informa”, em que defende modernas estratégias para a comercialização de lotes. Ele criou o termo “Corretor 4.0”, que define o profissional capaz de acelerar as vendas.
Desta vez, a convite do “AELO Online, Gladston comenta seu trabalho de apoio às vendas do loteamento Quinta d’Aurora, em Franca, cuja planta é aqui reproduzida.
“O empreendimento Quinta d’Aurora foi concebido pelo empreendedor, JFD, para elevar o patamar de excelência em loteamentos no município de Franca e região. Seu conceito urbanístico e restrições construtivas superam em muito os outros produtos similares, garantindo ocupação mais planejada e agradável aos seus futuros moradores.
Quanto à comercialização, na condição de Coordenador Geral de Vendas, tive de driblar, mais uma vez, por conta da covid-19, a questão da impossibilidade de um lançamento tradicional, da tão desejada emoção na abertura das vendas.
Como de costume, fiz uma seleção prévia das imobiliárias, qualificando a força de vendas, para enfrentar a ausência de um forte lançamento, promovendo o que chamamos de ‘represamento’, que é uma ação prévia de qualificação de potenciais interessados à aquisição dos lotes, o que por si só, já é um forte indicativo de interesse. Independentemente de não se realizar o lançamento, cria-se todo um aspecto de envolvimento emocional perante o público, trabalhando os chamados ‘gatilhos mentais’, principalmente os de ‘necessidade x urgência x escassez’, que normalmente norteiam um bom lançamento.
Felizmente, com uma boa política comercial e condições previamente acordadas com o empreendedor e, após um treinamento especifico com a força de vendas, contemplando ‘técnicas de negociação estruturada’, em praticamente duas semanas, atingimos 50% da meta de vendas estipulada para a Fase 1, totalizando 120 lotes, lembrando que, além de tudo, dezembro tem suas peculiaridades.”
O ano de 2021 começou com notícias preocupantes na área da saúde, mostrando um quadro de agravamento do número de infecções e de mortes por covid-19 em todos os Estados. Mas, ao mesmo tempo, houve informações positivas, como a possibilidade de o Brasil começar a vacinação em janeiro, seguindo o caminho adotado por mais de 50 países. A AELO prioriza o lado científico da imunização, sem entrar nas polêmicas entre correntes políticas a respeito do tema. Torcemos por um bem organizado sistema de vacinação, algo decisivo para, enfim, amenizar os efeitos da pandemia. Vamos acompanhando o noticiário: a cada dia, surgem novos fatos em torno do possível calendário de vacinação.
Paralelamente, devemos persistir nas recomendações lançadas há quase um ano: uso de máscara e álcool em gel, redução dos contatos pessoais e, principalmente, evitar aglomerações. Esses cuidados devem ser mantidos também nas obras da construção civil, inclusive em projetos de novos loteamentos, cuja continuação está completamente liberada pela legislação, com total sucesso. Graças a essas precauções e à competência das equipes, inúmeras obras foram concluídas em 2020, ano fechado com números positivos em vendas. E, se tudo der certo, a vacinação da população brasileira será desenvolvida no decorrer de 2021 e completada em 2022, apontando para o fim da pandemia.
O governo do Estado de São Paulo, que em 8 de janeiro havia anunciado mudanças quanto às restrições impostas pela quarentena de prevenção contra a covid-19 para persistir até 4 de fevereiro, acabou mexendo novamente na classificação na sexta-feira, dia 15 de janeiro. De acordo com o Plano São Paulo de flexibilização da economia, oito das regiões paulistas regrediram para fases mais restritivas, como tentativa de tentar conter o avanço do coronavírus. A região de Marília, que já havia caído da Fase Amarela para a Laranja, agora é a única em Fase Vermelha, por causa do aumento dos casos de infecção e de mortes por covid. A região metropolitana de São Paulo, a Baixada Santista e as regiões de Campinas, São João da Boa Vista, Araraquara e Barretos permanecem em Amarelo. No mais, tudo na Fase Laranja. Ver o mapa. As mudanças entraram em vigor na segunda-feira, dia 18.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), à qual a AELO é filiada, programou para a próxima quinta-feira, 28 de janeiro, às 17 horas, o primeiro grande debate de 2021 do ciclo “Quintas da CBIC”. O tema: “Licitações e Contratos – o que teremos pela frente”. A abertura será feita pelo presidente da CBIC, José Carlos Martins, e pelo presidente da Comissão de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge. O evento terá participação de sete advogados e empresários de grande experiência, que analisarão os principais pontos da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos relacionados com o setor da construção.
Aprovado pelo Senado Federal em dezembro de 2020, o texto consolidado da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos ainda não seguiu para sanção presidencial. Reunindo num único diploma legal, diversos dispositivos da Lei de Licitações (8.666/93), da Lei das Concessões (8.987/95), da Lei das PPPs (11.079/04), da Lei do Pregão (10.520/02) e da Lei do RDC (12.462/11), o projeto aprovado manteve em boa medida o texto do Substitutivo aprovado em 2019 pela Câmara dos Deputados.
Inscrições: http://bit.ly/quintascbic-2801
Rua Dr. Bacelar, 1.043 – 3º. andar
Vila Clementino, São Paulo – SP
CEP 04026-002
Telefone:
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